Capítulo 25

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O andar do cavalo é lento, balança seu corpo para frente e para trás. Toda a corte que foi escolhida para escoltar o príncipe herdeiro são de pessoas não eram dispensáveis para o rei. Nas suas mãos, o sangue daqueles que foram mortos para proteger sua amada, manchavam as rédeas marrons.

Que livro está lendo, Jisung? — Seungmin escorou o rosto nas mãos e perguntou curioso.

— Um livro especial que meus pais deixaram para mim. — Jisung respondeu pegando mais um bolinho de arroz e o mordendo.

— Você ainda tem muitas coisas deles, pensei que tivesse se livrado. — Seungmin comentou.

— Hm hm. — Jisung murmurou negando com a boca cheia.

O pavilhão do campo de treino tinha duas vistas, a bela paisagem das serras, suas árvores e o verde natural delas, porem, o outro lado, a vista era dos hanoks dos trabalhadores. Alguns empregados paravam para olhar o que os dois estavam fazendo, e a maioria só reconhecia o príncipe herdeiro. Não que estivesse reclamando, às vezes era ótimo não ser reconhecido, ser dado como desconhecido pelas pessoas do reino, e ter seu nome nunca falado, porque ninguém sabe que o príncipe sobreviveu, além da família real.

Olhando ao redor, o lugar ainda é o mesmo. Aquele palácio que para ele, quando mais jovem, parecia bem mais bonito. Antigamente, era treinado aqui, para ser um bom arqueiro. Jisung nunca fez parte das ações diretas, sempre foi mandado para os treinamentos, tanto de espada quanto de arco. Nunca lidou com o povo em si.

— E o casamento? Já decidiram a data?

— Ainda não acharam nenhuma garota boa o suficiente. — Seungmin bebericou o chá. — Já já o eunuco virá me chamar para ver outras meninas, e se são adequadas para mim.

— Mas você não tem ninguém em mente, uma garota que você acha bonita?

— Ter eu ate tenho. — Esse comentário fez Jisung subir o olhar para o rosto do primo. Não tinha ideia que Seungmin gostava de alguém, era algo novo para ele.

— E por que não a pede em casamento?

— Ela estava na lista, mas fez de tudo para ser desclassificada.

— Acho que ela não gosta de você, só acho.

Seungmin riu, e assim como disse antes, um de seus eunucos chegou no pavilhão chamando pelo herdeiro. Seungmin levantou e se despediu de Jisung com um sorriso pequeno nos lábios, dava para ver que o príncipe não estava feliz com aquilo, e sabendo que ele gosta de alguém, fez o coração de Jisung pesar ainda mais. Observou o primo caminhar para longe, suspirou triste por não poder fazer nada para lo ajuda.

Jisung pegou o bolinho mordido e, quando foi colocar na boca, teve ele tirado de sua mão. Olhou pasmo para Minho, que havia pegado, e o viu comer o restante dele.

— Que audácia da sua parte. — Jisung comentou tentando disfarçar os pensamentos bobos. Mas as lembranças da Soyeon comentando sobre o beijo indireto dado ao compartilhar alguma coisa que passou em sua boca e na de outra pessoa, quase fez com que o príncipe tivesse algum surto interno.

— Bolinho gostoso, estava com fome. — Minho sentou ao lado do Han e pegou mais um bolinho.

— Por que não disse? Posso pedir mais alguns petiscos para você.

— Não precisa, assim já está bom.

Jisung sorriu e voltou a atenção para o livro em suas mãos. Abriu o livro e se xingou mentalmente por não ter marcado a página, se lembrava que havia parado onde o príncipe herdeiro estava em um piquenique no bosque com sua amada. Ficou feliz quando encontrou a página e voltou a ler, tentando não ligar para o oficial ao seu lado.

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