33 - Nós Curamos Ele, Zayn.

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Harry Styles

Não engravidem.

Você passa nove meses morrendo de dor, com mudanças de humor constantes, sentindo uma criatura mexer dentro de você, sua fome duplica e em alguns casos triplica ou quadruplica.

Passa por todo um sacrifício para no final, morrer de dor na hora do parto e ver um homem desconhecido rasgar sua pele e tirar a criatura da sua barriga.

Mas quando você vê essa criatura, é amor a primeira vista.

Infelizmente isso só acontece com quem quer ter um filho. Muitas pessoas que tem filhos não querem saber deles.

O que foi o meu caso.

Mas agora, o que eu mais quero é ver minha filha e poder segurar ela nos meus braços e poder dizer o quanto valeu a pena sentir cada dor que senti durante esses nove meses.

Então, engravidem - com consciência e tendo a certeza que podem cuidar e dar amor para um bebê.

Acordo com uma dor imensa familiar no corpo inteiro. Claro que eu apaguei no parto. Sou durão - ou tento parecer ser - em várias coisas mas no parto, eu sou fraco de mais.

Ao contrário da primeira vez que tive um filho, não tem um desconhecido sentado na poltrona em frente a minha cama.

É a mesma pessoas mas dessa vez, não é um desconhecido.

- Virou rotina eu acordar em uma cama de hospital e ver você sentado aí, Malik? - minha voz sai baixa.

Zayn tira seu olhar do celular para me encarar. Ele abre um sorriso e se levanta, vindo até a cama onde me encontro.

- Como você pode ficar bonito até mesmo depois de um parto? - abro um sorriso sincero e abaixo a cabeça.

- Onde ela está? - pergunto, encarando seus olhos.

Eles vacilam rapidamente. Parecem preocupados.

- Não serei eu novamente quem te dará as notícias. Isso está virando palhaçada. - se vira, indo em direção à porta do quarto e me deixando confuso. - Louis chegou a uns minutos, vou chamar ele. - Zayn sai e fecha a porta, me deixando sozinho no quarto e com os pensamentos a mil.

Quais notícias ele está se referindo? Será que minha filha não está bem?

Um sentimento de desespero me invade por querer saber o que está acontecendo. Tento me mexer mas meu corpo inteiro dói e estou ligado a vários fios.

Tento buscar meu celular que está na mesinha ao lado da cama. Estico o braço o máximo que consigo mas não é o suficiente para que eu consiga pegá-lo.

Quando vejo que estou prestes a alcançá-lo, acabo me esticando de mais e desequilibro, quase indo ao chão se não fosse por dois braços fortes me segurando e voltando meu corpo para a cama.

- Harry, ficou maluco? - a voz de Louis sai baixa e ao mesmo tempo, preocupado.

A dor no pé da barriga vem forte e tudo que consigo fazer é me encolher para ficar confortável e coloco as mãos no rosto, para que ele não veja meu choro.

O que é impossível.

As mãos de Louis seguram meus pulsos com cuidado, já que estão com fios de soro. Louis consegue tirar minhas mãos do rosto mas não abro os olhos. Pressiono eles para tentar conter a dor que estou sentindo.

Resiliência - L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora