Desde os meus quinze anos, eu sempre tive o sonho de concluir o Ensino Médio e ingressar em uma faculdade. Mas o problema é que eu não tinha nenhuma faculdade em mente.
Eu amava escrever. Amava imaginar mundos, universos, histórias de amores clichês e até arriscava nos gêneros drama ou ação. Mas eu nunca quis de fato seguir com a escrita, não me imagivava sendo um autor remunerado, conhecido por suas obras ou coisa do tipo.
Escrever e ler eram maneiras para me fazer esquecer da realidade.
Sempre gostei de música. Amava tocar o violão de Theodore e o piano de Niall. Até me arrisquei a compor. Eram músicas ótimas. Mas, como na escrita, não me vi em um futuro com isso. Mais uma vez, música era uma maneira de fugir dos meus problemas reais.
Essas eram duas áreas que eu realmente amava e era apenas isso que eu sabia fazer. Eu não fazia absolutamente mais nada. Não tinha outro hobby ou outros talentos que poderiam me dar um futuro.
Eu me vi perdido quando cheguei aos meus 17 anos. Eu acabaria o ensino médio e faria o que? Trabalharia o resto da minha vida com meu pai? Arrumaria um serviço de garçom em um barzinho? Eram perguntas que eu fazia a mim mesmo quando estudava para alguma prova.
E hoje, 16 anos depois, eu percebo o quão drasticamente minha vida mudou.
Eu conheci Louis, engravidei, ele sumiu, Zayn cuidou de mim, Travor me treinou pra ser um assassino de aluguel e matei pessoas que certamente não me arrependo.
Eu julgava as pessoas como se eu tivesse poder para isso. Eu que decidia se elas mereciam morrer ou não. Eu não tinha esse direito. Matei pessoas importantes, pais e mães de família, matei filhos que tinham mãe ótimas e maravilhosas. Mas não me arrependo.
Eu estava praticamente em luto, absorto a tudo e todos por conto do que me aconteceu. Enfraqueci e para não cair, me apoiei a uma arma e munições para descontar a gigantesca raiva e remorso que existia dentro de mim.
Agora, vejo que tudo que eu passei, só serviu de aprendizado. Eu merecia me reerguer de alguma forma e descontando minha raiva nos tiros foi uma forma de eu desabafar, mesmo sem chorar ou falar.
Hoje, eu penso que sou a porra do homem mais feliz do mundo. Eu digo com todas as palavras que tenho a família que eu sempre sonhei, a família que eu mereço. Afinal, todos merecem ser felizes, independentemente de onde moram e com quem moram.
Todos merecer conhecer alguém que ama e que saiba amar também. Alguém que está ali para tudo que precisar. Alguém que saiba conversar quando precisa conversar. Alguém que saiba corresponder às suas formas de amar, seja qual for elas. O amor é maravilhoso, ele faz brilhar. O amor abala qualquer um e qualquer coisa que tenta fazê-lo cair. O poder do amor pode curar e também machucar. Mas, nem sempre serão flores, obviamente. Amores tem suas complicações, suas discussões e seus problemas. Isso é natural e em casos de amor, precisa ser mútuo.
Eu sou completamente apaixonado pela minha família. Niall, meu amigo desde a adolescência, um loiro falso que sempre tira um sorriso de qualquer um. Theodore, por mais que sua cara seja amarrada, sempre esteja sério ou algo do tipo, ele sempre quer ver seus amigos, sua família bem. Charlotte, uma cunhada que me mostrou que eu posso ser livre. Ela faz essa casa brilhar com suas gargalhadas histéricas, sua cabeleira loira sendo jogada para os altos fazem qualquer um parar e admirar a pessoa incrível que ela é. Fizzy, uma garota reclusa mas que tem uma mente brilhante, uma inteligência incrível. Eu amo as nossas conversas intensas, nossos papos sobre o futuro ou qualquer fofoca que eu queira compartilhar com ela. Ela sempre me escuta e eu sempre vou escutar ela. Ryan, meu rapazinho que sempre vai ser uma criança chata, marrenta e cabeça dura. Ele, como todos nessa casa, tem um lugarzinho único no meu coração. Ryan me deu muito trabalho, mas eu amo esse menino e amo sua maneira de ser. Eu amei treinar ele, ajudá-lo a se proteger e atacar. Ensiná-lo a não ser fraco mas eu também o conquistei. Eu o fiz entender que eu amo o pai dele e que fomos feitos um para o outro e não teria ninguém nesse mundo que faria nós mudarmos nossa ideia. Antony, meu garotinho ruivo, frágil e carinhoso. Tony tem um talento incrível para os desenhos e pinturas. Eu tenho certeza de que se ele quiser seguir com isso, eu vou apoiá-lo em tudo e ajudá-lo da maneira que eu puder ajudar. Lauren, a minha lindinha de cabelos loiro avermelhado. Me lembro do dia em que conheci a pequena. Ela chegou toda animadinha para falar com o pai dela e simplesmente me recebeu com um sorriso enorme nos lábios, me deixando fascinado pela maneira encantadora dela de ser gentil com todo mundo. Zayn, meu melhor amigo, meu irmão. Eu sou imensamente grato por ter esse maconheiro ao meu lado por tantos anos. Construímos algo bonito, algo que eu quero levar para a minha vida toda. Liam, um amigo que conheci na minha adolescência também. Não tivemos muitos momentos juntos, mas o que tivemos, me marcou e lembrarei para sempre dos sorrisos gigantes dele, da maneira que ele cuidava de mim e me apoiava em qualquer maluquice que eu queria fazer. Madelyn, a minha garota favorita do mundo inteiro. Ela chegou em minha vida abalando e, com a cabeça cheia, me afastei dela. Mas eu sei que ela foi criada em um lugar bom, com pessoas maravilhosas e que cuidaram muito bem dela. Eu sou fascinado na maneira que ela pensa, que ela resolve os problemas. Na sua forma de amar. Madelyn me entendeu, me ajudou e não me julgou pelos meu atos comprometedores. Minha filha é uma pessoa incrível e eu tenho muito orgulho de ter ela comigo. E Louis...
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Resiliência - L.S
RomanceLouis Tomlinson, um grande e influenciado mafioso de Londres. Por outras palavras, apenas o chefe da máfia mais bem sucedida e mais poderosa de todo o Reino Unido. Louis é dono da Resiliência, que foi passada de geração por geração, pelos Tomlinson'...