36 - Mas Ele Voltou.

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Harry Styles

As vezes, precisamos fazer escolhas difíceis. Ficam extremamente difíceis quando se tem pressão para fazê-las.

Eu me sinto em uma enrascada tendo que escolher um filme para assistir com a minha família pois não sei se todos irão gostar daquele. Eu me sinto pressionado por mim mesmo quando eu preciso escolher algo.

Mas escolher um filme é extremamente fácil perto da escolha que tive que fazer naquele galpão.

Eu estava ali, abaixado no canto da parede da separação do galpão quando vi tudo em câmera lenta.
Louis e Niall entrando, Niall correndo para Antony e Louis me encarando nos olhos. Seu olhar era de alívio.
Mas, como se fosse uma praga lançada pelo universo, me vi em uma difícil escolha.

Ou eu matava quem estava atrás de Louis, ou eu me desesperava para matar quem estava dentro da metade do galpão, próximo a nós.

Mas, Niall foi mais rápido ao atirar em cheio na cabeça dos dois homens que estavam vindo na minha direção.

Travor estava atrás de Louis.
Louis não viu ele.
Ele tinha uma arma apontada para Louis.

O olhar de Louis vacilou ao que eu ergui a minha arma e disparei em sua direção.

Eu não atirei para acertar em Louis.

Eu nunca erro meu tiro.

Como se tudo tivesse voltado a velocidade normal, eu vi o tormento que estava naquele galpão. Muitos tiros ecoando para lá e para cá, homens de Travor caídos e homens de Louis caídos.

Parecia uma chacina.

Vejo Louis cair de joelhos no chão. Aquela cena foi terrível ao meu ver. Por mais que o tiro não tenha acertado nele, vê-lo ali, abalado, sem reação e caído, me deixou entristecido e preocupado.

Ele não estava machucado, o que ele tinha?

Corri até ele, me abaixando em sua frente, segurando seu rosto e erguendo para observá-lo.
Tinha lágrimas por seu rosto e seus olhos estavam vermelhos.

Ele estava assustado.

Eu nunca vi Louis assustado assim.

— Lou... — passo mão em suas bochechas. — Louis você está bem, meu amor? — pergunto.

Seus olhos azuis me encaram. Sempre a minha imensidão azul me captava como se eu fosse a oitava maravilha do mundo. Seu olhar sempre se encontrava com o meu da mesma forma, mas com sentimentos diferentes.

Louis chora.

Ele simplesmente se joga para cima de mim e me abraça, começando a soluçar no meio do choro.

Estamos muito vulneráveis aqui, na porta da divisão do galpão.

Seguro seu corpo e rolo pelo chão, até estar bem ao canto da parede. Coloco minhas costas na parede e a cabeça de Louis fica em meu peito, ainda chorando muito.

Aos poucos os tiros foram cessando, até que nenhum barulho foi ouvido mais. Ficou um silêncio completo.

— Eu achei que ia te perder. — sua voz sai embargada.

Resiliência - L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora