Uma nova dançarina

19 3 5
                                    

Na casa da família Sato, o pai de Hana e Victoria olhava abismado para a joia que foi roubada a tanto tempo.

-Onde vocês a encontrarão? –pergunta o pai das meninas

-A Victória achou no cofre do cara do último serviço que o senhor nos deu –disse Hana empolgada.

-A Hana abriu o cofre pra mim, sei que o senhor só mandou vasculhar o computador, mas eu queria ver o que mais ele estava escondendo naquele cofre. –Vick se desculpou.

Ela sempre arrumava confusão por sua teimosia e curiosidade, quase sempre seu pai lhe dava broncas e colocava ela de castigo, mas ele era muito bom e gentil, então sempre acabava tirando ela do castigo antes do previsto.

-Minha filha, por sua curiosidade a Rosa Perséfone está de volta, graças a vocês duas, obrigado –diz o pai com os olhos cheio de lagrimas.

As duas nunca viram o indestrutível Senhor Sato chorar, elas correm para os braços do pai e o abraçam carinhosamente.

Na manhã seguinte, o senhor Sato chama Victória ao seu escritório, pois havia um trabalho novo para ela:

-Filha eu tenho um trabalho para você em Seoul, na coreia! –diz o pai no mesmo tom sério e sereno de sempre.

-Mas pai eu pensei que eu iria ajudar a capturar aquele ladrãozinho que roubou a nossa relíquia de família –contesta ela um tanto decepcionada.

-Eu sei que você queria, mas a algo mais importante a ser feito antes, aquele safado eu mesmo vou cuidar dele, apenas obedeça, ok?!

-Tudo bem pai –Vick recupera a postura –o que seria esse novo trabalho? A Hana vai comigo, não é?

-Desta vez você vai sozinha Victória, e só vamos dizer do que se trata quando você já estiver instalada em Seoul –diz o pai em tom sério.

Ele quase nunca a chamava pelo nome, isso fez Vick estremecer, pois sempre que a chamava pelo nome era porque o trabalho era de alto risco. Victoria sabia muito bem se virar faixa preta em taekwondo, jiu-jitsu e boxeadora, atirava muito bem e tinha a agilidade de um lince, mas quando seu pai lhe chamava pelo nome nunca sabia o que viria a seguir.

-Tudo bem senhor, eu já vou indo para arrumar o necessário para a viagem –diz se curvando e indo em direção a porta.

-Victoria!! –seu pai lhe chama antes de sair

-Sim senhor.

Ele caminha até o cofre de seu escritório e pega uma caixinha, caminha até ela e lhe entrega.

-Aqui não é seguro para deixá-la, guarde a Rosa Perséfone com você, sei que irá protegê-la a todo custo.

Victoria olha abismada para a caixinha, ele estava dando o Perséfone para ela? Não conseguia acreditar, era o tesouro da família, era lembranças de sua avó. Ela pega a caixinha e abraça o pai.

-Eu prometo, que vou proteger com a minha vida. –diz baixinho para que o pai pudesse ouvi-la. –Cuida da Hana por mim enquanto eu estiver fora!

-Você me fez prometer que cuidaria dela desde o dia que te escolhi naquele orfanato, é claro que vou cuidar dela, e de você também –diz o pai com um sorriso doce e sincero.

Ela dá risada ao lembrar da diretora do orfanato indo avisar que ela tinha sido adotada, e ela simplesmente se recusou a ir sem a Hana, fazendo o senhor Sato a adotar também, hoje elas são a melhor dupla espiã/hacker que sua família já teve. Claro que foram treinadas por todos os tipos de professores, luta, música, dança, ginastica, línguas entre outros.

...

Duas horas depois Vick está na garagem de casa com suas malas prontas no porta-malas do carro, e com sua mãe colada em seu pescoço chorando para que ela ligue e de notícias sempre que puder, ela sempre faz isso em todas as vezes que suas filhas iam para alguma missão, mas hoje pelo fato de estar indo sozinha ela está especialmente emotiva.

SASIN -Hate and obsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora