Simone Tebet e Soraya Thronicke, duas mulheres que tiveram seus destinos entrelaçados ao longo do tempo, se encontram como rivais na corrida pela presidência da República de 2023.
No entanto, em meio a um casamento em crise, uma nebulosa noite trou...
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Ao chegarem na casa do candidato, todos se reuniram e analisaram cada documento das pastas, organizando-os meticulosamente.
— Pedófilo desgraçado. — sussurrou Soraya ao ler os registros de denúncias.
Gleisi estava indignada com as atrocidades que havia lido. — Como alguém assim conseguiu assumir a presidência?
— Temos tanta coisa... Poderíamos acabar com ele agora mesmo! — disse Dilma, com um sorriso convencido.
— Não podemos jogar tudo por água abaixo assim. Precisamos esperar e descobrir os maiores podres dele. — proferiu Simone.
— Querida, podridão é o que não falta nessas pastas. Vamos ter que entregar tudo então. — afirmou Gleisi ao terminar de organizar os papeis.
Inácio também compartilhava todas as indignações dos demais. — Agradeço muito a ajuda de vocês... — disse Lula, sorrindo para todos em volta. E entrelaçando as mãos com as da esposa ao lado, sentia uma calmaria sem igual surgir.
Quando cada documento foi mandado para a perícia especializada, por volta das duas da manhã, os políticos seguiram para hoteis e apartamentos em que se hospedaram; e mesmo com as poucas horas até o amanhecer, a sensação da esperança de vencer esta caminhada, os fez descansar.
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Trinta de outubro, o dia que ficaria marcado na vida de todo o povo brasileiro.
Simone chegou às oito em Campo Grande, tendo apenas um tempo para repor sua aparência após a viagem, e ir ao colégio votar. Ao chegar, foi recebida por repórteres; e sem um pronunciamento tão formal, apenas breves palavras houve de dar, com receios, diante de alguns eleitores que com julgamentos a receberam.
Soraya pela manhã também foi, no entanto, tivera que lidar com ainda mais julgamentos.
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Simone se deixou descansar quando voltou para casa, após deixar sua mãe em casa, a qual fora junto dela na votação.
Ainda no aconchego do colchão, buscou o celular que vibrava na cabeceira. Bocejando, limpa os olhos brevemente, tendo-se por um sorriso surgir, ao ler o nome na chamada.
Ajeitando-se na cama, atendente. — Oi, meu sol.. — bocejou sem querer, escondendo com uma mão. — Como foi a votação? — sua voz ainda sonolenta e rouca.
Soraya, através da tela, sorria fechado. — Foi bem, em aspas. Apertei vinte e dois com força. — entre uma caretinha brincou.
E uma gargalhada arrastada de Simone saiu, que lhe fez fechar os olhos por um momento com deja vu surgido. — Sua bousonara..
