capitulo 43

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Segundo treino livre

Confira como foi o TL2:

Um dia de céu mais aberto e com o sol dando as caras para a Fórmula 1, na comparação com a sexta-feira nublada de Interlagos. Mas a situação de temperatura para o primeiro treino livre do dia foi bem semelhante: 25°C no ambiente e quase 50°C no asfalto paulistano.

Como se trata de um fim de semana de corrida sprint e, portanto, um cronograma bastante diferente, os pilotos começaram o dia ávidos pelos 60 minutos do segundo treino livre. Assim, imediatamente após a pista apontar no fim do pit-lane, o traçado encheu.

Sebastian Vettel saiu na frente, mas uma fila de pilotos o acompanhou: o companheiro Lance Stroll, as duas Alfa Romeo e as duas Ferrari, por exemplo. Além disso, Logan Sargeant, que assumia o carro de Alex Albon na Williams e seguia o planejamento de marcar todos os pontos possíveis para obter a superlicença. Para chegar a 100 km rodados em Interlagos, teria de completar 24 voltas.

A primeira volta rápida foi de Guanyu Zhou, mas logo George Russell pingou no traçado de pneus macios e anotou 1min15s115. No giro seguinte, 1min14s916, assumindo o controle da tabela de tempos. Recuperação após o erro esquisito que cometeu no Q3 da classificação da sexta-feira e terminou permitindo que Kevin Magnussen conquistasse a improvável pole-position.

Se Sargeant brigava para tirar a superlicença, Nicholas Latifi causava uma rápida bandeira amarela ao escapar do traçado no contorno da Junção e aparar a grama.

Russell era o líder do treino ao andar de pneus macios, mas Sergio Pérez colava em segundo mesmo usando os compostos duros. Lewis Hamilton também estava de duros, mostrando estratégia diferente da Mercedes para se adequar à peculiaridade do fim de semana e testar o máximo possível de equipamento. Na Ferrari, Charles Leclerc usava macios contra médios de Carlos Sainz. Max Verstappen seguia o companheiro e usava os duros.

O treino era pouco movimentado. Apesar da enorme distinção do uso de pneus de cabo a rabo do grid, as imensas diferenças entre os companheiros de equipes mostravam que os tempos importavam pouquíssimo. Ao menos na primeira parte da sessão.

Após 20 minutos, Logan Sargeant cruzava a marca de 14 voltas completadas. Desta feita, estava a dez de alcançar os 100 km e o ponto extra no esquema de superlicença.

Em seguida, Esteban Ocon deu o ar da graça. Claramente com o carro com pouquíssimo combustível, o francês cravou 1min14s604 e assumiu a ponta por 0s312 com a Alpine.

Na marca de metade da atividade, Ocon estava na frente de Russell, ao que Hamilton, Pérez, Pierre Gasly, o pole Kevin Magnussen, Leclerc, Daniel Ricciardo, Sainz e Valtteri Bottas completavam o top-10.

Logan Sargeant precisava de 24 voltas para alcançar o objetivo (Foto: Williams)
Se a expectativa era aumentar a competição na frente após a primeira meia hora da sessão, o que aconteceu foi o oposto. Não havia muita mexida ou problema na pista. Verstappen colocou pneus macios e melhorou o tempo, entrando no meio das Mercedes.

Foi apenas após o relógio passar dos 40 minutos de atividade que as voltas começaram a mudar. Pérez voltou ao segundo posto, também de macios, Alonso entrou na frente de Verstappen e Mick Schumacher e Magnussen punham a Haas em oitavo e nono. Mas parou por aí.

Na informação que vinha ao caso para a Williams, sucesso! Sargeant cruzou a marca de 24 voltas e conquistou o ponto extra para se aproximar da superlicença e da vaga no grid da categoria no ano que vem.

Sem muito a acontecer de lá para frente, Ocon liderou mesmo o TL2. Pérez e Russell vieram logo atrás, ao passo que Sargeant ficou na última colocação.

Corrida sprint

A primeira vitória de George Russell na Fórmula 1 finalmente chegou na tarde deste sábado, no circuito de Interlagos. Não computou como vitória, por ser uma corrida classificatória, não regular. Mas isso não diminuiu a alegria do piloto britânico. Russell fez uma prova impecável, ultrapassando o atual bicampeão Max Verstappen, que liderava desde a terceira volta, numa manobra na Curva do Lago na 15ª volta. E terminou abraçado por seu companheiro de Mercedes, Lewis Hamilton, e celebrado pelos torcedores presentes nas arquibancadas de São Paulo

De quebra, levou a pole position para o GP de São Paulo, que acontece neste domingo, 13/11, às 15h, no circuito de Interlagos - e o ge acompanha em tempo real.

Mas por que não vale como vitória? A corrida classificatória é uma prova curta, de cerca de 100 quilômetros ou 30 minutos, sem a necessidade de pit stop. Em Interlagos, foram 24 voltas. Define o pole position do GP, que acontece no dia seguinte, além de todo o grid de largada. E ainda confere pontos aos oito primeiros colocados, em ordem decrescente: assim, Russell levou oito pontos e conquistou a pole position, com o vice com sete pontos, o terceiro com seis e assim por diante, até o oitavo, Kevin Magnussen, que saiu de Interlagos nesta tarde com um pontinho. Mas pelas suas características de corrida pocket, digamos assim, com versão rápida e curta, não é computada.

Durou três voltas o sonho de Magnussen de vencer uma corrida na Fórmula 1, mesmo sendo uma classificatória. O dinamarquês, que conquistou sua primeira pole em 140 provas e nunca venceu, largou bem e manteve a ponta no iniciozinho. Mas o atual bicampeão Max Verstappen, um dos dois únicos pilotos a competirem com pneus médios na tarde deste sábado, o ultrapassou na terceira volta, sem muita dificuldade. E Kevin, como está sendo chamado pelos fãs brasileiros, já íntimos, acabou terminando em oitavo.

Verstappen, no entanto, não teve vida fácil. Foi batido por Russell na 15ª volta, perdeu parte da asa esquerda ao ser tocado por Sainz, que o ultrapassou na 19ª, e foi superado por Hamilton na 20ª. O pódio foi formado pelos três, com Russell em primeiro, Sainz em segundo e Hamilton em terceiro. Mas Sainz, da Ferrari, recebeu uma punição porque sua equipe resolveu trocar seu motor a combustão interna (ICE), sendo penalizada com cinco posições no grid. Com isso o GP de São Paulo neste domingo terá uma dobradinha da Mercedes na largada, com Russell na pole position e Hamilton saindo na segunda posição.

Hamilton, no entanto, ainda não está garantido, já que está sendo investigado por supostas infrações na largada, junto com Daniel Ricciardo e Zhou Guanyu. Além deles, Gasly foi convocado pelos comissários por dirigir lentamente em voltas de reconhecimento e Alonso e Ocon, por causa de um incidente na reta principal.

segunda chance  / f1 2022 / segundo livro .( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora