capítulo 12.

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Madelaine Petsch pov.

era tão estranho e confuso encarar de longe o diálogo entre Vanessa Morgan e Travis Mills.

duas pessoas com o mesmo comportamento na frente das pessoas, porém com a personalidade totalmente diferente por trás delas. e põe diferença nisso.

eles dois conversavam como se estivessem falando da coisa mais engraçada do mundo. e até que era contagiante o riso dos dois.

mas a minha vontade de rir foi cortada quando percebi que os dois estavam lançando olhares discretos e rápidos para mim.

mas não é como se eles estivessem falando de mim, é como se estivessem flertando visualmente.

e de uma certa forma... me senti mexida com os olhares dos dois.

- e o bi panic ataca. - saí rapidamente dos meus devaneios quando ouvi a voz de Lili ser dita. - se sentiu atraída pelos dois, né? isso não é novidade!

novidade mesmo era encarar o professor Mills depois do beijo maravilhosamente incrível que ele me deu.

sério, esse homem consegue ser perfeito em tudo.

os seus carinhos durante o beijo... foi tudo tão perfeito que eu me senti uma menina de quatorze anos beijando pela primeira vez.

- eu? sentir atração pela Morgan? acorda desse sonho, antes que vire um pesadelo. - tirei o olhar dos dois, voltando a minha atenção para Lili, que permanecia com o seu sorriso besta e diário nos lábios.

é sério, eu não sei o motivo do sorriso dela o dia todo. realmente não sei o que se passa na cabeça dela.

- aliás, me conta o motivo dessa sua felicidade toda. - ela me olhou com os braços cruzados e a feição curiosa. - quer dizer, ontem você estava toda estressada por um motivo que nem eu sabia, agora hoje me aparece feliz. e de uma certa forma... encarando o professor Mills com mais intensidade do que encarava antes.

- eu vou te contar, mas você vai ter que ficar, ó. - fiz uma expressão estranha indicando para que ela ficasse em silêncio e calma, mas que ela conseguiu compreender muito bem.

- e você acha que eu tenho quem pra contar as coisas? Madelaine, você é a minha única amiga. já deveria saber disso! - Lili me olhou com aquela cara de ofendida, mas ao mesmo tempo de quem ainda estava curiosa, esperando que eu dissesse algo bombástico e é claro, eu diria.

- eu e o professor Mills... nos beijamos ontem.

e que beijo! eu não consegui detalhar tanto sobre o que rolou ontem, mas sério, foi o beijo dos sonhos.

e voltando ao assunto... é claro que eu falei com total discrição e super baixo, mas a surpresa de Lili foi tanta que a fez não ser nada discreta.

- PUTA QUE PARIU!! - ela gritou perplexa, chamando a atenção de todas as pessoas que estavam ao nosso redor. isso incluía os olhares da professora Morgan e do professor Mills, que pararam imediatamente o diálogo e olharam para nós duas com a mesma expressão, ou seja, a expressão de quem não entendia nada.

- obrigada por fazer a escola inteira notar a nossa existência da pior forma possível. - foi a única coisa que eu consegui dizer, ainda cabisbaixa pela vergonha que acabei de passar publicamente.

- ah, que se foda a escola! porra, você acaba de me dizer que está tendo um caso com o professor Mills e quer que eu fique em silêncio? - ela estava mais agitada do que o normal e eu não esperava reação diferente, mas também não esperava que ela fosse ficar assim.

- cuidado, as paredes têm ouvidos! - e só para conseguir me deixar mais envergonhada ainda, eu pude ouvir a voz da professora Mendes dizer, eu tive que levantar o meu olhar para encarar a escola agora e até que as pessoas haviam parado de nos olhar. quero dizer, as pessoas entre vírgulas, já que a Morgan e o Mills ainda nos olhavam. agora, a professora Mendes também olhava para nós.

- ótimo, Lili, ótimo!! - peguei a minha mochila e ainda com as pernas trêmulas pelo recente mico, me levantei do banco do pátio. eu não podia ficar perto deles por mais nenhum segundo.

- por que está tão brava? - Lili veio atrás de mim, me perguntando de uma forma realmente confusa.

antes de virar o corredor, eu dei uma última olhada para eles. e agora, só quem me perseguia com o olhar, era ela. a professora Morgan.

- primeiro, você não deveria ter gritado isso. e segundo, ele e eu não estamos tendo um caso, infelizmente. - agora, aproveitando que estamos a sós, eu me senti segura para dizer isso.

- mas você não disse que vocês se beijaram ontem? - ela questionou um pouco confusa, até mais do que estava antes.

- sim, nos beijamos. mas depois disso, ele apenas sorriu e me deixou raciocinar tudo o que havia acontecido naquela sala. - expliquei. - realmente, eu tive que tentar raciocinar muita coisa.

- e o que vai fazer? - ela encostou os seus braços no corrimão da escada, arqueando a cabeça para o lado e levantando as sobrancelhas, tentando entender a minha cara de desentendida.

- eu? nada! você acha que eu devo fazer alguma coisa?

- mas é claro, Madelaine! - respondeu óbvia. - alguma coisa você tem que fazer.

- Madelaine, pode vir aqui um minuto? preciso conversar sobre as suas notas. - acho que se eu não estivesse apoiada naquele corrimão, eu teria caído ali mesmo. ouvir a voz do professor Mills sempre me deixa arrepiada e eu sei bem o motivo.

- claro. - sorri simpática, pegando a minha mochila. - já volto, Lili.

- aham... boa sorte! - ela piscou daquele jeito malicioso, já sabendo antes de mim, o que rolaria lá dentro daquela sala.

eu e ele entramos em uma sala de aula vazia e ele rapidamente fechou a porta. confesso que eu não estava entendendo muito, mas claro que passei a entender de imediato quando o vi se aproximar.

- posso? - pediu e eu, claro, assenti sem pensar duas vezes.

ele, por sua vez, colocou a mão direita em meu rosto, me puxando para mais um beijo sensacional.

sério, Travis Mills era o homem mais perfeito da face da terra.

- se toda vez que for falar das notas for assim... eu vou adorar saber das minhas notas. - brinquei já com certa intimidade, quando nos afastamos pela falta de ar.

- suas notas são ótimas! - ele sorriu, me dando um selinho demorado. eu juro que não estou acostumada com essa intimidade toda com ele, mas parece que estou vivendo um sonho acordada.

acho que nem mesmo a Morgan é capaz de me tirar do sério.

- mas eu infelizmente preciso ir. - ele disse, olhando em seu relógio. eu quase me ajoelhei ali mesmo e implorei para que ele ficasse mais um pouco, mas não podia parecer uma desesperada e muito menos demonstrar que sou louca por ele. - você vai estar ocupada no sábado?

- não, não tenho nada marcado.

- então vou deixar o meu endereço aqui. - ele pegou um papel e uma caneta, escrevendo algo ali. afinal, de onde diabos ele tirou essas coisas? - pensa direitinho e se quiser, aparece lá. não quero te forçar a nada, mas adoraria que fosse.

[...]

minha professora de biologia - madnessa.Where stories live. Discover now