Você Me Deixa Un Poco Loco

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Pov autora

O delegado fez algumas perguntas para Hiro, que conseguiu traduzir mas respondeu em inglês. Antônio teve a penitência de cinco anos por sequestro, agressão física, verbal, tentativa de homicídio e abuso psicológico.

Depois de longas horas ali eles foram liberados. Ao saírem receberam abraços de todos os membros da família, ficaram apavorados quando souberam da notícia.

Luisa disse a Hiro para subir e tomar um banho, o mesmo concordou e assim o fez. Ficou um tempo alí, apenas deixando a água morna cair em sua pele ferida e com hematomas. Sentia dor, nojo e repulsa, sabia que agora o culpado por toda essa bagunça estava preso mas ainda sim queria poder chutar a cara daquele idiota.

Saiu do chuveiro depois de um tempo, vestiu uma blusa vermelha e um short jeans e ficou descanso mesmo, seu cabelo estava bagunçado e ele apenas foi para o quarto.

Quando abriu se deparou com Baymax e Miguel sentados na cama do moreno. Baymax com suas perninhas ligeiras fora até Hiro.

- Hiro, você está ferido. - Disse o analisando.

- É amigão, estou... - Sorriu deprimente. Em movimentos lentos e cuidadosos como sempre, Baymax segurou a mão do nipônico e o levou até sua cama, o sentou alí e começou a examiná-lo.

Miguel estava alí mas sua mente não, mil e um pensamentos passavam pela sua cabeça, ele se sentia culpado e angustiado... Ver Hiro daquele jeito destruiu seu coração.

- Miguel..? - Hiro o chamou calmo, fazendo com que ele subisse o olhar e visse seu amante preocupado com si. - Está tudo bem?

- Estou preocupado com você. - Direto.

- Mas eu estou bem.

- Já se olhou no espelho Hiro!? Não, você não está bem, você não está nada bem! Por minha culpa você está todo machucado, por minha culpa aquele filha da puta colocou as mãos imundas dele em você... Por minha culpa você está assim... Me perdoa. - Miguel não conseguia nem o olhar mais, ele apenas colocou ambas as mãos em sua face na tentativa de esconder tudo o que sentia no momento, e claro, foi em vão.

- Isso não é verdade! - Disse um pouco alto. - O único culpado aqui é o Antônio, não você! Graças a você eu não estou pior Miguel!

- Mas-

- Não se culpe. - O cortou. - Você fez muito por mim, você se arriscou por mim! Você é maluco... - Hiro se levantou e com um pouco de dificuldade se ajoelhou no chão e ficou entre as pernas do garoto, que o olhou. - ...E eu te agradeço por isso. - Hiro depositou um beijos em seus lábios, um beijo sereno e carinhoso. Logo, ele se separou, olhou em seus olhos e o abraçou sendo retribuído por Miguel e logo em seguida ambos foram abraçados por Baymax.

Os três ficaram assim por um tempo, estava confortável e ninguém alí queria se separar.

Quebra de tempo

(Olá)
- Holla Miguel, Hiro! - Disse Abel os cumprimentando. - Trouxe o jantar de vocês, acho que vocês dois precisam de um tempo então achei melhor vocês comerem aqui.

- Oh, obrigado Abel, mas e a Mamá Amélia?

- Não se preocupe com ela, na verdade ela foi uma das primeiras a concordar com a ideia e me pediu pra perguntar como vocês dois estão, eles não querem atrapalhar sabe.

- Estamos bem, e não atrapalham nem um pouco. - Disse Hiro sorrindo para Abel. - Peço desculpa pelo incômodo. - Hiro fez uma reverência o que deixou Abel um pouco sem jeito mas o mesmo apenas riu da situação.

- Cara, você não atrapalha, não se preocupe com isso está bem. - Respondeu. Ele se despediu mas antes de sair do local Abel literalmente se jogou na barriga fofinha de Baymax que o abraçou e deu tapinhas em sua cabeça.

Sentaram-se na cama de Miguel e Baymax voltou para sua mala. Ambos os garotos comiam sem dizer nada, era um silêncio incômodo mas tranquilo ao mesmo tempo, confuso não?

- Então... - Miguel começou. - Vamos comemorar o dia de los muertos durante sete dias, não vou tocar na praça então podemos ir lá para comemorar, o que você acha Chino?

- Claro. - Respondeu.

- Não queria que o primeiro dia de comemoração fosse assim...

- Miguel. - Hiro o cortou o olhando e colocando o prato em cima da escrivaninha ao lado da cama. - Por favor não se sinta culpado por isso, já passou, agora eu estou aqui... Com você. - Disse envergonhado desviando o olhar.

- T-Tá bom. - Miguel se sentiu feliz e envergonhado com a frase de Hiro.

Miguel tinha acabado de comer, abriu uma gaveta, tirando de lá um pacote de Gummy Bears e olhou para Hiro com um sorrisinho sacana no rosto.

- Chino~ - Ele sacodiu o pacotinho. - Olha o que eu tenho aqui~.

- Ok, o que você quer? - Hiro caiu na tentação de Miguel e se ajeitou para sentar na beirada da cama do moreno.

- Hmmm. - Fingiu pensar. - Um beijo.

O japonês revirou os olhos rindo do maior e se levantou, ia até o mesmo mas sentiu uma dor aguda em suas costas, dor que o fez gritar e cair de joelhos no chão. Miguel desesperado tentou o segurar e se ajoelhou perto do mesmo.

- Hiro, o que aconteceu? Você está bem? - Perguntou.

- T-Tô'. - Respondeu tentando controlar sua respiração e esquecer da dor. Baymax se inflou e foi até Hiro o pegando com cuidado no colo e o colocando sentado em sua cama.

- Hiro..?

- Eu estou bem Miguel, não se preocupe. Minhas costas estão doendo um pouco...

- Hiro levou uma pancada muito forte em sua costas. - Explicou Baymax. - Hiro, tire sua blusa por favor.

- Q-Que? Não! - Respondeu envergonhado. - Auch!

Hiro tirou sua blusa, ele não conseguia olhar para Miguel pela vergonha e timidez que sentia no momento. Miguel por outro lado estava em conflito com si mesmo, ele estava tão puto pelo o que aconteceu com Hiro mas também estava tão admirado com seu torço que não conseguia tirar os olhos dele.

- Deite-se Hiro. - Disse Baymax o ajudando a se deitar. Baymax começou a tratar suas costas que por sinal estavam muito machucadas. - Pronto.

- V-Valeu Baymax, você é demais. - Disse se levantando e vestindo sua blusa.

- De zero à dez, qual o nível da sua dor agora?

- Hm, não sei, acho que seis. Realmente não está doendo tanto quanto antes.

Baymax volta para sua mala novamente e deixa os dois garotos a sós.

- Fico feliz que está melhor Chino. - Disse Miguel. - Toma. - Ele jogou o pacote de Gummy Bears e Hiro o pegou.

- Mas-

- Não precisa. - O interrompeu. - Depois escova os dentes e durma um pouco, hoje foi um dia cansativo. - Ele sorriu afagando os fios de cabelo do menor.

Miguel saiu do quarto se deparando com Honey atrás da porta, ela tentou fingir que estava apenas passando por lá mas o moreno a conhecia.

(Vão falar espanhol)

- Não precisa fingir Honey, sei que você já estava aí. - Sorriu.

- Desculpa Miguelito, eu ouvi o que aconteceu e fiquei preocupada.

- Tudo bem, não precisa se preocupar.

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Sumi mas volteiii