Capitulo XIX: Superando!

6 1 7
                                    


Alexander

Nunca em toda a minha vida eu pensei em cruzar esse campo, muito menos dentro de uma camionete velha acompanhado de um garoto tigre, um cão, uma garota ave, um clone malvado e um afeminado mestre na direção. E ainda mais cantando, e ensinando, Julieta do Kamaitachi.

É obvio que assim informamos sobre a chegada antecipada do Éden tivemos que correr para ir pro carro e cruzar logo esse maldito campo, Kaan e Deianira lamentaram por não terem mais tempo de nos ensinar nada e desejaram boa sorte. Eu realmente não queria ter que partir agora ainda sinto que tenho pendências para resolver com as moças de asas, principalmente com Lancelot, mas eu ainda vou voltar para ajudá-lo de alguma forma. Passamos na casa de Kaan e Delroy pra fazer a ultima limpa na dispensa deles e antes de sairmos as garotas nos entregaram peitorais de ferro, leves, mas ainda sim pareciam resistentes, por mais controverso que isso soe, e como Vanya estava completamente caidinha pelo meu amigo listrado ela disse que nos acompanharia pelo menos até cruzarmos o campo.

E cá estamos nós cruzando a terra vermelha, os campos carmins, o lar das temidas vacas carnívoras cor de carmim.

- Destruo o mundo enquanto ela concerta – continuo cantando enquanto meus olhos e mãos nervosas se agitam para todos os lados. - Ela protagoniza as fábulas incertas – minha respiração oscila por de mais, o que inconscientemente me deixa ainda mais agitado. - E acerta bem cheio, no meio como um franco atirador... – mais um tremor nos atinge e faz o carro se chacoalhar inteiro.

- Relaxa golden boy aqueles animais estúpidos já devem ter fugido depois de todo esse "treme-treme" – Malachi tenta me confortar enquanto luta para manter a direção.

- Nathan adora esse treme-treme é terapêutico – ele diz todo estirado na traseira da camionete.

- Vacas carnívoras são criaturas noturnas – pontua Damian apoiado em minhas costas. – Ainda temos algumas boas horas até o sol se pôr, se acalma e continua cantando suas musicas tranqüilas – ele aconselha.

Mesmo sem ter visto nenhuma delas ainda, mas só de estar em seu território, já é o suficiente para me apavorar, é assustador de mais.

- Tô com saudade da nossa amizade, a gente se perdeu e não se encontrou mais, talvez agora se não fosse tão tarde, não fosse tão tarde...

- Sir Gran se me permite – Vanya chama minha atenção. – O senhor tem uma linda voz

- O-obrigado s-senhorita – coro um pouco de vergonha.

Nathan rosna e se senta na camionete. – Nathan também é um mestre na cantoria! – ele proclama e puxa o ar para cantar, mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa Malachi grita.

- Se segurem! – caímos de um desfiladeiro, o carro por muita sorte não virou, porém o tanto que ele bateu no chão, girou, derrapou e acidentalmente acertou uma pedra com as laterais foi impressionante e por fim nos chocamos de cara com uma árvore. – Gente... – a voz de Malachi estava quase sufocada. – Todo mundo... Vivos?

- Let's rock, everybody, let's rock everybody in the whole cell block – Nathan se ergue cantando de maneira alta e desafinada o que eu acho que é Jailhouse Rock, mas sua pronuncia é toda errada.

- CALA BOCA SEU IDIOTA! – Evander logo o chuta abaixo do queixo o fazendo cair longe. – Ninguém merecer se ferrar todo em um acidente e ainda ser sentenciado a te ouvir cantar – ele branda, muito irritado.

- Damian? – chamo pelo quadrúpede.

- Garoto para seu azar eu ainda estou muito bem vivo – ele diz se erguendo com dificuldade do chão.

Em busca do ÉdenOnde histórias criam vida. Descubra agora