Capítulo 57

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Os dias passaram, transformando-se em um turbilhão de emoções que pareciam nunca ter fim. Jisung permaneceu incansável ao lado de Minho, sua determinação evidente em cada ação que ele tomava. Não importava quão desgastado ou exausto ele estivesse, o amor e a devoção que nutria por Minho eram seu combustível inesgotável.

Cuidadosamente, Jisung limpava as feridas de Minho, sentindo um aperto no coração a cada vez que o via sofrer. Cada curativo aplicado era um gesto de carinho e proteção, uma tentativa de amenizar a dor que Minho estava enfrentando. As lágrimas ameaçavam escorrer pelo rosto de Jisung, mas ele as engolia, lutando para manter a serenidade em meio ao caos.

Com os recursos escassos em suas mãos, Jisung mergulhava em um mar de conhecimentos limitados sobre medicina, contando também com a colaboração e orientações de Hyunjin. Juntos, eles se esforçavam incansavelmente para encontrar soluções, como se estivessem desvendando um enigma vital para a recuperação de Minho. Cada passo, cada mistura de remédios naturais, era executado com uma dedicação fervorosa.

Enquanto o tempo passava e a luta para salvar Minho continuava, Jisung se tornava uma sombra cansada de si. Seu rosto pálido e marcado pela exaustão testemunhava as noites sem dormir e os dias de trabalho árduo. A preocupação e o cuidado de seus amigos, como abraços de preocupação, envolviam-no em um constante chamado à autopreservação.

Seus amigos, vendo seu estado debilitado, aproximavam-se dele com olhos cheios de compaixão e palavras carregadas de preocupação. Imploravam para que Jisung descansasse, recuperasse suas forças e cuidasse de sua própria saúde. Afinal, ele também estava ferido e precisava de cuidados.

Mas Jisung permanecia firme em sua determinação inquebrantável. Seu olhar fixo em Minho, ele rejeitava todas as súplicas com uma teimosia heroica. Nenhum argumento podia abalar sua convicção de estar ao lado de seu amado. O amor que nutria por Minho transcendia qualquer dor física ou emocional que pudesse sentir. A ideia de deixar Minho sozinho, em meio à sua recuperação incerta, era impensável.

Sua devoção era como uma força invisível que o impelia para frente, apesar dos sinais de esgotamento que seu corpo manifestava. A fadiga não conseguia silenciar o fogo que ardia em seu coração. Ele estava disposto a sacrificar tudo, até mesmo sua própria saúde, para garantir que Minho recebesse o cuidado e apoio de que precisava.

Os dias arrastavam-se como uma tortura angustiante, e Jisung sentia como se seu coração estivesse sendo esmagado em um torno implacável. Cada batida era uma lembrança dolorosa de que Minho ainda lutava pela vida. O ambiente ao seu redor tornava-se sombrio e sufocante, como se o mundo lá fora tivesse se tornado irrelevante.

Uma semana inteira havia se passado desde que Jisung colocara os pés fora daquele lugar. Uma semana sem sentir os raios quentes do sol em seu rosto, sem apreciar a beleza do mundo lá fora. Ele estava aprisionado em uma escuridão claustrofóbica, perdido em sua determinação incansável de cuidar de Minho.

Cada noite, quando finalmente seu corpo implorava por descanso, Jisung se entregava a cochilos fugazes. Seu corpo cedia à exaustão, mas sua mente permanecia alerta e inquieta. Sonhos fragmentados e pesadelos agarravam-se a ele, lembrando-o constantemente da fragilidade da situação em que se encontrava.

A dor no peito de Jisung parecia intensificar-se a cada dia, uma faca afiada perfurando seu coração a cada respiração. Cada suspiro era uma lembrança dolorosa de que Minho ainda estava em perigo, de que a luta ainda não havia terminado. Mas essa dor, mesmo insuportável, não era nada comparada à ideia de abandonar seu amado, de deixá-lo enfrentar a escuridão sozinho.

Enquanto o tempo se arrastava, Jisung segurava-se às últimas reservas de força, encontrando coragem em meio à escuridão opressiva. Seu amor por Minho era uma chama que continuava acesa, alimentando sua persistência e resistência.

Secrets 秘密 | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora