Fortune Cookie.

2 - darling.

Quando Júlia, Patty e eu finalmente saímos do restaurante, pude voltar para meu apartamento quentinho e me jogar na enorme cama macia que tanto amo. Porém, antes disso eu tive que conta-las sobre a tal frase no papel do biscoito da sorte.

Falando nisso...

Eu decidi mandar uma mensagem para o tal número. Não tenho ideia de quem seja, mas pretendo descobrir. Se for algum tipo de brincadeira, nada que o bloqueio de número não resolva.

Eu (22:32): Obrigada pela frase maravilhosa no biscoito da sorte, mas agora eu acho que mereço saber quem a mandou. :)

Deixei o celular em cima da cama e fui tomar um rápido do banho. Quando eu voltei, a mesma já havia sido respondida.

Pessoa da frase legal (22:38): Fico feliz que tenha gostado e mais feliz ainda por ter vindo falar comigo, mas lamento informar que você não irá descobrir quem eu sou. Não agora.

Eu (22:45): Como assim?

Eu (22:45): Você não vai me falar seu nome?

Pessoa da frase legal (22:46): Não, duh.

Eu (22:46): Por que não???

Pessoa da frase legal (22:47): Porque você me conhece e eu não quero que descubra minha identidade agora. Eu preciso te mostrar o quanto você é especial pra mim antes disso.

Eu (22:47): Então você é um tipo de admirador secreto?

Pessoa da frase legal (22:47): Admiradora*, e acredite, eu sou bem mais do que isso. :)

Eu (22:48): Ui.

Eu (22:48): Espera!

Eu (22:49): Como eu vou saber se você não é um estuprador, ou um velho aproveitador de crianças indefesas?

Pessoa da frase legal (22:50): Eu já disse que sou mulher, e você não é uma criança.

Eu (22:50): Eu tenho 19 anos, ainda sou uma criança sim.

Pessoa da frase legal (22:51): Crianças são virgens, diferente de você.

Eu (22:51): Você não sabe se eu sou ou não.

Pessoa da frase legal (22:51): Eu sei sim. Já disse que conheço você.

Eu (22:52): Urgh.

Eu (22:52): Isso é injusto, porque eu realmente não faço a mínima ideia de quem você seja.

Pessoa da frase legal (22:53): Ótimo, bom pra mim.

Eu (22:53): Ok, eu provavelmente não irei saber o seu nome, então como posso te chamar?

Pessoa da frase legal (22:53): Me dê um apelido. Você é ótima nisso.

Eu (22:53): Eu precisaria ver seu rosto para conseguir te dar um apelido.

Pessoa da frase legal (22:54): Sem chance.

Eu (22:54): Droga.

Eu (22:55): Eu vou te chamar de Darling, então.

Darling (22:55): Como quiser.

Eu (22:55): Agora eu preciso dormir. Podemos conversar mais amanhã? Eu preciso fazer algumas perguntas.

Darling (22:56): A minha intenção é conversar com você todos os dias, Brunna.

Darling (22:56): Boa noite. Durma bem.

Darling (22:56): E só pra constar, a frase é completamente verdadeira, mas não diz nem metade do que eu sinto por você.