Capítulo 4

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Depois de muita luta e discussão eu e Caleb conseguimos nos ajustar na pequena cama, acho que a viagem nos enfadou e depois de uma hora discutindo sobre em qual lado cada um dormiria, e os termos, finalmente entramos em acordo e dormimos.

Logo pela manhã, acordo e já tento me levantar para aproveitar o primeiro dia das férias, porém sinto algo ao redor do meu corpo e percebo ser a mão de Caleb.

— Eu sei que é bem confortável dormir comigo, mas já pode me soltar.

Caleb desperta na mesma hora, e já me olha com cara de poucos amigos, se levanta e não diz nada. Me levanto e sigo rumo ao banheiro para fazer minhas higienes e tomar um banho, mas aí lembro que esqueci a toalha, puta merda.

Quer saber, não há nada aqui que o Caleb não tenha visto né.

Decido ir nua até o closet onde deixei minha mala. Ao sair no quarto não o vejo, ele deve ter saido.

Quando chego ao closet me deparo com o Caleb usando nada mais, nada menos que uma cueca. Eu nem sou boa de matemática, mas pelos meus cálculos, vai dar merda.

— Rafaela! - Fala em um tom de aviso.

— O que é? - Pergunto fingindo desinteresse.

Passo por ele e vou em direção a parte que estão minhas roupas. Decido vestir um biquíni, com um short jeans por cima, e uma blusa branca soltinha.

Sinto o olhar dele queimando enquanto eu me visto.

— Gostou do que viu? - Pergunto sarcástica.

— Já vi melhores. - Diz com desdém, mas o olhar que me dá faz o contradizer na sua fala.

Começamos nosso embate diário e já saio puta do quarto.

— EU ODEIO VOCÊ! – Digo por fim e bato a porta furiosa e saio feito um foguete até encontrar Gabriel.

— Rafaela. – Ouço ele chamar e o encaro.

. — Tem um tempinho? Preciso conversar com você antes que a Sofia acorde. – òtimo, um bom assunto pra mim esquecer o meu ódio por certa pessoa.

— Tenho todo o tempo do mundo. – O puxo pela mão e saio o arrastando em direção a uma sala. — Pronto, agora podemos conversar. – fecho a porta.

— Eu preciso da sua ajuda. – arqueio a sobrancelha desconfiada.

— Minha ajuda para? – indago curiosa.

— Eu preciso que você entreta o Caleb enquanto eu me declaro para a sua amiga.

Me assusto de início, mas depois começo a comemorar.

— Minha santinha das virgens com fogo no rabo ouviu minhas preces! – digo animada. — Você tá me dizendo que gosta da minha amiga? – questiono depois de conter um pouco da minha empolgação.

— Eu estou apaixonado pela sua amiga, não sei como aconteceu, mas aconteceu e preciso da sua ajuda.

O encaro por alguns segundos.

— Você tem certeza do que está me falando? – indago. — Minha amiga é a minha pessoa favorita, ela é a garota mais doce e leal que eu conheci, eu seria capaz de caçar qualquer pessoa que ousasse machucá-la. – O ameaço.

— Eu tenho trinta e oito anos, vivi muitas coisas e eu dou minha palavra que jamais a machucaria. – afirma. — Aquela meliante roubou meu coração. – confessa e gargalho com o apelido que ele deu á ela, é mal de homem mais velho dá apelidos só pode.

— Se é assim, eu irei fazer o sacrifício de aturar o master papi pelo bem da felicidade da minha amiga. – O abraço contente. — Mas você sabe que quando o Caleb descobrir ele vai fazer uma possível confusão, não é? – questiono.

Antes que o Gabriel possa responder, Caleb abre a porta com uma fúria como se estivéssemos fazendo algo errado.

— Que porra é essa? – pergunta puto da vida.

— Gabriel pode ir e fecha a porta. – Peço e ele apenas concorda. — Boa sorte e não me decepcione. – dou uma piscadela e Caleb fuzila o Gabriel com o olhar quando passa por ele.

Não pode ser o que estou pensando né?

— Rafaela, o que você estava fazendo aqui sozinha com o Gabriel ?

— Não te interessa. - Respondo ríspida.

Ele se aproxima de mim, minha respiração vai ficando falha conforme ele chega mais perto.

— Vou perguntar mais uma vez, e eu te juro que se você não me der a resposta certa, eu te curvo sobre os meus joelhos e bato na sua bunda aqui mesmo. - Me desafia.

Se ele soubesse que isso é o que tanto desejo não falaria isso.

— Gabriel disse que me acha gostosa, e queria transar comigo a noite toda. - Respondo mentindo descaradamente.

— Eu sei quando está mentindo pequena diaba. - Ele vai chegando mais perto. - Gabriel não está nem aí pra você, ele gosta é de Sofia.

Diz e arregalo os olhos.

— Como?

— Rafaela, a Sofia é minha filha, você como amiga dela sabe que ela é muito expressiva. Eu sou amigo do Gabriel á anos, o conheço mais do que ele mesmo.

— Mas? - Tento achar as palavras.

— Mas nada Rafaela, vamos conversar agora no nosso quarto, não aguento mais essa brigas sem fundamentos. - Fala já me puxando pelo braço.

O pai da minha melhor amigaOnde histórias criam vida. Descubra agora