capítulo 2.

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Madelaine Petsch pov.

- e aí, filha. como foi o primeiro dia de aula? - minha mãe pergunta totalmente animada, diferente de mim, que estou totalmente desanimada com o dia tedioso que tive.

- a mesma coisa de sempre. - respondo sem reação. como eu conheço muito bem a minha mãe, sei que se falasse como realmente foi o meu dia, ela iria conversar até não querer mais.

- tá bom então. - ela diz, me olhando desconfiada. - ah, filha. eu quase ia me esquecendo.

- o que foi? - pergunto, me virando para ela outra vez.

- você pode entregar essa torta que fiz para as nossas novas vizinhas?

- posso. - digo, suspirando pesado.

saio de casa e logo dou de cara com o apartamento 204. o apartamento das nossas novas vizinhas.

- já vai. - ouço uma voz conhecida dizer, mas não tão conhecida para que eu consiga me recordar de quem seja no momento.

e quando a porta foi aberta, eu dei de cara com a loira sem sal. revirei os olhos ao vê-la e ela não teve uma reação muito diferente da minha.

- olha ela, perdendo o tempo fazendo tortinha para mim, é? - ela cruzou os braços ironicamente, me olhando daquela forma sarcástica que me fazia ter vontade de cometer um homicídio só por esse olhar.

- se eu soubesse que era você. - bufei, entregando-lhe. - a minha mãe que fez esse ato de bondade.

- ok, avisa a sua mãe que eu amo ela. já você, não. - ela sorriu de um jeito sem muita expressão e eu suspirei pesado outra vez. - inclusive, qual é o número do seu apartamento?

- logo a sua frente. - foi a última coisa que eu disse, sem olhá-la nos olhos.

é sério isso? não já basta um ano inteiro tendo que suportar a Morgan, Lucy e Joey naquela escola. agora me vem uma loira aguada?

eu só posso ter pecado diante a cruz.

[...]

- Mads, minha filha. eu já estou saindo. - eu nem abri os olhos direito e já pude ouvir a minha mãe gritar, coloquei o meu travesseiro na minha cabeça, na tentativa de tapar os ouvidos para evitar ouvir os gritos dela. - e você vê se levanta logo, vai se atrasar.

é realmente melhor eu me levantar logo, não quero ter que me explicar para a Morgan e levar um esporro em resposta. a voz dela já me enjoa normalmente, quando ela resolve ser mais insuportável que o normal então.

- tchau, mãe. vê se não demora pra ir me buscar. - dei um beijo na bochecha dela, vendo-a assentir sorrindo. ela saiu e eu comecei a me arrumar rapidamente, não podia me atrasar mesmo.

quando eu terminei de pôr o uniforme e a mochila, peguei uma maçã em cima da mesa e as chaves de casa, prestes a sair.

eu acho que eu nunca levei um susto tão grande na minha vida, quanto levei agora. ao abrir a porta de casa, me deparei com a mesma menina loira da qual eu ainda não sabia o seu nome.

- você vai ficar me perseguindo agora, sua lunática? - fechei a porta novamente, saindo de casa.

- bom dia para você também. - ao perceber que eu estava saindo do condomínio, ela veio atrás de mim, seguindo os meus passos.

- bom dia, loira oxigenada, sem sal e aleatória. - sorri falso para ela, voltando a atenção para a pista.

- Lili. - ela disse, roubando a minha maçã. - e o seu? como é o seu nome?

- por que isso iria te interessar? - já irritada com a perseguição dela, perguntei sem olhar em seus olhos.

- ai, sua arrogante. - ela fingiu uma voz de ofendida e eu rolei os olhos. - desconsidera então, eu não me chamo mais Lili. continuo sendo a loira desconhecida.

minha professora de biologia - madnessa.Where stories live. Discover now