Em meio a beleza de Londres, nós encontramos a felicidade.
E na beleza de teus olhos encontrei a alegria que há tempos não via.
Dei um mergulho profundo em seu sorriso e descobri o que é estar apaixonado.
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O mundo é cruel demais.
Há muita dor a todo instante em todo o canto.
E o ser humano é fraco, sendo assim, sempre temos que achar uma maneira de fugir.
Alguns bebem ou usam substâncias até esquecer o próprio nome.
Outros sempre carregam um fone de ouvido, usando a desculpa que a música os leva para qualquer lugar.
Outros falam o mesmo, porém com livros.
Enfim, cada pessoa tem sua forma de esquecer pelo menos um pouquinho do próprio mundo.
E aquilo deveria ser algo bom.
No entanto, às vezes isso pode acabar te matando.
Mas quando você está em um momento de desespero, quando sua visão começa a ficar turva e o ar começa a faltar, você realmente não liga.
Tudo que você vai desejar é fugir, sem se importar com a maneira.
Foi assim para Regulus, tudo que ele queria era parar de escutar a voz de seus pais gritando coisas ruins em sua cabeça.
Por isso acabou na cabine do banheiro de um pub, aplicando na veia com urgência uma passagem para outro mundo.
Ao mesmo tempo em que as frases repugnantes de seus pais gritavam em sua mente, as lembranças de seus amigos sorrindo orgulhosos por ele ter completado um ano limpo invadiram sua cabeça.
Quando se arrependeu, já era tarde, teve de fechar os olhos com força, sentindo raiva de si mesmo na mesma medida que seu braço ardia com o líquido entrando.
Após longos minutos com a cabeça escorada contra a parede da cabine sentindo uma grande irritação consigo mesmo, finalmente saiu.
Foi até a torneira e passou uma água em seu rosto, encarando seu reflexo no espelho.
Seus olhos estavam vermelhos, mas não tinha certeza se era por conta do choro, suas pupilas estavam dilatadas e seus cabelos bagunçados.
Por fim saiu do banheiro, do lado de fora estava agitado, luzes coloridas piscavam e pessoas dançavam junto da música alta.
