Capitulo XXIV: O nosso paraíso

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Alexander

Acordei com uma lambida em meu rosto esperançoso abro meus olhos rapidamente com um sorriso, talvez apenas talvez ele estivesse bem, mas ao me deparar com o pequeno lagarto roedor ao lado de meu travesseiro meu sorriso se vai.

- Droga – suspiro e deito novamente na cama, mas que noite conheci meu pai e meu sogro e no mesmo dia os vi parti. Fico grato por Damian ter tentado me proteger e proteger minha mãe durante tanto tempo, e valorizo o seu sacrifício, mas é inegável que sentirei sua falta. – Agora quem é que vai ficar me dando sermão por tudo? – acabo por me divertir um pouco com essa idéia, agora faz sentido, os sermões, as preocupações. Como não vi o obvio antes?

Interrompo meus possíveis lamentos quando rodo em minha cama e percebo o ainda mais obvio problema, eu estou em um quarto desconhecido, na cama de um desconhecido com lagartinho roedor desconhecido. Me coloco em pé e fico extremamente zonzo no processo, mas logo passa, me auto analiso e percebo que estou com outras roupas que para meu alivio eram menos extravagantes e formais que as antigas, que se não estavam detonadas pela batalha no mínimo estavam tão rasgadas e fatiadas quanto as roupas de um desabrigado. As novas roupas eram mais leves por mais que para mim ainda pareciam bem finas para meu padrão. Calças ainda um pouco pesadas pretas, uma camisa branca e por cima uma regata preta, agora eu possuía ainda mais correntes e coares no pescoço e tocando meu cabelo percebi que minha trancinha de Jedi se foi, mas fora isso sem grandes mudanças no meu corte que por sinal continuava bem aparado. Caminhei até a janela e olhando para fora me assusto ao perceber que estávamos na vila de Kaan e Delroy, o que era ótimo significa que eu não fui seqüestrado por ninguém e também que isso não é coisa do Fundador, logo eu realmente acabei com ele. Eu venci mesmo, suspiro aliviado e percebo um ultimo acessório em mim um anel em meu quarto dedo da mão direita.

- Sir o senhor acordou – escuto a voz familiar vindo atrás de mim, e quando me viro fico aliviado em vê-la.

- Senhorita Blizz, que bom te ver

- E eu fico feliz em ver que finalmente despertou

- É acho que a noite anterior acabou comigo – estico minhas costas.

- Noite anterior? – ela pergunta confusa e coloca sobre o pequeno criado mudo uma bandeja com uma jarra de água e alguns lenços. – O senhor está falando da noite cuja, o senhor triunfou sobre o temível Fundador? – ela questiona com cautela.

- É a noite anterior – reafirmei, mas ao ver a careta que ela fez de leve e pensar um pouco mais sobre como meu corpo esta acho que tenho uma conclusão: - Eu passei bem mais tempo dormindo do que uma noite certo? – pergunto já sabendo a resposta.

- Sim meu lorde

Suspiro um pouco temeroso e pergunto: - Quanto tempo exatamente?

Ela morde os lábios sutilmente e diz baixinho: - Uma estação – um silêncio se instaura entre nós, toco meu rosto e sinto algo pinicando e movendo um pouco mais percebo que minha barba está começando a crescer. Isso explica porque meu corpo ainda parece um pouco gelatinoso e porque minhas feridas se foram. – Sir Alexander – ela me chama e faz uma reverencia. – Obrigada por me salvar naquela noite, de verdade

Abro um sorriso aliviado. – Não queria que ninguém a não ser aquele crápula se machucasse e eu fico muito feliz em te ver, mas você sabe me dizer aonde está a Kayla?

- Perdão mi lorde, mas creio que lady Kayla está em missão

- Pode me dizer onde?

Ela nega com a cabeça e complementa: - Eu juro que adoraria, mas eu não sei se o senhor quiser lhe indico buscar pelo líder Kaan e Delroy imagino que eles saibam de algo

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