O escritório de Dumbledore era esperado. Não como se fosse incrível ou horrível, mas sim como sendo... previsível.
Uma grande sala circular com um mezanino, que possuía muitas janelas e quadros mágicos, as paredes de ambos os andares eram repletas de livros, haviam muitas velas magicas e estantes com documentos. Um dos cantos, em cima de uma mesinha escura, havia um poleiro de madeira onde uma gloriosa Fênix de plumagem vermelha e dourada e olhos escuros estava pousada os olhando atentamente. Num outro canto havia um grande armário prateado com portas de espelhos e ao lado, em cima uma pequena mesinha redonda, estava pousado um velho chapéu marrom pontudo e remendado.
No centro do cômodo, na frente de um enorme quadro de si mesmo, estava Dumbledore sentado a uma grande mesa mogno, usando vestes roxas e um chapéu alto e pontudo também roxo e cheio de estrelas douradas completamente espalhafatoso, lendo algum pergaminho com concentração.
Celeste o viu primeiro, enquanto saia da lareira com o tio e irmão e sumia com a poeira que grudou em suas roupas. Dumbledore ergueu o olhar no segundo seguinte, levantando e dando a volta em sua mesa para recebê-los apropriadamente.
Ele era branco, alto e magro e parecia muito saudável e vivo, apesar muito velho – um dos artigos publicados n'O Profeta Diário citou que o diretor havia nascido em agosto de 1881, ou seja, tinha 113 anos, mas a Carolino não sabia se a informação era confiável –. O cabelo grisalho e liso caia abaixo de seus ombros, e a barba no mesmo tom chegava a altura do umbigo tendo de ser amarrada por um elástico, as sobrancelhas se igualavam em cor. Haviam rugas nos cantos dos olhos azuis brilhantes e sonhadores, cobertos por um óculos de lentes meia-lua.
Desde que seu núcleo mágico se expandiu, a pouco mais três semanas, que Celeste sentia a magia como um todo (talvez são soubesse o que era no começo, mas sempre sentiu). O seu gosto doce que lhe tomava todo paladar, a forma que corria por seu corpo feito sangue, podia senti-la rígida contra seus ossos e, com um pouquinho mais de concentração, poderia dizer com precisão seu tipo, a forma que foi usada e para que serviria.
Entretanto, desde que partiu com os tios e o irmão em uma pequena expedição para ser apresentada algumas de suas empresas como nova dona, a dez dias, que Celeste voltou a ver outras pessoas e percebeu que havia algo a mais ali. Elas exalavam alguma coisa, como se algo dentro delas, mesmo que inconscientemente, quisesse mostrar o que era, quais eram suas intenções.
Não-mágicos emitiam vibrações fortes, quase gritantes, de o que quer que eles fossem. Já os seres mágicos eram entregues pelo cheiro da própria magia. Era como um cheiro sutil que de alguma forma dizia, sobre o que eram, sobre o que estavam sendo e pensando ser. E, da mesma forma que sabia identificar magia e seus tipos com precisão, se se concentra-se apenas um pouquinho também poderia dizer o que diziam – sua família não exalava nada, talvez por sua magia ser compatível, mas Celeste não tinha certeza. Ela teve apenas o período da viagem para praticar, afinal.
Dumbledore definitivamente não exalava bondade, ao mesmo tempo em que também não exalava maldade, mas havia algo de estranho, como uma culpa por estar sendo ruim pelos motivos certos.
ㅡ Vejo que já chegaram. ㅡ o diretor os cumprimentou. Sua voz era o epítome da paz e da tranquilidade. Aren o cumprimentou com um aperto de mãos, enquanto Celeste e Bomami se limitaram a um curvar de cabeça saudoso. ㅡ Vamos se sentar. ㅡ deu a volta na mesa voltando a sentar-se em sua cadeira. Um gesto de varinha fez com que mais três cadeiras surgissem de frente a si para a família. Assim que todos já estavam acomodados ele voltou a falar. ㅡ Gotas de limão? ㅡ oferece. Apenas Bomami aceitou. ㅡ Então, em que posso ajuda-los hoje nessa bela tarde de verão?
ㅡ Trouxe o restante dos documentos que precisavam para concluir a transferência de Celeste. ㅡ Aren respondeu, sua voz se tornando um tanto mais grossa ao falar inglês, puxando de seu bolso uma pasta preta magicamente encolhida, a ampliando e entregando ao mais velho, que a pegou sem hesitação.
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Celeste - Resgatada da Morte
FanfictionResgatada pela própria Morte após um fragmento de sua alma se perder em outra realidade, Celeste é enviada para seu resto, onde finalmente ficaria completa. Chegando em sua nova (e certa) realide em um momento complicado, a Carolino agora tem um o...