CHASE
Despertei devido à porra do meu celular que não parava de tocar. Impaciente, revirei os olhos e soltei uma lufada de ar, estressado. Afastei as pálpebras e a primeira coisa que encontrei foi um monte de tranças em cima do meu peito. Seus braços rodeavam a minha cintura e parecia um mini coala dormindo grudada a mim.
Caralho, a noite de ontem...
Era claro que eu lembrava de tudo que falei para a Lua. A bebida só me deu um incentivo para me declarar para a mulher da minha vida. Naquele momento recordava que o meu coração acelerou e que pensei que ele iria saltar pela minha boca.
Não havia palavras para definir o nosso momento de ontem. Era bom pra caralho amar alguém que também te amava na mesma intensidade. Lua veio, cuidou de mim e me deu esporro do seu jeitinho. Essa era a mulher que eu queria ao meu lado para o resto da minha vida, até eu morrer.
Obrigada sogrinha por fazer essa obra de arte esculpida.
O som do telefone ecoou mais uma vez e eu estava com uma puta vontade de lançá-lo pela janela.
Não queria acordá-la, mas ela dormia tão bem, e, caralho, que saudades de acordar assim.
— Lua. — Chamei-a, mas, claramente, a minha linda nem se moveu. — Amor, preciso atender essa ligação, pode ser importante.
Lua resmungou algo que eu não consegui entender e se distanciou de mim, me libertando. Se virou de costas e continuou dormindo. Ri baixinho e mesmo não querendo, pulei da cama e peguei o celular.
Antes de sair dei uma última checada nela, analisando-a quietinha e respirando tranquilamente. Saí do quarto e atendi a ligação do Christian que brilhava na tela.
— Bom dia, Chase. Desculpe estar te ligando nesse horário. — Escutei sua voz no outro lado da linha.
— Não tem problema, o que aconteceu? — Terminei de descer as escadas e adentrei na cozinha.
— Problemas na exportação de petróleo na Arábia Saudita. — Ele disse, enquanto eu tirava uma xícara do armário.
Felizmente, não acordei com muita ressaca graças ao remédio que a Lua me deu.
— Ligaram de lá falando que houve algum problema com as máquinas. Você ainda tem muitas provas para fazer? — Chris prosseguiu.
— Muitas. — Suspirei, cansado só de lembrar. — Por quê? Preciso ir para Chicago?
— Infelizmente, sim, é melhor. Faremos de um jeito simples. No próximo final de semana acontecerá um jantar de inauguração de um novo projeto de outra empresa. Nós fomos convidados e com isso aproveitamos para tratar desse assunto também.
— É no sábado ou no domingo?
Levei a xícara até meus lábios dando um gole e sentindo o gosto amargo do café.
— No sábado, você poderá levar um acompanhante.
Me encostei na ilha, consumindo mais do conteúdo. Essa merda de empresa era problema atrás de problema, tudo culpa do imbecil que o meu pai escolheu para ficar no lugar dele.
— Posso levar uma acompanhante?
— Quem você quiser, garoto.
— Bom dia. — A voz calma e sonolenta da Lua preencheu o espaço.
Desviei meus olhos para a porta, estudando a gostosa com a minha camisa e com seu rosto amassado de sono, enquanto coçava seu olho. Estava uma gracinha.
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A Lua está linda hoje
Teen Fiction"A gente precisa amar a vida para ela nos amar de volta" Reclusa, Lua Moore vive através de livros e da arte, absorta em seu pequeno mundo enquanto tenta lidar com o luto, sua ansiedade e traumas em sua redoma que a impede de entender o lema deixado...