Red Lights [KimChay Vol2]

CAPÍTULO 12

[Relembre Volume1 - ep26 - Visão KIMCHAY]

— Eu te falei que seria fácil pegá-lo. O garoto praticamente se jogou na minha frente. — Uma voz áspera se divertia.

— Você está ficando arrogante, não se gabe tanto. Ele é apenas um pirralho não muito inteligente, então é claro que você o capturaria. — Outra voz apareceu para tirar sarro com o primeiro.

— Ei, se foi tão fácil, por que você não foi buscá-lo, grandão? Você ficou com medo de que Kim aparecesse antes da hora? — Ameaçou.

— Ora, seu pequeno... — Era notável o quão irritado o havia deixado, mas se divertia.

— Os dois, calem a porra da boca. Nosso convidado está acordando. — Anunciou uma voz ainda mais firme.

Chay gemeu baixinho, sua cabeça girando como se tivesse acabado de sair de algum brinquedo de parque de diversão, só que latejava um pouco e seus olhos ardiam. Ótimo, agora suas dores de cabeça estavam ficando tão fortes que ele estava começando a alucinar.

Ouvia vozes, mas elas pareciam distantes, como se ele estivesse tentando ouvir através da água. Eram claramente vozes masculinas, mas Chay não tinha ideia do que estavam falando.

Descobrir parecia dolorosamente desconfortável.

Quando foi que voltou para o apartamento? A última coisa que se lembrava era de ir para casa naquele atalho duvidoso. Chay não conseguia lembrar de subir as escadas para o apartamento e nem de Kim indo buscá-lo durante o caminho.

Uma mão quente tocou seu rosto de repente, e aquilo definitivamente não era uma alucinação. Não, a menos que Chay tivesse tendo um maldito pesadelo por conta do cansaço.

Forçando seus olhos relutantes a abrirem, Chay puxou a respiração em pânico. Nunca em sua vida acordou tão rápido, tanto que sentiu-se fraco.

O movimento muscular reflexivo entrou em ação, e ele estava agora lutando para se levantar, mas o jovem se viu incapaz de puxar os braços por trás das costas, isso sem contar na dor aguda em sua barriga.

Ao seu redor estavam paredes desconhecidas azuis, parecia ser de uma pequena sala, era um pouco assustadora.

O rosto do estranho na frente de Chay quebrou em um sorriso estranho, ele parou a mão que deslizava as costas de seus dedos insensíveis contra a bochecha de Chay. — Bem, bem! Eu estava pensando quando você finalmente acordaria! — O loiro balançou de joelhos, estalando a língua como se estivesse desapontado com um cachorro. — É rude deixar as pessoas esperando, sabe? A primeira família deveria ter melhores maneiras!

Atordoado e em silêncio, a mente de Chay cambaleou em uma tentativa de processar aquilo que lhe era dito... o quê? Um inimigo da primeira família? Um pequeno criminoso tentando ficar rico? Porque ele? Chay não tinha noção do perigo em que estava, e isso deveria ter sido incentivo suficiente para ficar de boca fechada, mas ele estava cansado de ser colocado no meio de toda essa bagunça.

Era sempre ele o mais fraco, ele que era feito de refém.

Escondendo um sorriso fraco, Chay ergueu seus ombros rígidos. — Acho que você deveria ter me batido um pouco mais leve. — Disse ele, com sua voz seca o suficiente para quebrar aquela ironia desnecessária. Por trás do loiro, um cara de chapéu bufou de forma irritada, mas não conseguia ver seu rosto claramente.