capítulo 29.

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Madelaine Petsch pov.

as aulas finalmente acabaram e todas as pessoas estavam indo embora, tanto os alunos, quanto os professores e funcionários.

estava chovendo muito e a minha mãe estava demorando de chegar.

Lili teve que sair mais cedo. ela saiu antes da última aula começar, parece que a sua vó estava passando mal. algo do tipo. então, a diretora liberou a saída dela.

ou seja, eu estava sozinha, prestes a sair da escola.

mas antes disso...

- me solta, por favor. - sem nem ver quem era, eu já estava fazendo um escândalo e me debatendo contra a pessoa.

- ei, ei, ei. calma! sou eu. - ao ouvir a voz dele ecoar pelos meus ouvidos, pude suspirar um pouco mais aliviada. bem pouco mesmo. com o nervosismo que senti na hora, eu nem consegui me recordar que pelos braços, era ele.

- me desculpa... eu.. só me assustei. - ao notar que eu estava sozinha dentro de uma sala com Travis, comecei a me desesperar de novo. não que eu tenha medo de ele fazer algo, é que... eu não sei explicar. não quero ser tocada por nenhum homem agora, nenhum mesmo.

- você nunca teve essa reação. está tudo bem? - ele questionou, se aproximando de mim. mas quanto mais ele se aproximava, mais eu recuava, andando para trás. - por que está fugindo de mim?

- não toca em mim, por favor. - pedi, tentando controlar a vontade que estava de desabar ali mesmo. - por favor.

- Mads, fique calma. não vou tocar em você, tá bom?! - Travis se afastou de mim, indo para trás e ficando um pouco longe da minha pessoa. - 'tô longe agora. pronto.

- obrigada... - suspirei um pouco mais calma agora, notando que não tinha motivo de ter tanto medo assim. era só o Travis...

isso, Madelaine. é só o Travis. ele não vai te machucar, você o conhece.

- quer me contar o que aconteceu? - ele perguntou, sem se aproximar de mim.

- eu só... é que.. - eu queria mesmo contá-lo, mas não conseguia. nada saía da minha boca. - me desculpa, eu não consigo.

e como a idiota que eu sou, o deixei lá sozinho.

saí correndo sem nem perceber por onde. apenas queria sair desse lugar.

parei em um canto onde não passava ninguém, que era atrás da escola.

eu só sentia os pingos da chuva cair sobre o meu corpo e as lágrimas de desespero escorrer pelos meus olhos.

- vai ficar resfriada assim.

ironia do destino, só pode.

como da primeira vez do nosso primeiro diálogo, senti o seu casaco quente e confortável me proteger da chuva.

era ela. a professora Morgan.

- desculpa, mas eu não estou para graças agora. - murmurei séria. - me deixa ficar sozinha, por favor.

- muito menos eu. - respondeu ela, se aproximando de mim e se sentando ao meu lado. na chuva. - eu não vou te deixar sozinha. se não quiser conversar, está tudo bem. mas nós duas ficaremos aqui, quietinhas, ouvindo o barulho da chuva cair no chão.

fiquei quieta, apenas ouvindo o que ela dizia. nem se eu tivesse forças, eu conseguiria contrariar ela.

no fundo, bem no fundo, eu realmente precisava de uma companhia que ficasse em silêncio comigo.

o silêncio logo foi quebrado pelo meu choro que infelizmente, passou a ficar alto. eu não estava aguentando guardar dentro de mim.

e por impulso, claramente sem pensar, acabei me jogando nos braços da Morgan.

minha professora de biologia - madnessa.Where stories live. Discover now