Você Me Deixa Un Poco Loco

8

(Inglês)

Já era noite na cidade de Santa Cecília, mais especificamente 18:30.

Na casa da família Rivera era possível encontrar dois garotos no quarto se arrumando para a festa tão popular e esperada por todos.

Miguel disse a Hiro que iria fazer uma maquiagem em ambos, o nipônico, receoso negou, mas logo foi convencido por seu amante.
...

O mexicano tapou os olhos de Hiro enquanto o guiava para um espelho.

- Preparado?

- Sim?

- Ah, qual é Chino! - Reclamou Miguel. - Cadê a empolgação?

- Não sei, vê se está no meu bolso. - Miguel bufou mas logo riu, ele sabia que Hiro era um garoto "pavil curto" e isso fazia o menor ser um tanto quanto engraçado, apesar de dar medo de vez enquando.

Miguel tirou suas mãos do rosto de Hiro, que abriu os olhos devagar e olhou seu reflexo no espelho.

- ¡Órale! - Disse Miguel em êxtase.

(É uma gíria mexicana que pode usar para surpresas, entusiasmos e etc. Wattpad tbm é cultura✧⁠◝⁠(⁠⁰⁠▿⁠⁰⁠)⁠◜⁠✧)

- Wow! - Hiro disse pasmo, a maquiagem tinha ficado belíssima e super bem detalhada. Os detalhes roxos combinaram com ele, pensou o garoto que de alguma forma o mexicano tinha descoberto que roxo era sua cor preferida junto ao preto.

- Gostou?

- Eu ameii!! - Hiro pulou e abraçou Miguel, que riu e o abraçou forte. - Obrigado. Não sabia que você maquiava tão bem.

- De nada. Eu tenho meus dons. - Disse fazendo uma pose boba, fazendo o outro rir.

Hiro estava sentado em sua cama de hóspede enquanto esperava Miguel terminar de se maquiar.

- Então? Como estou? - Perguntou Miguel se virando para Hiro.

- Gatissimo! - Respondeu quase babando.

Pov Miguel

Fiquei levemente envergonhado com o comentário de Hiro, mas gostei de saber de sua resposta.

              (Muito gato)
-

Você também está muy guapo Chino.

Ele se levantou da cama e eu segurei levemente sua cintura para dar um selinho nele.

- Vamos? - Perguntou e eu assenti.

Pov Autora

Cada um tem seu momento para conversar com os entes queridos e depois vão festejar. Cada um estava esperando sua vez. Honey entrou na sala onde estava o altar e depois de um tempo saiu sorrindo carinhosamente para Hiro e Miguel, que a imitaram.

Miguel ia entrar mas parou e olhou para Hiro.

- Vem comigo?

- Hm?

- Eu quero que você venha comigo, você vem? - Perguntou Miguel, Hiro assentiu e entraram juntos.

- Eu podia entrar aqui com você?

(Espanhol)

- Não se preocupe com isso. - Sorriu e limpou a garganta ficando em frente ao altar, logo segurando a mão de Hiro, que ficou confuso mas apenas o imitou e deixou para lá. - Mamá Amélia, Papá Hector, Mamá Inês... - Começou. - Papa Júlio, Tia Victoria, Tio Oscar, Tio Felipe e Tia Rosita . - Miguel conseguiu ver todos aparecendo e o olhando, ele sorriu e continuou. - Esse é o Hiro.

Hiro o olhou confuso, fazendo com a família Rivera também ficasse confusa.

- Chino, você não vê eles, mas eles te vêem. - Riu. - Apenas diga oi.

- Eh... Hi? - Hiro disse tímido e acenando. A família sorriu e olhou para ambos.

- Queria que vocês conhecessem ele, nesses últimos tempo ele tem sido uma pessoa importante para mim. - Hiro o olhou. - Sinto que ele... Me completa e acho importante que vocês saibam disso, vocês são minha família e junto a ele são pessoas que amo, que me importo e que me fazem feliz apesar de tudo. Tenham um bom dia de los muertos!

Hiro sorriu bobo e abraçou Miguel, os Rivera viram naqueles dois o mais puro amor e sorriram. Tia Rosita limpou uma lágrima inexistente pela emoção, os Tios gêmeos e abraçaram e apreciaram a cena enquanto diziam "Awww", Papa Julio comemorou junto a Hector e Mamá Inês, Mama Imelda e tia Victória sorriram para eles.

Depois de tempo eles se despediram, Hiro não podia ver a família de Miguel mas o viu conversando e se despedindo de todos, que foram para fora do local para festejar.

- Hiro. - O chamou. - Sua vez. - Ele olhou para o quadro da família de Hiro.

- E-Eu não sei como fazer isso. - Disse nervoso.

- Apenas converse com eles, eles vão te escutar.

O garoto respirou fundo e olhou para o quadro.

- Papai, mamãe... Tadashi. - Disse. Miguel pôde ver a família de Hiro e sorriu, mas depois ficou confuso pois viu somente os pais de Hiro e não o seu irmão mais velho. - Eu sinto tanta falta de vocês... Queria poder vê-los novamente, nem que seja só uma última vez. - Disse com a voz trêmula. - Me senti tão desamparado quando vocês se foram, mesmo sendo novo e não entendendo muito bem sobre a morte. - Hiro começou a chorar e se abraçou fungando, Miguel olhou para os pais de Hiro e depois para Hiro que deixava as lágrimas salgadas saírem de seus olhos. - Por que vocês se foram? Ainda dói tanto...

Os pais de Hiro o abraçaram, apesar dele não conseguir vê-los ou toca-los ele se sentiu reconfortado e foi se acalmando. Miguel vendo aquilo apenas sorriu e se juntou ao abraço.

Eles se separaram e Hiro ainda um pouco choroso segurou a mão de Miguel e levantou a cabeça.

- Esse é Miguel Rivera, ele entrou em minha vida a pouco tempo mas... - Eles se olharam. - Tem sido uma pessoa especial para mim. - Sorriram. - Ele me completa, me faz feliz e faz sentir-me que não estou só. Feliz dia de los muertos papai, mamãe e Dashi.

Os pais de Hiro se olharam confusos mas logo saíram e foram festejar, estavam felizes em ver o homem que seu filho se tornou e o desejaram o melhor.

- Eles estão felizes por nós. - Disse Miguel. Hiro sorriu e eles se abraçaram. Ficaram assim por um tempo, sentindo o calor e conforto que aquele abraço transmitia, poderiam ficar assim por horas, mas tinham que sair dali antes que alguém suspeitasse de algo.

Pov Miguel

Saí junto com Hiro e fomos para o quintal de casa para festejar, todos estavam alegres, cantando dançando ou pintando seus rostos.

Decidi pegar meu violão no quarto e segui a cantoria da minha família. Estava tudo perfeito até decidirem ir todos para a praça da cidade. Queria ir e provavelmente iria tocar, o que realmente me animou, mas por outro lado um mal pressentimento corria pelos meus pensamentos, não sabia o que era, mas sabia que não era bom.

Tentei convencer a minha família que deveríamos comemorar em casa hoje pois eu estava com um mal pressentimento, mas todos disseram que era bobagem e que nada de ruim iria acontecer. Papa Hector tocou meu ombro e eu o olhei.

(Relaxa garoto, vamos aproveitar!)
- Relájate chico, ¡vamos a disfrutar! - Disse o Tataravô de Miguel, que assentiu e todos foram caminhando felizes junto com seus entes para a praça.

•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•

Não revisei ainda, desculpa qualquer erro ortográfico, dps eu reviso e corrijo.

Obg por ler

Continua...