Capítulo 36

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Ao acordar naquela manhã, Jisung sentiu o peso da opressão que o confinamento trouxe durante dias desaparecer de seus ombros. Um sorriso de alívio e gratidão se espalhou em seu rosto enquanto ele se sentava na beira da cama, observando a luz do sol que entrava pela janela.

Ele se levantou com um senso renovado de liberdade, cada músculo do seu corpo gritando para ser usado depois de tantos dias de inatividade forçada. Seus passos eram mais firmes e seus movimentos mais ágeis enquanto ele caminhava em direção à porta, ansioso para explorar o mundo lá fora.

A medida que ele andava pelos corredores do hanok, Jisung sentia as paredes e os objetos ao seu redor ganhando vida, cada detalhe e textura chamando a sua atenção. Ele queria absorver cada pedacinho daquele lugar que agora lhe pertencia.

Depois de uma refeição leve, Jisung se aproximou da janela e olhou para fora. A luz do sol brilhava forte e a brisa fresca trazia um sorriso ao seu rosto. Ele sabia exatamente o que queria fazer.

Andar a cavalo!

A ideia de cavalgar ao ar livre era excitante e libertadora. Jisung sabia que precisava de alguém que pudesse compartilhar sua alegria e liberdade, e por isso, não hesitou em puxar o oficial Minho pelo braço, quase arrastando-o para o estábulo real.

— Ei, espera. Para onde estamos indo Jisung? — Minho perguntava enquanto era arrastado por Jisung.

— Você sabe andar a cavalo, né? — Jisung perguntou. — Ah, que pergunta besta, é claro que um oficial sabe andar a cavalo.

— Eu sei andar a cavalo, Jisung. — Minho riu do príncipe e o deixou guiar.

Chegando ao estábulo, Jisung sentiu seu coração bater mais rápido em antecipação. O ar fresco e o cheiro da madeira e do feno o envolveram, trazendo uma sensação de conforto e familiaridade. Ele sabia que havia algo mágico em cavalgar que o fazia sentir vivo, e ele não podia esperar para sair com o oficial Minho e desbravar as colinas próximas ao castelo.

Sem hesitação, ele entrou em uma pequena sala no estábulo, onde as selas eram mantidas. A luz filtrada pelas janelas iluminava o espaço, fazendo com que as rédeas e as selas reluzissem. Jisung pegou duas selas com graça e facilidade, mostrando não só sua força física, mas também sua habilidade em lidar com os cavalos.

O cavalo castanho que estava ao outro lado da cerca olhou para Jisung com curiosidade e um pouco de receio. Jisung notou a hesitação do animal e se aproximou lentamente, oferecendo-lhe uma mão gentil para cheirar. Ele falou em voz baixa e suave com o cavalo, acariciando-o com carinho. O príncipe notou que o cavalo começou a relaxar sob seu toque e sorriu fechado, como se estivesse compartilhando um segredo com o animal.

Ele caminhou até o animal e o acariciou gentilmente no pescoço.

— Vamos dar uma volta e desfrutar do ar livre, Lei Kong? — Jisung perguntou ao cavalo, sabendo que não receberia nenhuma resposta. Acariciou a cara do cavalo e deixou um beijo em seu nariz antes de ficar ao lado do animal.

— Fofo. — Escutou Minho falar baixo e sorriu bobo.

Com cuidado, Jisung colocou o cabresto na boca do cavalo, certificando-se de que o animal estava confortável. Ele observou com admiração enquanto o cavalo aceitou gentilmente o cabresto e olhou para o oficial com os olhos brilhando. Em seguida, Jisung pegou a manta azul e a colocou sobre a pele escura do cavalo, sentindo a textura do pelo macio sob seus dedos. Ele alisou a manta com a mão, certificando-se de que estava no lugar certo. O cavalo se mexeu um pouco, mas logo se acalmou e ficou quieto sob o toque gentil do príncipe.

Finalmente, Jisung pegou a sela e a colocou cuidadosamente sobre as costas do cavalo, apertando as tiras de frente para as ripas na parte de trás do colar. Ele ajustou as correias para garantir que a sela estivesse firme, mas não tão apertada a ponto de machucar o animal. Sentindo a textura do couro sob suas mãos, Jisung se lembrou de todos os passeios a cavalo que havia feito quando era mais jovem, e a sensação de liberdade que a cavalgada lhe trazia.

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