49 - Good news.

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Brunna's PoV.

Eu havia acabado de chegar do trabalho, mas Ludmilla ainda não estava em casa. Ela costuma demorar mais do que o necessário quando precisa adiantar seus afazeres por lá, então, como não temos ninguém trabalhando para nós aqui no apartamento, costumamos comprar o almoço em algum restaurante.

Foi exatamente isso que eu fiz. Joguei minha bolsa em cima da pequena mesinha em frente o sofá e liguei para nosso restaurante preferido. Pedi algo para comermos, depois fui para o banheiro, tirei a roupa, e tomei um rápido banho.

Eu estava em frente ao espelho, prestes a passar creme no rosto, quando senti uma forte dor na barriga e um mal estar quase insuportável. De repente a minha visão ficou turva e tudo parecia girar, então me segurei no mármore da pia com toda a força que eu tinha no momento.

Não cheguei a desmaiar, mas precisei me ajoelhar em frente ao aparelho sanitário porque senti como se tudo que estivesse dentro de mim fosse sair pela minha boca. Com dificuldade, segurei meus fios de cabelo e me levantei. Ludmilla havia me dito uma vez que enquanto o estômago estiver contraído é bem difícil conseguir parar de vomitar, então eu evitei ao máximo ficar inclinada ali.

E por falar em Ludmilla...

— Bru? Você está no banheiro? - ouvi sua voz do outro lado da porta após duas batidas na mesma.

— Sim, mas já estou quase saindo.

Minha voz saiu estranha e eu espero que Ludmilla não tenha percebido. Ela passou alguns segundos calada, mas logo continuou falando. Talvez não tenha percebido mesmo.

— Está tudo bem?

— Claro, claro.

— Ok... Vou arrumar a mesa pra gente almoçar.

— Tudo bem, darling.

Quando eu percebi que Ludmilla havia saído de frente da porta do banheiro, tratei de dar um jeito na minha aparência lavando o rosto, escovando os dentes e penteando o cabelo, que ainda estava molhado por causa do banho. Por fim, vesti-me e saí.

Eu a encontrei na cozinha ainda arrumando a mesa para o almoço. Ao se virar para mim, encarou-me com se eu fosse um extraterrestre ou algo do tipo.

— Credo, Bru, o que houve com você? - pegou na minha testa com a palma da mão, verificando a minha temperatura.

— Por quê está perguntando isso? Estou tão feia assim?

— Não, mas aparenta estar doente. Tem certeza de que está se sentindo bem?

— Tenho sim. Vamos almoçar? - Ludmilla assentiu, embora parecesse não acreditar em mim.

Nós almoçamos juntas e, quando terminamos, fomos para o quarto. Ludmilla não precisaria ir trabalhar à tarde e eu precisava terminar a planta de uma loja, mas faria isso aqui mesmo, levando em consideração que não estou me sentindo muito bem pra sair de casa. E por falar nisso, creio que esse mal estar tenha algum motivo.

Ludmilla me pediu para não criar expectativas, porque poderíamos acabar nos decepcionando depois, mas não tem como não criar. Estou muito ansiosa para simplesmente ignorar isso. Eu queria fazer o teste de gravidez o mais rápido possível e queria fazê-lo junto Ludmilla, mas acho que mudei de ideia. Agora eu prefiro fazê-lo sozinho e, seja lá qual for o resultado, contar para ela depois.

Afastei o seu braço que envolvia a minha cintura e arrastei-me para fora da cama, mas Ludmilla segurou o meu pulso, puxando-me de volta.

— Onde você pensa que vai?

— Vou na cozinha, amor. Volto já. - beijei-a rapidamente e peguei o celular na cômoda antes de sair.

Chegando na cozinha, inclinei-me sobre o balcão e abri o aplicativo das mensagens no celular, procurando o contato de Patty.

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