você é um tesouro

3.7K 313 20
                                    


    O resto do jantar foi em um silêncio monstruoso e desconfortável, o meu então agora descoberto sobrinho, tremia como um servo recém nascido e se encolhia em seu acento a cada olhar direcionado a ele, nem ao menos tocou em seu prato ou vinho. Seu olhar alternava entre sua mãe, Deamon e jacarerys, parecia mais do que infeliz com a situação que se encontrava.

      Jacarerys Suspira, sussurra algo no ouvido do irmão e logo depois levanta-se, lucerys o acompanha depois de poucos minutos. Rhaenyra não faz nada para impedi-los, apenas os seguem com olhos preocupados e angustiados.

     Também levanto-me com meu prato intacto, cansado do pequeno teatro que se desenrolava para agradar o rei morimbundo. mas, não antes de sair, minha mãe, preecupados, pergunta se não iria comer mais. nego educadamente saíndo do cômodo, ignorando o olhar de repreensão do meu avô.

     Ando pelos longos corredores iluminados pelas tochas até chegar em meus aposentos, respiro livremente sem ter o peso daquele desagradável jantar em meus ombros. Me consolo pensando que Helaena fucara bem sem minha presença, ela conseguia ser o único membro que conseguia a proeza de ser amada pelos dois ramos da casa real. E bem, Aegon era Aegon, provavelmente muito bêbado para se importar com meu abandono e falta de consideração para com ele.

    A tensão volta a me consumir quando ouço batidas suaves, e até hesitantes, em minha porta, suspiro silenciosamente para mim mesmo, amaldiçoando mentalmente a pessoa que me incomodava a está hora da noite. Abri rudemente torcendo para não ser Aegon e na melhor das hipóteses, minha mãe ou Healena. Mas, ao contrário de tudo que pensei, era lucerys, olhava para o chão brincava incessantemente com os dedos provavelmente tentando acalmar-se.

    - lucerys? - o rapaz saiu de seu pequeno transe olhando-me apreensivo, os olhos castanhos brilhando com incerteza.

   - p-posso entrar? - franzi o cenho, um velaryon e Targaryen gaguejando? ridículo, quanto baixa era sua alta confiança?

    - Claro - dou espaço no batente da porta, permitindo sua entrada.

     O Menino parecia não saber ao certo o que fazer, apenas ficou parado olhando de um lado para o outro. Suspiro pesadamente, qual era o seu problema? Deuses!

      - Bom eu gostaria de pedir desculpas! - ele simplesmente explode, falando tudo de uma vez parecendo não querer perder a pequena coragem que lhe restava no corpo. - foi eu...foi eu que arranquei seu olho - arregalo meus olhos exageradamente, então eu realmente não estava louco ou insano. - eu só queria proteger meu irmão, eu achei que ele estava em perigo.

Simplesmente não consegui ficar bravo, nem minimamente, não quando a pequena figura de longas madeixas escuras em minha frente estava com as bochechas, nariz e orelhas coradas, balançando sua pequena cauda escamosa de um lado para o outro nervosamente. Parecia tão frágil e indefeso, por algum motivo uma necessidade enorme cresce em minha alma de lhe abraçar, acariciar suas sedosas madeixas onduladas, que em meu coração, não cabia raiva direcionada para ele.

    - tudo bem, éramos crianças, eu faria o mesmo por Helaena - um longo suspiro saí de seus lábios, sua postura relaxa e suas expressões se suavizam a medida que a tranquilidade envadia sua mente.

    - olhe em meu olho - exijo com rizpisdes, sua postura anteriormente relaxada enrijece com uma intensidade anormal.

     Seus olhos aos poucos encontram-se com o meu único olho, seus olhos brilham com o medo estampado neles, um coelho encurralado. no mesmo momento sinto meus pulmões sem ar, meu coração disparar e minha cabeça latejar. Os olhos inocentes e doces me olhavam chorosos, senti a culpa me atingir como um soco não havia necessidade de falar de uma maneira tão bruta.

     O puxou pelo pulso de uma maneira mais gentil possível, levando-o até a frente do grande espelho que tinham em meus aposentos obrigada-lhe a olhar seu próprio reflexo no espelho.

     - Olhe - seguro seu queixo impedindo de desviar o olhar, o forçando a observar seu reflexo trêmulo e medroso. - você é um velaryon, no futuro será o senhor dos mares, sua mãe será rainha, a primeira rainha por direito, seu nome certamente será cantado por gerações. Então o que tanto teme? Muitos se deleitariam com tal sorte. - com a outra mão carícia suas bochechas - olhe para você, sua beleza é tamanha que deve ter sido abençoado pelos Deuses. Qualquer alfa ou beta morreria pela sua mão, qualquer um mataria por você - minhas mãos migram até sua mandíbula descendo até seu pescoço coberto pelo colar que escondia sua glândula de ligação, algo obrigatório para todos os ômegas da corte. - você é um tesouro, Daemon já teria minha cabeça antes mesmo que eu pudesse permitir que você entrasse em meus aposentos.

     - Agora vá - Largo seu queixo permitindo que ele saísse atordoado de meus aposentos, riu sozinho.










Perdão por qualquer erro de português, e obrigado por ler ^^

meu pequeno dragão Onde histórias criam vida. Descubra agora