O Diamante Rosa Perséfone

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Entro na sala escura, é muito bem mobiliada, cheia de artigos luxuosos e obras de artes que dariam para alimentar pelo menos 10 famílias na África pelo resto da vida! Espera aquilo é um tapete persa Isfahan quinhentista naquela parede?? Por que esses mafiosos gostam tanto de esbanjar dinheiro com esses artigos luxuosos? Mais um motivo para meu pai me mandar aqui, ele é um mafioso sem muito poder aqui no Japão e vive esbanjando mais dinheiro que provavelmente teria.

-Acorda onee!! Preciso que ache o escritório dele pra mim. –Minha irmã fala no ponto que está no meu ouvido, me fazendo voltar ao foco da missão.

-Desculpe, pode ver para mim o que tem no segundo andar?

-Eu estou vendo, de acordo com as câmeras lá em cima só tem quartos e banheiros, ele deve estar nesse andar mesmo! –ouço ela digitar no teclado de seu computador mais rápido que qualquer gamer conseguiria na vida toda.

-Vai com calma com o teclado pequena Hana, ele não tem culpa da sua namorada ter te dado um pé na bunda. –Rio da situação.

Atravesso a sala a procura da porta do escritório daquele safado.

-Não mesmo, a culpa foi só daquele homem da boate que convenceu ela a sentar nele, agora ela não quer saber mais de mim. –diz brava –E não me chama assim no trabalho, não sou mais uma criancinha.

Abro uma porta, cozinha. Droga! Abro mais três portas e nada, já estou começando a perder minha paciência.

-Hana não encontro o escritório dele, devo ir lá em cima e fazer ele me contar com toda a educação que tenho? –digo irônica, não gosto de perder meu tempo com esse tipo de serviço, prefiro os que fico de frente com nosso "cliente", de preferência depois de quebrar uma das pernas ou um braço.

-Esse não é o trabalho dessa vez Vick, liga os óculos me deixa escanear a casa.

Faço o que ele me pede, clico do lado esquerdo dos óculos e ligo o escâner para que ela possa ver a planta da casa. Geralmente temos as plantas antes de entrar nessas casas, mas isso requer ao menos 3 dias, e nosso pai tinha pressa para pegar esse cara.

-Vick achei o escritório, está na cozinha, aquela porta não é uma dispensa qualquer, tem uma porta atras de uma das prateleiras. –diz Hana

-Oi? Por que justo na cozinha? Esse cara está escondendo alguma coisa, se fosse só um mafioso qualquer o escritório dele não estaria tão bem escondido! –digo indo em direção a cozinha.

Abro a porta sem fazer o mínimo barulho, e vou em direção a dispensa.

Quando abro a porta me deparo com várias luzes vermelhas, é o alarme daquela sala, toda a casa não tem nenhum alarme, mas nesse cômodo específico tem, eu mereço!

-Hana tem alarme, luzes vermelhas por todo o cômodo.

-Qual vai ser, eu desligo daqui ou você vai dar uma de Daiane dos Santos e atravessar? –ela ri, me conhece melhor que ninguém.

-Isso vai ser divertido –sorrio

Com movimentos lentos e precisos começo a atravessar as luzes, levantando e girando as pernas para não encostar em nenhuma, se não estivesse de máscara daria para ver o tamanho do meu sorriso ao fazer uma ponte perfeita jogando as pernas para cima no último feixe de luz. Eu amava ginastica, tanto que ganhei medalhas de ouro nas competições do Japão.

-9.8 –diz ela rindo.

-O que? Como assim? Você viu esse pouso não viu?! Com certeza eu mereço um 10. –Respondo indignada.

Essa era nossa brincadeira favorita, quando havia alarmes deste tipo ou algum tipo de obstáculo, ela sempre me dá uma nota para o quão bem eu for nos saltos e acrobacias, ela nunca me dá um 10.

SASIN -Hate and obsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora