Em busca do Éden

Capitulo VII: Vamos dançar?

Alexander

Uma sala toda branca, sem luzes, com clima pesado. Estava ajoelhado diante do altar, sentado em um trono enorme, um homem estava sentado de forma gloriosa, ele era grande olhos frios como inverno, expressão séria e dura como gelo, ele usava uma túnica branca com algumas faixas azuis, sandálias de couro. Muito musculoso cheio de cicatrizes que variavam de cortes, arranhados á mordidas. Cabelos brancos longos e sedosos, barba bem aparada, ele estava apoiando a cabeça em uma mão, até parecia uma escultura de algum tipo de divindade antiga, até que ele soltou um grande suspiro.

— Então ela está viva. — sua voz era grave, forte tão intimidador quanto sua aparência.

Olhei para o lado e vi a garota do capacete de coelho, ela na verdade era uma mulher muito formosa, cabelos avermelhados iguais de Kayla, olhos tempestuosos como os do homem, lábios grandes e suculentos, pele clara como a neve e seu rosto era tão belo que quase levou meu ar. Estava apreensiva olhando para mim como se esperasse que eu dissesse algo.

— Sim senhor, Kayla La Cruz Maia está viva e continua buscando uma forma de retornar. — a voz saiu, mas não fui eu que falei.

O homem começou a rir e gargalhar alto: — Está viva! — afirma com um sorriso enorme, exibindo suas presas e dentes incrivelmente brancos. — Eu sabia que ela não era um caso completamente perdido. — bate no trono fazendo um estrondo na sala. — Ótimo. — ele passou a mão pelos cabelos. E agora mais contido. — Isso é perfeito, então Kayla venceu vocês dois sozinha?

— Ela estava com um garoto, um velociraptor e um cachorro. — disse a garota.

Eu me virei e a fuzilei com olhar e ela deu de ombros.

— Oh, então meus dois melhores soldados foram derrotados pela minha filha bastarda, uma rale qualquer desse mundo primitivo e dois animais?! — ele se levantou e nós nos encolhemos.

Engoli em seco sentindo um nó se formar na garganta quase me sufocando.

— Sim, senhor. M-mas... Ele é-é diferente de tudo q-que vi... — busco justificar batendo os dentes, contudo ele continuou a se aproximar. — F-foi um descuido! Eu sinto muito!

Meu sangue foi congelando a cada passo que o homem dava em nossa direção. Apenas a alguns centímetros se curvou diante de nós, com o indicador ergue meu rosto. Sua feição doce não refletia com seu olhar cruel, o brilho de seus olhos refletiam a morte.

— Você só tem mais uma chance, 7BX2-02 não fracasse. Para o seu próprio bem, nosso próximo encontro será diante das melhores circunstâncias. — sua mão se move até meu pescoço erguendo-me do chão.

— Papai não! — Kate choraminga, tremendo no lugar.

Minha cabeça pesou com a falta de oxigênio, sem se dar ao trabalho de olhar para Kate ele me lança para o outro lado do salão. Meu corpo se choca brutalmente contra a parede, só tive tempo de tossir um pouco de sangue sentindo a dor se espalhar por todo o meu corpo, caindo ao chão minha visão escurecia só tive tempo de ver Kate sendo segurada por ele. Tentei me mover, mas não havia mais nada que eu pudesse fazer se não aceitar a dor e apagar enquanto ela berrava por mim.

Minha mente gritava de ódio, a dor não era nada comparada com a vontade de matar o maldito que nos colocou nessa situação...

Assim que perdi a consciência naquele salão, o meu verdadeiro eu foi acordado.

— Você tem um péssimo costume de dormir na hora errada. — Damian murmura olhando para mim apoiado na cama.

— Eu sei... — minha voz ecoa quase como um sussurro, continuo com a cabeça girando e uma leve ardência nas costas. Com esforço consigo me sentar. Olhei rapidamente em volta, estou em um quarto completamente ferrado, desgastado, caindo aos pedaços. Com as paredes mofadas, mobília toda destroçada e janelas quebradas. — Onde está Kay?