Capítulo 19

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O caminho até a cozinha real foi quieto, Jisung não tinha assunto para falar com Minho e o oficial parecia concentrado em algo. O príncipe tentava afastar os pensamentos sobre os aposentos de seus pais, mas era algo impossível, depois da morte deles, Jisung nunca mais visitou o local, meio que foi proibido. Não totalmente por nunca sentir vontade de visitar o lugar, mas seus servos sempre o falaram para evitar ir lá, para não sofrer ainda mais com a partida deles.

Na cozinha, Jeongin não parava de trabalhar. Além de trabalhar, estava dando um belo sermão em Felix. O cozinheiro não parava de fazer seu trabalho, mas vez ou outra, parava em frente ao eunuco e apontava a colher quente de sopa na direção dele brigando.

— Nunca mais deixo você cozinhar, você colocou a dose errada da erva! Se eu não tivesse visto, sabe o que seria de nós agora? — Jeongin não gritava, estava serio e calmo, como se quisesse que ninguém escutasse a conversa dos dois. O cozinheiro bateu na cabeça do eunuco com a colher e fez uma cara feia para ele.

— Que erva? — Jisung perguntou curioso escorando o corpo na entrada da cozinha.

— Ai que susto garoto! — Jeongin pulou e colocou a mão no peito. — Felix, esse animal de carga, colocou a dose errada da erva-do-chá do rei, colocou mais do que devia. Quer aprender a cozinhar, mas não presta atenção no professor, vê se pode.

Jisung riu daqueles dois, sempre fazendo algo que fizesse o príncipe sorrir e esquecer por breves momentos as coisas ruins que estavam acontecendo ao seu redor.

[...]

— Tem certeza de que é o caminho certo Minho? — Jisung perguntou olhando para o mapa na mão do oficial.

— Você me pede para te ajudar e não acredita em minhas habilidades? Se for assim, estou voltando para o palácio. — Minho respondeu com um sorriso no rosto brincando com o príncipe.

Jisung arregalou os olhos e olhou para o oficial.

— Não faça isso! — As expressões exageradas do príncipe fizeram com que Minho soltasse uma gargalhada gostosa de escutar. Ao notar que a fala do oficial foi uma brincadeira, Jisung deu um tapa no ombro dele usando uma expressão informal para demonstrar uma leve raiva, uma raiva passageira.

— "Aish"? É assim que você trata as pessoas que desejam te ajudar a troco de nada, Han Jisung? — Minho parou em frente ao príncipe e virou um pouco a cabeça para o lado com um sorriso de canto nos lábios. Jisung facilmente daria um belo murro naquele rostinho lindo do oficial, às vezes pegava-se pensando em como o oficial podia ser chato quando queria, e isso era algo que Jisung já está acostumado devido a Seungmin, mas não estava entendendo o porquê se sentir tão mais feliz com uma brincadeira onde Minho tentava o irritar.

— Ou você para, ou esse "aish" vai virar minha espada e entrará onde você não quer. — O príncipe levantou a espada sorrindo, Minho ergueu os braços mostrando que fora vencido e os dois caíram em gargalhadas.

Alguns longos minutos de caminhada se passaram, e cada vez mais Jisung achava que Minho não sabia ler o mapa. A maior parte da conversa era o príncipe perguntando ao oficial se ele realmente sabia ler o mapa, e conseguia ver que aos poucos a feição do Lee mudava, a maioria das vezes, um sorriso debochado aparecia em seus lábios.

— Sabes mesmo ler mapas?

— Jisung. — O oficial novamente parou em sua frente, mas agora ele segurava os ombros do príncipe e se abaixava um pouco ficando bem próximo ao seu rosto, gradualmente Minho foi se aproximando do rosto de Jisung, seu coração estava agitado, mas não entendia o porquê estava assim. — Eu não sei ler mapas.

— Lee Minho! — Antes que Jisung pudesse falar mais alguma coisa, Minho virou o corpo do príncipe mostrando o belo jardim que encontraram, um pavilhão estava bem escondido em meio as arvores, com certa dificuldade, Jisung conseguiu ler o nome "Ongnyucheon".

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