[ATO 12] REFLEXÃO

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Recomendações de música: 

"How you feel", por NuNew (procurem a tradução para melhor compreensão do nosso querido e apaixonadinho Chay);

"Teach me", por Miguel. (Segunda metade do capítulo.)

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Oi, seres! Finalmente de volta! Sentiram saudades?

KimChay com certeza sentiram. O pobrezinho do Chay, especialmente, sofreu com minha pausa na escrita, mas sigamos recompensando a ele - e, como verão, a Kimhan também - pela espera. Espero recompensar vocês também.

Agradeço por cada mensagem que deixam nas minhas postagens por aqui, também, especialmente na que eu falei sobre meu fluxo criativo. Felizmente, consegui dar seguimento à escrita hoje, e espero voltar a atualizar semanalmente ou pelo menos de 15 em 15 dias (o fluxo no trabalho tem aumentado, e eu ainda não vivo de escrita, infelizmente).

Espero que apreciem. Se possível, comentem! Eu respondo tudo.

Abraços ternos da yuudae.

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As palavras que escaparam dos lábios de Kimhan o deixaram pensativo.

Perguntava-se por que se sentiu tão aliviado quando percebeu que não havia sido ouvido por Porchay. O que sentia por ele, afinal? Sabia que o amava havia muito e que seguia o amando, mas, uma vez arrebatado pelos afetos que o tomavam, não se questionara a respeito do atual estatuto daquele sentimento. Sempre preocupado com suas emoções e intenções, sentiu a necessidade de recolher-se para refletir.

As poucas sílabas por ele enunciadas tiveram um sabor ímpar em suas papilas gustativas. Era como se, assim como se vê em culinária, elas tivessem sido aromatizadas. Por ramos de lavanda — ramos esses que remetiam a um único nome.

Começou a pensar em como havia um pouco de Porchay em tudo que tocava. Na xícara de café que sorvia religiosamente todas as manhãs, pensando em quando iria encontrá-lo. No edredom em que haviam se abrigado no outro dia, o qual ainda não tivera a audácia de pôr para para lavar. No plano de fundo de seu celular, cuja foto era de um sorriso moleque e inconfundível. No sofá, no banheiro, no travesseiro. Na memória. Em cada milímetro de seu corpo e em cada detalhe de seus planos para o futuro.

Ele parecia simbioticamente unido a tudo.

Amor, em seus pensamentos, não significava outra coisa além daquelas duas sílabas.

Cruzou os braços e abriu um sorriso discreto, os olhos apontando para o nada enquanto sua mente devotava-se a recuperar os traços de seu Chay.

"Isso seria... amor romântico?"

*

Durante o restante do dia, o mais novo percebeu que havia algo estranho com seu parceiro. Ele ficou quieto, evitando olhá-lo nos olhos e sentando-se sozinho mais ao canto da sala de ensaios — o inverso de seu comportamento mais recente. Imaginava que isso tinha algo a ver com o que fizeram naquela tarde, mas o motivo exato seguia sendo uma incógnita. Estaria com a consciência pesada? Ou será que ele havia dito algo que o chateou?

Não entendendo as motivações alheias, sentia-se intimamente frustrado em seu lugar de não-saber. Ele não era suficientemente bom? Ainda o machucava, apesar de tanto esforço? Ainda lhe faltava algo?

Mas ele sempre dava o seu melhor — no trabalho, na amizade... no amor.

Normalmente não se importava com muita coisa que dissesse respeito à opinião de outras pessoas. Em sua mente, eles podiam achar o que quisessem, pois agradar a todos definitivamente não estava em seu poder.

[KimChay] Entre takes e manchetes (A primeira vez)Onde histórias criam vida. Descubra agora