02 - Vamos Jogar.

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Ele caminha até a mesa e se escora nela, me encarando, olho no olho. O azul no verde.

- Você não tem medo da morte, não é Harry? - ele cruza os braços e passa um pé por cima do outro, parando numa posição que o deixa super sexy.

- A morte é só um bônus pra minha vida, depois de tudo o que eu fiz. - dou de ombros, não cortando o contato visual. - Morreria feliz se eu tivesse te matado. - sorrio e ele trava o maxilar.

- E por qual motivo não me matou?

Okay, isso foi uma boa jogada Tomlinson, boa jogada.

- Tenho meus motivos.

- Suponho que aquele tiroteio não tenha nada a ver com a sua visitinha no meu galpão, não é? - semi-cerra os olhos.

- Não sei. - dou de ombros.

- Ah, Harry, você tenta me enganar, você tenta, mas você não consegue mentir pra mim. - ele sorri. Por que diabos ele tá sorrindo?

- Mas eu consigo esconder coisas, e escondo muito bem, por sinal. - ele dá de ombros.

Ele não vai dar de ombros quando souber o que eu escondo.

- Você entrou lá pra me matar, eu estava na sua mira e do nada veio aquele tiroteio, não é? - ele desencosta na mesa e vem em minha direção. - O tiroteio não foi obra sua. - engulo em seco.

Eu não posso fraquejar agora.

- Acredite no que quiser, mas minha única intenção era te matar sim. - suspiro. - Era não, é ainda. Eu ainda vou te matar, Louis Tomlinson.

Solta uma risada seca, sem humor nenhum.

- E como se sente, Harry? Como se sente em ter seu plano perfeito, sendo arruinado por um tiroteio que você não esperava? Creio que está se sentindo um fracassado, você me tinha na mira em um segundo, e no outro, estava perdido, com um tiro na perna, tentando se proteger dos tiros que entravam no galpão. Acho que seu mandante deve estar magoado por você ter fracassado na sua missão de matar o grande Louis Tomlinson. - ele sorri mais ainda, me deixando louco de raiva. Ele chega mais perto e fica frente á frente comigo, me olhando nos olhos.

Não aguentando a minha vontade de fazer isso e claro, a minha raiva, cuspo em seu rosto, sorrindo vitorioso.

Ele dá de ombros e limpa o rosto com a mão. Caminha até a mesa e pega o maldito bisturi.

Oh merda.

- Você acha que tudo isso é um jogo, não é Styles? - ele passa o dedo na lâmina do bisturi, mas não pra cortar, pra ver se está realmente afiado. - Bom, se você quer jogar, vamos jogar. - caminha até mim de novo, parando em minha frente, levando o bisturi até minha bochecha.

- Qual a sua próxima jogada, Tomlinson? Me matar ou ficar brincando comigo até descobrir como entrei naquela porra de galpão?

- Acho que você não entendeu, Harry. Eu quero te fazer sofrer, eu quero que você sofra muito, mas não com torturas, isso seria pouco. - ele se enclina, até seu rosto ficar muito próximo ao meu. - Todos que passaram em minha vida e me afetaram ou tentaram me matar, assim como você, morreram de uma vez ou sofreram até morrer. Eu quero que você sofra lentamente, fazendo o que eu mando, e se não obedecer, eu te mato e pronto. Você ganha seu bônus, e eu fico vivo. - ele passa o bisturi no meu rosto, lento, fraco, mas dói, e eu sei que está cortando. - Após isso, considere como um cheque-mate, querido. - ele sorri novamente, um sorriso diabólico, cheio de maldade.

Ele simplesmente sai da cela e seus companheiros estão observando tudo, tentando ser disfarçados, claro, missão falha, já que Louis os encara com desdém. Escuto eles conversando.

Resiliência - L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora