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【Sábado, 06:00 horas】

— [Nome]... - senti alguém passando a mão pelos meus cabelos, os alisando devagar para não me assustar.

— Oi... - abri os olhos lentamente.

— Eu estou indo trabalhar, certo? Tem comida para você no microondas.

— Ok. - me virei ao lado contrário e me cobri inteira com o lençol.

— De nada. - o loiro revirou os olhos enquanto se levantava de minha cama.

— Obrigada Denki. - falei com um pouco de
dificuldade, pelo sono que estava sentindo.

O loiro apenas sorriu me observando adormecer aos poucos enrolada em sua cama, provavelmente imaginando o quão cansada eu estava.

A noite anterior havia sido bastante longa, após a Mina Ashido ir embora ontem com o rapaz que eu tinha trocado pequenas palavras e alguns olhares, ainda continuei arrumando o estabelecimento sozinha.

Denki ficou responsável por me buscar assim que terminasse, mas o problema não foi esse.

【Ontem, MiniBar Liv】
03:50:

— Atende Denki, merda... - repetia diversas vezes em voz alta, apenas para mim mesma na tentativa de conter meu nervosismo.

Eram quase quatro horas da manhã, eu estava em frente ao estabelecimento esperando com que Denki desse algum sinal de vida. Não havia nenhum sinal de movimento na rua, estava deserta, apenas eu e alguns gatos que passavam pelo local atrás de comida.

— Vocês também foram abandonados aqui? - alisei um dos gatos de rua que se esfregava em minha perna. — Não estava nos meus planos dormir na rua hoje.

— Ei você! - disse uma voz masculina de dentro de um carro.

Um carro preto estacionou do outro lado da rua de frente pra mim, o cara que estava lá dentro abriu a porta e mandou que eu entrasse.

É um sequestro?

Sem saber o que fazer, apenas o ignorei e continuei mexendo no celular na tentativa de ligar para o Denki novamente.

— Ei! Eu falei com você, entra logo nesse carro. - elevou sua voz, buzinando para chamar minha atenção.

— Eu não sei quem é você. - rebati.

— Como não? Você estava falando comigo a 5 minutos. - colocou a mão em seu bolso e por alguns segundos achei que sairia uma arma dali, mas era apenas o seu celular. — Olha, no aplicativo.

— O que? - o questionei, caminhando devagar até seu carro. — Você está enganado, eu não falei com ninguém.

— Mas está aqui, foi essa a localização que você me passou.

— Olha, eu não sei qual é a sua e nem o que você curte, mas eu não sou quem você está pensando.

— Seu nome não é Angel?

— Não.

— Droga. - bateu no volante desapontado.

— Boa sorte para achar sua puta. - acenei e ri, tentando descontrair.

— Acho que eu já encontrei. - disse me encarando.

Olhei para cima pedindo para esse cara ir embora, comecei a caminhar devagar pela rua para não fazer nenhum movimento brusco, ainda de costas ouvi a porta do seu carro bater, ele havia descido.

𝗘𝗡𝗘𝗠𝗜𝗘𝗦 𝗟𝗢𝗩𝗘𝗥𝗦 - 𝗞𝗔𝗧𝗦𝗨𝗞𝗜 𝗕𝗔𝗞𝗨𝗚𝗢𝗨Onde histórias criam vida. Descubra agora