34 - life.

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20 de Dezembro.

Ludmilla e eu estamos deitadas na cama dela depois de uma longa maratona de sexo. Sua cabeça está repousada no meu ombro direito e um de seus braços envolve meu corpo enquanto eu tento, a todo custo, permanecer acordada.

Ela havia me cansado pra caralho.

— Bru?

— Pode dizer, meu amor.

— Eu estava pensando... - Ludmilla se levantou e sentou na cama logo em seguida — O que acha de morarmos juntas? - arqueei uma sobrancelha.

— Juntas do tipo no mesmo apartamento? - ela fez uma expressão confusa.

— Obvio, Brunna.

Percebi que ela estava falando sério e aproveitei para sentar ao seu lado.

— Você tem certeza?

— Por que não teria?

— Porque você vive reclamando que eu sou bagunceira e tudo mais. - ela riu.

— E é mesmo, mas algum dia isso teria que acontecer. Mais cedo ou mais tarde nós teríamos que morar juntas, e eu quero isso agora.

— Você já percebeu que somos tão parecidas em umas coisas, mas em outras somos completamente diferentes? - Ludmilla assentiu, ainda sorrindo — Você é toda saudável, enquanto eu só como porcarias. Você é toda organizada, e pra mim, quanto mais bagunça melhor. Você é mais sensível, enquanto eu consigo aguentar muita coisa calada.

— É por isso que fomos feitas para ficar juntas. - ela disse. — Você me completa e eu completo você.

— Exatamente.

— Você ainda não respondeu minha pergunta.

— Você não deveria me fazer esse tipo de pergunta depois de uma maratona de sexo, Ludmilla.

— Por que?

— Porque eu provavelmente aceitaria qualquer coisa.

— Agora sei como te persuadir. - ri.

Ludmilla deitou a cabeça nas minhas pernas e eu aproveitei para passar levemente minhas mãos em seus fios de cabelo.

— Eu realmente quero morar com você. Sempre foi o meu sonho desde quando começamos a namorar, mas você acha mesmo que essa é a hora certa pra isso?

— Amor, nós já nos conhecemos há anos e sempre combinamos isso, até quando éramos apenas amigas. Eu não vejo um momento certo, porque eu quero isso agora. Não estou brincando. Quero poder acordar com você todos os dias e ir dormir com você todas as noites. Você não quer?

— É claro que eu quero, mas precisava saber se essa decisão não havia sido repentina. Não quero arrependimentos depois. - Ludmilla revirou os olhos — Ok, eu já entendi que você está falando sério, não precisa revirar os olhos pra mim. - dei um leve tapa em sua testa, fazendo-a rir.

— Eu já falei sobre isso com os meus pais e eles acham que já está na hora de morarmos juntas.

— Sério?

— Sim!

— Mas o que faríamos com os nossos apartamentos individuais? - perguntei.

— Eu vou vender esse meu, mas você fica com o seu. Pode aluga-lo, ou sei lá.

— Tem certeza, Ludmilla? Um apartamento em Nova Iorque é caro, e eu não irei deixar que você pague tudo sozinha.

— Relaxa, Bru. Eu também já falei com os seus pais sobre isso.

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