Já se passavam das 01:00 am, e eu não consigo parar de pensar em inúmeras maneiras diferentes de fugir deste cafofo.

Eu poderia simplesmente sair correndo por essa floresta sinistra até encontrar uma rodovia, ou poderia tentar me esconder de Tomioka, mas sei que seria sem sucesso.

Por mais que seja a minha única opção.

Talvez eu nem consiga fugir. Se eu for pega por ele novamente vai dar muito ruim, Giyu já falou que quebraria minhas pernas.

Não sei se é verdade, mas sinto muito medo dele e não quero arriscar. Vou lutar pela minha liberdade, mas com sabedoria.

"— Do que eu estou falando? Sou tão burra quanto uma porta." Penso.

Ninguém gosta de ter sua confiança quebrada, e ele é uma dessas pessoas. Mas acontece que eu não sou nada dele, muito menos amiga.

Eu vou fugir!

O plano é o seguinte:

Vamos ao jardim como ele havia prometido (mesmo que ele não tenha decretado um dia), vou olhar as rosas, pedir para regá-las e pah! *efeito sonoro*.

Tomioka vai entrar na casa para pegar a água, eu vou correr MUITO até uma rodovia, e só ali eu paro e peço ajuda.

Mas eu posso ser sequestrada de novo...

Tenho duas alternativas: morrer parada ou morrer tentando. Eu prefiro a segunda opção, assim o meu ego não será ferido.

⚠︎

Quase nem consegui dormir, tudo culpa dos meus pensamentos que me tiram o foco de tudo.

Fiquei tão alheia que o sono fugiu de mim. Só depois de algumas horas eu finalmente apaguei.

Foi uma merda, pois Giyu me acordou.

Fiquei irritada, gritei e resmunguei, porém lembrei que isso é um sequestro e não um hotel...

Agora estou amarrada em uma cadeira de rodas, pois ele achou a minha atitude "muito feia."

— Me tira daqui! – Comecei a me chacoalhar na cadeira, sentindo ela se mover toda vez.

Ele apenas me olha de canto e bufa, voltando a fazer comida.

Sim, estou presa na cozinha com ele. Pelo menos agora vou saber como essa comida é feita.

Mexo,
Mexo,
Mexo.

Nada acontece.

Eu quero ir embora.
Eu quero ir embora.
Eu queto ir embora.
Eu quero ir embora!

— Me tira daqui! – Berro alto, fazendo com que ele se queime de leve na panela, por ter se virado rápido para me ver.

— Nã‐ – Ele estava falando, porém foi cortado pela minha queda.

Eu me mexi tanto que a cadeira virou. Giyu me olhou de cima a baixo, respirou fundo e começou a gargalhar como se não houvesse amanhã.

— Céus, como você é burra. – Ele gargalhava alto, enquanto eu continuava caída.

Fiquei caída ali, como bosta, por uns cinco minutos, até ele parar com a crise de risos e vir "me salvar".

"— Você me paga!" Penso.

Narradora

Estava frio, Shinobu necessitava de carinho humano, mesmo que ainda estivesse dormindo.

Ela acordou no susto ao sentir uma mão firme e grande em seus curtos cabelos roxos.

– Bom dia. – Diz Giyu, com um "sorriso" no rosto.

cativeiro - Tomioka Gyuu - GyuuShinoOnde histórias criam vida. Descubra agora