capítulo 27.

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Madelaine Petsch pov.

- desculpa te chamar, amiga. é que eu realmente estou meio desconfortável em ficar sozinha em casa com ele. - peguei nas mãos de Lili, trancando a porta do meu quarto e me sentando na cama com ela. - dá até medo de ele estar ouvindo atrás da porta.

- mas ele não é o seu primo? - ela cruzou os braços, um pouco confusa.

- sim, ele é. - respondi. - mas não deixa de ser estranho. é sério, estou com medo de ficar sozinha com ele durante esse final de semana.

- fica calma, eu posso pedir para a minha mãe pra dormir com você aqui. que tal? - ela sorriu e eu sorri enorme ao ouvi-la dizer isso. claro que me deixou mais confortável e segura. - podemos escolher uma série ou ler um livro. ou então até mesmo ficar fofocando até tarde.

- obrigada por isso, Lili. você realmente é a melhor amiga do mundo! - dei um beijo na sua bochecha, fazendo-a sorrir convencida.

- eu sei, eu sei. me agradeça depois.

e põe convencida nisso!

[...]

como prometido, Lili dormiu comigo e foi bem legal. fofocamos até amanhecer e ainda acordamos sem nos preocupar com a escola. afinal, era sábado.

quando acordamos, a gente continuou conversando e comendo.

estranho mesmo, era ver que Marco ficou sem sair do quarto o dia todo. mas de uma certa forma, era bom para mim.

e agora que já estávamos quase no final do dia, Lili se pronunciou:

- eu preciso ir em casa bem rapidinho. só vou tomar banho e pegar aquele jogo que te falei. - Lili disse e eu me levantei com ela.

- tá, vou com você.

- para com isso, doida. não precisa ter medo de nada, eu moro do seu lado, qualquer coisa você bate lá em casa. - ela riu e eu cocei a nuca, rindo também, porém sem vontade nenhuma. literalmente.

- ok então, só não demora.

para aproveitar que ela havia ido tomar banho, eu também iria fazer o mesmo que ela.

eu não sei o motivo, mas eu estava me sentindo vigiada. o que me causava arrepios por todo o meu corpo.

mas como? eu tinha quase certeza que havia trancado a porta antes de ir banhar.

narradora pov.

Madelaine estava amedrontada, isso era um fato.

mas ela estava tão intacta de nervoso e medo, que ao menos conseguia sair da água.

ela só não contava que estava sendo fotografada durante o banho.

até que o infeliz do seu primo, Marco, deixou um objeto não tão importante do quarto dela cair, fazendo com que ela saísse do transe e conseguisse se vestir rápido antes de sair do banheiro.

Marco, claro que tentou se esconder, mas o nervosismo dele não deixou que ele conseguisse agir rápido.

o que fez acontecer o que ele estava temendo. Madelaine o viu com o seu celular virado para ela.

Madelaine Petsch pov.

eu não estava conseguindo racionar direito. claro que não é tão difícil de se entender.

o idiota do Marco estava tirando fotos minhas no banho. o que o torna um escroto e nojento!

mas eu nunca havia passado por isso e nunca nem imaginei que iria precisar passar, ainda mais dentro da minha própria casa.

- apaga isso agora, Marco. já! - consegui criar coragem para falar.

- eu não tirei foto nenhuma sua. - Marco se levantou, pois como o cínico e filho da puta que ele é, ele havia tentado se esconder. mas como eu fui mais rápida, o máximo que ele conseguiu fazer foi se abaixar do lado da minha cama.

- você é maluco, garoto!? eu mandei você apagar isso agora! - me aproximei dele, tentando pegar o celular da sua mão. mas infelizmente ele era mais alto, então era quase inevitável conseguir alcançá-lo. - por favor, apaga isso.

- já falei que não tirei foto. - ele disse sério e antes que eu pudesse cogitar em respondê-lo, ouvi algumas risadas masculinas ecoarem pelo quarto.

- o que é isso? isso está vindo do seu celular? me dá isso agora, Marco. anda!

esse garoto não fez isso. não mesmo.

- o que foi? - ele virou o celular para mim, onde eu consegui ver que ele fazia uma chamada de vídeo com alguns homens mais velhos do que ele. - é isso que você quer ver?

- desliga isso, por favor. - eu estava morta de vergonha, isso era nítido.

- até parece que você não gosta de ver vários homens aplaudindo o corpo gostoso que você tem.

eu não estava sabendo como reagir.

eu só estava me sentindo um objeto. um tipo de copo descartável, onde as pessoas olham, pegam, usam e jogam fora.

mas nesse caso, está sendo bem pior. é claro.

- por favor, Marco... estou com vergonha. - eu não sei como isso aconteceu, mas de um tom alto e firme, a minha voz ficou baixa e fraca.

- eu vou te mostrar que você não precisa ter vergonha, priminha.

minha professora de biologia - madnessa.Where stories live. Discover now