45 - Family time.

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Um feixe de luz entrava pela janela do quarto e atingia meu olho em cheio, deixando-me inquieta na cama. Querem uma dica? Antes de começar a transar por todos os cômodas do apartamento, feche todas as cortinas.

Joguei o edredom para longe e saí da cama com raiva porque queria continuar dormindo já que eu não precisaria trabalhar hoje. Calcei minhas pantufas e fui até o banheiro fazer tudo o que sempre faço pela manhã.

Ao terminar, fui até a cozinha a fim de fazer algo para comer, mas Ludmilla estava em frente o fogão preparando alguma coisa.

— Amor. - chamei-a e ela me olhou.

Minha voz saiu mais rouca do que eu esperava.

— Bru! Bom dia. O que faz acordada a essa hora? - perguntou, voltando a atenção para o fogão logo depois.

— Nós esquecemos a cortina aberta e a luz do sol me acordou. - eu disse.

Aproximei-me de Ludmilla e abracei-a por traz, pela cintura, e aproveitei para deitar minha cabeça em seu ombro.

— Me desculpe, eu deveria ter fechado.

— Está tudo bem. - sorri contra seu ombro. — Você não vai trabalhar hoje?

— Vou sim, mas posso chegar mais tarde. Prefiro tomar café da manhã com você. - ela disse, colocando o café na garrafa e algumas torradas no prato.

Ludmilla se afastou de mim e levou tudo até a mesa, para depois voltar onde eu estava e me beijar. Ela segurou minha mão e puxou uma cadeira para que eu me sentasse, fazendo o mesmo logo depois.

Aproveitei então para olhar como ela estava vestida hoje. Eu amo o estilo de Ludmilla com todas as minhas forças, e amo principalmente o que ela costuma usar para trabalhar. É geralmente uma calça colada preta ou branca e uma blusa muito bonita. Hoje ela está usando sua calça preta que eu tanto amo e uma blusa social branca transparente, deixando seu sutiã preto à mostra.

Pelo menos aquele grupinho de vadias ridículas não trabalha mais lá.

— Você está linda. - falei.

— Você também, Bru.

— Ludmilla, meu cabelo está bagunçado e meu rosto está inchado, provando que eu claramente acabei de acordar. - ela riu.

— Isso é ser linda pra mim, porque você é linda de todas as formas. Eu não consigo entender como isso é possível.

— Não me deixe sem jeito a essa hora da manhã, Oliveira.

— Você ainda fica sem jeito com os meus elogios? - perguntou, segurando uma das minhas mãos.

— Sempre. - ela sorriu e levou-a até seus lábios para beija-la.

Quando terminamos de comer, Ludmilla foi até o quarto pegar sua bolsa e sentou na cama para esperar que eu trocasse de roupa, porque eu pretendia ir até a casa dos meus pais agora pela manhã.

— Quer que eu te leve? Passo passar lá quando sair do trabalho e nós podemos ir almoçar juntas em algum lugar. A não ser que você pretenda voltar pra casa antes da hora do almoço...

— Não, eu pretendo ficar lá durante toda a manhã, então vou aceitar sua carona. - Ludmilla sorriu.

Passei perfume, peguei meu celular, e me olhei mais uma vez no espelho para depois irmos até a garagem do condomínio.

Ludmilla havia comprado um carro novo para ela e agora está com um mil vezes melhor e mais bonito. As vezes sinto raiva quando ela o trata como se fosse um amante, mas as vezes é engraçado.

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