Reféns

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- Ficaram só vocês quatro? - Carol perguntou

- É... - respondi olhando para o carro a nossa frente

- A gente ficou por aí um tempo, fomos encurralados. Elas saíram na frente, daí sumiram. - Daryl explicou suspirando

- Sequestraram elas! - bufei

- Um carro com uma cruz no vidro de trás estava indo embora quando chegamos. - ele apontou para o carro

- O Rick deve tá pensando pra onde a gente foi... O tanque tá ficando vazio. - Daryl voltou os olhos para o medidor de combustível no painel

- Podemos resolver isso, é só tirar ele da estrada. - Carol sugeriu

- Não, tem um pouco ainda.

- Se estiverem com elas, podemos fazer quem está no carro falar. - falei

- É, mas se não falarem, voltamos à estaca zero. Agora a gente tem a vantagem.

Vamos ver quem são, se for um grupo, vamos ver o quê podem fazer, aí a gente dá um jeito de trazer ela de volta. - ele não tirou os olhos da estrada

- Estão indo pro norte, na 85. - falei vendo a direção que o carro na nossa frente ia

Era Atlanta. Um arrepio tenso percorreu meu corpo.

Enquanto seguíamos o carro pela cidade deserta Daryl falou colocando uma das mãos sobre a minha:

- Sabia que foi aqui que o Rick conheceu nosso grupo, quer dizer, eu não. Mas o Glenn, Merle, Andrea... Depois que saímos de Atlanta, fomos para o CDC e depois de lá acabamos na fazenda e você já sabe o resto...

Eu já sabia dessa história, mas eu sei que ele falou para tentar me distrair dos pensamentos acerca dos meus pais.

- Não estávamos muito longe... - murmurei cabisbaixa

Alguns minutos silenciosos se passaram até que o carro parou numa esquina. Nós paramos também logo atrás e Daryl resmungou:

- O quê ele tá esperando?

De repente o carro foi desligado e as luzes apagadas, nós três estávamos inquietos em nossos lugares prontos para pegar nossas armas. Então, a porta do passageiro se abriu e um homem saiu.

- Estão em dois... - falei apertando os olhos - É um policial?

Carol e eu sacamos nossas pistolas. Então o homem andou para a direita, entrando num pátio.

Alguns minutos se passaram em silêncio até que um errante nos assustou batendo no vidro ao meu lado. Logo o homem surgiu novamente, ele tinha duas bicicletas infantis nas mãos e as jogou na calçada antes de olhar em nossa direção por conta do errante batendo em minha janela. Então, ele entrou no carro desconfiado e, após dar partida, viraram a esquina.

Daryl tentou ligar o carro, mas o tanque havia secado. Outros errantes apareceram, atraídos pelo barulho das bicicletas e Daryl disse:

- A gente tem que ir, achar um lugar pra ficar até amanhã.

- Conheço um lugar a alguns quarteirões daqui, podemos chegar lá. - Carol falou preparando-se para abrir sua porta assim como nós

Saímos do carro rapidamente e corremos seguindo Carol até um prédio comercial que estava abandonado. Entramos num escritório conferindo se estava tudo vazio e eu perguntei a ela:

- Você trabalhava aqui?

- Era outra coisa...

Entramos em outra sala, onde havia um banheiro e um quarto com beliche.

Amor, Sangue e Zumbis 2 - Daryl Dixon x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora