capítulo 28.

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narradora pov.

e lá, no capítulo passado, todos vocês já sabem o que ocorreu.

e como se não bastasse ter abusado sexualmente da sua própria prima e tê-la deixado sozinha naquele quarto, Marco havia deixado os seus amigos verem o quão babaca ele estava sendo.

o que com certeza, fez criar o maior trauma da vida de Madelaine.

Madelaine Petsch pov.

eu estava paralisada.

só tentava me perguntar o motivo disso ter acontecido comigo.

sendo que no dia passado, eu estava tão feliz e bem...

- oi, amiga. voltei! - ao ouvir a voz de Lili dizer do outro lado da porta, eu tive que criar forças para me recompor e abrir a porta para deixá-la entrar. - Mads? sou eu, Lili. pode abrir a porta.

e então, foi isso que eu fiz.

eu não iria contar do ocorrido para ela, não queria que ninguém soubesse dessa vergonha que passei.

eu estava com nojo de mim mesma.

com nojo de qualquer outra pessoa que pudesse ter segundas intenções comigo.

eu nem sei para onde aquele filho da puta foi, ele com certeza deve ter fingido que nada aconteceu e deve ter ido se trancar no quarto ao lado do meu.

só me lembro da sua frase antes de sair:

"você é uma inútil mesmo, nem pra conseguir me fazer gozar. já comi melhores".

eu só não consigo dizer o que estou sentindo.

parece que todo dia acontece algo pior e por aí se vai.

- por que está com os olhos inchados assim? você 'tava chorando? - Lili me tirou dos meus pensamentos, se aproximando um pouco mais de mim.

- é que eu... eu vi um vídeo na internet que me deixou muito triste. - menti. na verdade, eu nem sei de onde tirei essa força para falar.

- ah, me mostra. - pediu. - quero ver.

- eu acabei reiniciando a página e perdi ele. - e essa era só mais uma das mentiras que eu ia passar a contar para esconder isso.

- hum... tudo bem então. - e é óbvio que como ela não é boba, ela não acreditou nisso.

- dorme aqui comigo de novo, por favor? a mamãe vem amanhã e eu não queria dormir só... - pedi um pouco receosa de que ela rejeitasse ou questionasse o motivo de eu estar tão nervosa assim.

- claro, Mads. sempre estarei com você, ok? - Lili pegou em minhas mãos, parecendo tentar me passar conforto. ou seja, ela havia percebido que algo tinha acontecido comigo.

[...]

uma semana depois.

há uma semana atrás, quando a mamãe voltou de um dos melhores finais de semana da sua vida, eu tinha acabado de ter o pior final de semana da minha vida.

eu não tinha condições de encarar a escola naquele momento, aí eu fiz o que eu aprendi a fazer de melhor. mentir.

fingi para a mamãe que estava doente e ela me deixou faltar essa semana, mas agora vou ter que encarar o mundo real novamente.

Lili é uma fofa. todo dia depois da escola, ela passava aqui para me ver e me dizer quais eram os assuntos que estavam sendo dados dentro da sala.

mas voltando a parte da história mais traumática da minha vida, eu estou com muito medo de sair de casa e sei lá, passar por perto de qualquer outro homem.

Marco, fingindo que nada aconteceu, permaneceu aqui em casa durante essa semana.

mas no domingo a tarde, no caso ontem, ele resolveu ir  embora.

e hoje, em plena segunda-feira, eu já estava no pátio da escola.

como sempre, ouvindo as histórias malucas que Lili já viveu. aliás, ela já viveu muitas coisas.

- aí eu vi uma onça. caraca, esse dia foi épico. - enquanto ela falava tudo tão rápido, eu nem prestava atenção e estava quase caindo de sono ali mesmo. - você ouviu, Madelaine? eu já vi uma onça!

- nossa, amiga. que legal. - fingi interesse no assunto.

e para me fazer escapar dessa ruma de histórias que ela me contava, o sinal finalmente bateu.

entramos na nossa sala e logo demos de cara com a professora Morgan.

- Petsch, você perdeu muitos assuntos de prova essa semana. - a sua voz irritante tratou de dizer e eu estava literalmente sem paciência para ninguém hoje. ninguém mesmo.

- eu já peguei tudo com a Lili. estava doente, por isso não estava vindo. - expliquei.

- e o atestado médico? trouxe? - ela questionou, colocando o seu óculos e pegando o piloto de cima da mesa.

- não. - respondi. - mas o que importa é que já sei de todos os assuntos que foram passados.

- bom assim. - ela disse daquele jeito sarcástico que me irritava de uma forma inexplicável.

apenas revirei os olhos para mim mesma e comecei a escrever o que ela estava passando.

[...]

minha professora de biologia - madnessa.Where stories live. Discover now