37 - Vienna.

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Louis Tomlinson

Finalmente iremos buscar Mavis.

Todos em casa estamos ansiosos para trazer nossa pequena batalhadora para seu novo lar.
A família inteira está estérica para vê-la em casa e segura.

Queremos tanto que ela cresça bem, seja feliz apesar da fibrose e um dia, ela possa fazer algum transplante para curá-la.

Não aguentaria perder mais uma pessoa que eu amo para essa doença.

Nós poderíamos ter salvo minha mãe. Meu pai achou vários doadores e até vendedores de pulmões para que minha mãe ficasse bem.

Mas ela não quis.

Ela simplesmente não quis receber o pulmão e aceitou que aquele era o seu fim. Não queria ter o pulmão de outra pessoa para si, por mais que isso a salvaria e a faria viver muitos e muitos anos ao meu lado, me ajudando, me dando amor e carinho que só ela sabia dar.

Minha mãe tinha o melhor abraço, os melhores beijos, os melhores conselhos e até as melhores palavras que serviam como um tapa na minha cara.

Johannah Tomlinson tinha um brilho diferente em seu olhar. Seus olhos azuis iluminavam e alegravam qualquer pessoa em sua volta pois ela transmitia paz, transmitia luz e conforto para quem a conhecesse.

Ela se casou com meu pai quando tinha dezoito anos. Os dois se amavam muito. Meu pai nunca amou ninguém como amou minha mãe. Nem mesmo a mim. Os dois tinham uma conexão incrível, uma maneira de resolver as coisas sem discutir ou arrumar brigas grandes. Seus olhos brilhavam quando se olhavam e aquilo era minha meta de relacionamento.

Depois que Fizzy nasceu, mamãe descobriu que tinha fibrose cística. Tentamos descobrir como a doença não se manifestou desde que ela era pequena e descobrimos que os casos de adultos desenvolvendo fibrose estava só aumentando. Ficamos arrasados. Eram dias e noites em hospitais com tabela de remédios controlados.

Minha mãe que quis fazer tudo certo. Meu pai disse que faria de tudo para que ela ficasse bem mas ela não quis. Ela me disse que estava tudo bem, que ficaríamos bem e que ela estava pronta pra isso. Ela nunca quis receber um pulmão de outra pessoa. Ela queria morrer do jeito que estava predestinada a morrer.

E seu desejo foi concebido.

Quando Fizzy tinha seis anos, perdemos nossa mãe. Eu me vi destruído. Aos meus quinze anos, eu perdi a pessoa mais importante da minha vida. Fiquei muito tempo de luto, mas o incentivo do meu pai para que eu me transformasse em um líder merecedor da Resiliência e fazer jus ao nome.
Eu precisava ser resiliente para enfrentar tudo que passei e o que iria passar. Foram anos difíceis mas eu consegui.

Eu fiz meu nome na máfia e sigo até os dias atuais, com a minha família que eu construi e sei que minha mãe está orgulhosa, me vendo de onde quer que esteja. Ela vai cuidar bem de Mavis, será o anjinho da guarda dela, já que foi o meu durante anos após a sua partida.

Neste momento, estou sentado no puff dentro do closet, já arrumado e com uma foto de minha mãe em mãos.

Ela estava tão linda nesse dia.

- Louis? - escuto a voz de Harry e faço de tudo para secar as lágrimas solitária que desciam pelo meu rosto antes que ele visse, mas era tarde de mais. - Ei... está chorando? - ele de aproxima.

Resiliência - L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora