Capítulo 3

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Ao chegar no quarto deixo minhas malas no canto e dou uma ohada no quarto, tem um closet, um banheiro que fica do lado contrário, e uma cama pera Que porra é essa? Sofia deve está de brincadeira, a cama é de casal, mas parece que foi feita para caber exatamente eu e Caleb e isso se contar que temos que ficar grudado um no outro.

— Que droga, esqueci que as camas daqui são bem mais pequenas do que o quarto principal. - Caleb resmunga irritado.

— Tudo bem Caleb, vamos dá um jeito, é mais pequena mas mesmo assim dá pra dormirmos aí. - Digo tentando pelo menos um dia agir com maturidade, não precisa de todo um alvoroço.

— Rafaela, tá ficando doida? - Olha pra mim como se eu tivesse dito um absurdo. - Não tem condições de dormirmos na mesma cama, é pequena demais.

— Caleb somos adultos, não precisa desse show todo não. - Digo já irritada. - Tá com medo de que? Que eu abuse de você enquanto você dorme? Fica tranquilo você não faz meu tipo!

Ao falar isso parece que ele fica mais irritado ainda.

— Rafaela

— Inclusive, se eu encontrar alguma diversão por aí, vai ter dias que não domiremos juntos.

Agora eu aticei onça com vara curta, o homem está quase para pular por cima dessa cama e me estrangular, e infelizmente não é do jeito que eu gosto.

Decidi persistir na minha missão, vou ver até onde o Caleb me quer.

Não me leve a mal, eu não tenho vergonha de dizer que sou caidinha por ele, eu alimento até uma pequena paixão por ele, e isso piora a cada dia, mesmo que às vezes eu tente negar pra mim mesmo.

Há uns dias atrás dormi na casa da Sofia e meio que nós dois nos excedemos demais, desde esse dia venho me perguntando se deveria ou não insistir nisso, Caleb aquele dia me deixou muito confuso em algumas falas, e depois disso parece que eu sou a mira de todo o estresse dele, tudo a culpa é minha, por isso ao saber da viagem arquitetei um plano pra descobrir o quanto disso que ele sente por mim é ódio.

— Eu não vou dormir na mesma cama que você! – Caleb fala puto de raiva em minha direção.

— Então você pode dormir no chão ou quem sabe na praia. – Falo com desdém.

— Você quem deveria dormir no chão, diaba!

Diaba fico fraca toda vez que ele me chama assim.

— Os dois vão dividir a cama. – Sofia fala nos assustando fazendo a olha la.

— Sofia! Você é ou não é minha amiga? – A olho indignada.

— E eu sou seu pai! – Caleb a encara.

— Eu amo os dois, não vejo problema nenhum em dividirem a cama. – Faz a maior cara de inocente, uma cara que só o Caleb mesmo cai nessa.

— Aliás, o Gabriel pediu para que o senhor fosse até o nosso quarto. –Sofia completa e Caleb mesmo a contragosto vai.

— O que esse ladrão de filhas quer comigo? – questiona e vejo ciúmes em seus olhos, tento conter o sorriso.

— Não sei, mas é melhor o senhor ir. – responde risonha. — Eu ajudo a Rafa a arrumar as malas..

O senhor Caleb passa olhando feio para mim e logo sai do quarto indo em direção ao da Sofia.

— Agora que o master papi se foi, a senhorita tem muito o que explicar. –Digo já deitando na cama. — O que diabos você está aprontando? – a olho de maneira acusatória.

— Eu não estou aprontando nada. – mente descaradamente pra mim.

— Seu pai me chama de diaba, mas nem imagina a diabinha que tem embaixo do teto. – a olho maliciosa. — Vou fingir que acredito que você não está tramando algo e quero saber o motivo do excelentíssimo doutor Monteiro decidir dividir o quarto com você, você por acaso não esqueceu de me contar algo?

— Ele apenas quis deixar você e meu pai de castigo por terem me estressado. – responde e eu nego.

— Isso foi o que ele disse, mas não acredito, e para falar a verdade, ele ficou muito puto por sua causa.

— Você sabe que eu sou filha do amigo dele, ele me conhece desde pirralha. – diz

— Ele me vê como uma garotinha.

— Ah, não! – exclamo indignda. — Nem começa com essa ladainha, você é apaixonada por aquele homem desde os dezesseis anos, tenho certeza que você tem algum plano para tentar fisgar ele, então coloca nessa sua cabecinha que acabou tentar se auto-sabotar, agora você vai atacar, é tudo ou nada. – a olho sem deixar espaço para me contestar. Do nada a maluca pula em cima de mim e me abraça.

— Você é a minha pessoa favorita da vida toda. – Fala já querendo chorar.

— Ei, sem choro. – afago seus cabelos. — Quero você sorrindo, até porque o seu advogato é capaz de arranjar um jeito de me punir ainda mais se ver seus olhos vermelhos. – brinco e a vejo sorrir.

— Você pode ter razão.

— Eu tenho razão, e acredite quando eu digo que você vai ser muito feliz. – digo baixinho. — Aquele homem já está na sua, você que ainda não percebeu. – repito a mesma coisa que sempre digo quando nos encontramos, vi isso assim que via interação entre os dois quando o conheci.

— Rafa

— Não adianta argumentar, desde que coloquei os olhos nele tive a certeza que ele gosta de você. – mantenho me firme. — Agora saí de cima de mim e me ajudar a organizar essas bagagens. – empurra meu corpo de cima do meu e eu caio na cama de barriga para cima, rindo.

— Okay, vamos pôr ordem nesse cabaré! – levanta e começamos a arrumar tudo.

O pai da minha melhor amigaOnde histórias criam vida. Descubra agora