Fortune Cookie.

33 - Our place.

— Buenas noches, latina gostosa. - foi o que Ludmilla disse quando eu abri a porta do apartamento.

Ela me deu um rápido beijo na bochecha e entrou, dando um forte tapa na minha bunda ao passar por mim.

— Por que você está com essa mochila? - perguntei.

— Meu notebook está aqui dentro.

— E por que você trouxe seu notebook? - ela sentou no sofá, colocou os pés em cima da mesinha a frente e depois tirou o notebook de dentro da mochila, colocando-o sobre as pernas.

— Porque nós vamos jogar. Vai pegar o seu.

— Jogar o que? - ela arqueou uma sobrancelha.

— O simulador, Brunna.

— Oh, sim! Vou pegar o meu, espera aí.

Fui até o meu quarto, peguei meu notebook e depois voltei para a sala e sentei ao lado de Ludmilla no sofá.

— Conectou?

— Sim, LOliveira. Ou eu deveria te chamar de FakeGirl1432? - ela riu.

— Idiota.

— Olha aí a mensagem que eu te mandei. - falei.

— Ok.

KCCE97: Sua personagem tem uma bela bunda. Como você consegue?

Ludmilla olhou para mim e negou com a cabeça, rindo.

LOliveira: Tem pra vender na loja online.

— Eu não acredito que você pagou por uma bunda online. - falei.

— Eu fiz isso pra agradar a sua personagem, ok?

— Você é impossível, Ludmilla.

LOliveira: Na sua casa ou na minha?

KCCE97: Não tem nada pra você hoje.

LOliveira: Por que não???

KCCE97: Porque eu não estou a fim.

LOliveira: Vou te mostrar como eu consigo tudo o que quero.

— Ludmilla, que porra é essa? - perguntei olhando para a tela do notebook dela a fim de ver o que ela estava aprontando — A SUA PERSONAGEM ESTÁ TENTANDO TRANSAR A FORÇA COM A MINHA?

— Sim, libera pra mim aí.

— Eu não!

— Qual é, Brunna?! Eu vou acabar perdendo pontos se a sua personagem não corresponder.

— Problema seu.

KCCE97: *Abandonar encontro*

— Filha da puta. - ela disse, me fuzilando com o olhar.

— Você estava tentando estuprar ela!

— Não estava não.

LOliveira te convidou para um encontro.

— Você não vai desistir, não é?

— Não até a sua personagem abrir as pernas pra minha. - juro que tentei não rir, mas foi impossível.

Ludmilla é uma ridícula.

— Você não vale nada.

— Não mesmo. - disse, fechando o notebook. — Sua personagem não quer a minha, mas você me quer, não quer?

— Não estou a fim agora. - me levantei e fui até a cozinha beber agua.

É obvio que eu não estava falando a verdade, mas é ótimo ver essa expressão indignada no rosto de Ludmilla.