21 - É Nossa Filha.

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Oii bebês!

Vim aqui rapidinho falar que imagino o Travor como o Rafe de Outer Banks, caso ele não estiver tão nítido no pensamento de vcs. Ele é ruim igual e desde o começo eu tive ele na minha mente quando escrevia sobre o Travor. Então, se quiserem imaginar o Rafe como o Travor, fiquem a vontade.

Beijinhos e boa leitura :)

...

Me sento no sofá de couro e abaixo a cabeça, colocando minhas mãos no rosto e os cotovelos nos joelhos. Respiro fundo e vejo de relance ele se levantar de sua cadeira devagar e ir até a mesinha que fica as bebidas. Coloca whisky em um copo sem gelo e bebe um gole antes de se sentar ao meu lado, encostado as costas no sofá e jogando a cabeça para trás, fechando os olhos.

O silêncio reina entre nós e tudo que escuto é a sua respiração. Meu coração está acelerado por saber que vou precisar contar grande parte da história. Eu devo isso a ele. Ele me contou o que aconteceu e não é justo eu não contar também. Ele me contou a história inteira.

E se eu contar sobre a menina para ele? Qual seria sua reação? Ele ia querer ir atrás dela? Ele ia querer investigar? Iria brigar comigo por não ter contado a ele?

Louis já vai ficar abalado por eu contar sobre o seu pai e o meu plano. O que mudaria se eu contasse que tive uma filha e dei ela pra doação? Ele vai entender. Ele tem a mente aberta e me prometeu que não ia me julgar, independente do que eu falasse para ele.

Não custa nada tentar, não é?

Respiro fundo e ergo meu corpo, encostando minhas costas na sofá, igual ele.

- A quinze anos atrás, eu te chamei para conversar na casa do Niall. - começo. - Desde que começou a se afastar de mim, eu andei tendo uns sintomas diferentes e estava achando tudo muito estranho. - ele bebe mais um gole do líquido em seu copo. - Contei para a minha mãe e ela não ligou de início. Me deu um remédio para enjoo. Passou um mês e os enjoos continuaram e minha mãe colocou uma dúvida na minha cabeça. Ela pensou que eu estivesse esperando um filho. - Louis reage, se inclinando para frente para me encarar com o cenho franzido. - Eu fiz os três testes que ela comprou e os três deram positivo. Você estava distante mas eu precisava contar para você e por isso te chamei para conversar. Mas, quando eu ia falar, você já jogou uma bomba dizendo que ia se casar com uma mulher. Eu fiquei tão feliz quando soube que estava esperando um filho seu. A gente fez ela no dia do meu aniversário. A primeira e única vez que você não levou camisinha. - sorrio. - Mas quando você disse que ia se casar, o meu mundo caiu, Louis. Eu perdi o meu brilho. Eu tinha apenas dezessete anos. Com você, eu teria condições de criar essa criança mas quando você foi embora, eu desmoronei. Eu pensei em abortar. - meus olhos começam a lacrimejar e fecho os olhos, ainda com a cabeça para trás.

Sinto uma mão quente segurar a minha e entrelaçar nossos dedos. Meu peito se aperta mais ainda ao ver que ele quer escutar, ele está prestando atenção no que eu estou falando. Ele está fazendo o que disse que faria.

- Harry, seja o que for, o que você estiver prestes a me falar, eu vou escutar. Eu vou ouvir e vou absorver tudo. Creio que tudo que você fez, você fez porquê teve motivos. Seja qual for eles. - sinto seus dedos apertarem os meus.

Me enclino para frente e encaro minha mão entrelaçada a sua. Minha mão é bem maior que a dele. Mas elas se encaixam perfeitamente.

Resiliência - L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora