𝐁𝐄𝐇𝐈𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐀𝐌𝐄𝐑𝐀𝐒 || 𝗌𝗍𝖺𝗋𝖼𝗁𝖺𝗌𝖾𝗋 & 𝗐𝗈𝗅𝖿𝗌𝗍𝖺𝗋

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James Potter.

 Troquei de roupa pela quinta vez em menos de uma hora, provavelmente metade do meu guarda roupas estava em cima da minha cama.

 Me aproximo do espelho e finalmente me sinto satisfeito com a escolha. 

 Vestia um moletom branca junto de uma calça jogger cinza, tentei dar um jeito em meu cabelo e falhei miseravelmente, já que ele continuou como se eu estivesse acabado de acordar. 

  Chequei o relógio e arregalei os olhos, dez minutos para cinco horas, Regulus provavelmente iria me matar se eu me atrasasse mais alguns minutos. 

  Desci as escadas rapidamente, no caminho esbarrei com Sirius, que não se importou muito, muito ocupado sorrindo bobo para o celular. 

 Me perguntei o que ele pensaria se soubesse que eu estava naquele mesmo momento prestes a ter um encontro com seu irmãozinho.

  Entrei no carro e logo depois enviei uma mensagem rápida a Regulus avisando que estava indo antes de dar partida no carro. 

 Eu sentia que eu poderia explodir. 

 Ao mesmo tempo que minhas mãos suavam de nervosismo e eu não conseguia parar de balançar minhas pernas, todo o nervosismo era uma sensação boa. 

 Meus lábios já estavam doendo de tanto sorrir e tentar não sorrir, eu estava com uma sensação estranha na barriga e tinha certeza absoluta que desta vez não era apenas por nervosismo. 

  Estacionei em frente ao prédio e não demorou muito para Regulus descer, e como sempre, ele estava lindo.

 Eu costumava rir muito da Dorcas quando ela falava sobre a obra de arte que Marlene McKinnon era, nunca entendi como as pessoas podiam chamar seres humanos de obra de artes, obras de artes não são apenas rabiscos coloridos ou não que demonstram sentimentos que não é possível colocar em palavras, afinal? 

 Agora acho que entendo Dorcas. 

 Na minha opinião, Regulus Arcturus Black era a própria definição de uma obra de arte. 

 Por fora tão lindo, uma arte que qualquer pessoa poderia ficar horas admirando tal beleza mesmo sem entender. 

 Por dentro uma linda confusão com uma história admirável. 

  Sorri observando Regulus, ele entrou no carro com o semblante sério de sempre, tirou os cachos dos olhos com delicadeza e em seguida sorriu para mim. 

— Oi. 

— Oi. — Retribui o sorriso e me inclinei, deixando um beijo demorado em sua bochecha. 

 Regulus revirou os olhos e passou a mão no local, mas eu pude ver uma sombra de sorriso em seu rosto. 

— Para onde vamos, garoto estrela? 

 Em seguida segui suas instruções, e após alguns minutos finalmente chegamos no local. 

 Era alto como uma montanha, havia muitas pessoas, por ali, arregalei meus olhos quando vi um garoto se jogar para baixo. 

 Olhei para Regulus com os olhos arregalados e brilhando, ele apenas me observava com um sorriso bonito.

— Você tá brincando! 

— Era um item da nossa lista. — Ele deu de ombros, como se aquilo não fosse nada. 

— Eu tô tão feliz que poderia te beijar agora! — Falei, e honestamente, pensar antes de falar não era meu lance.