Recomeço, cinerarias e acordes refeitos

_ Um novo talvez _

05/02/22

~Cohen

O dia começou bem, eu estava na varanda quando joui me mandou ir dormir, ele preocupado com meu sono me fez sentir especial.

Agora aqui estou eu, na varanda, vendo ele voltar do treino, dessa vez acho que ele não me viu. Fico um bom tempo ali, até ele entrar. Que homem

Já tomei banho e já arrumei meu quarto, o que me resta é ver TV até dar a hora de ir para escola.

O tempo até que passa bem rápido, olho no relógio, logo vou ter que descer. Vou até a cozinha faço uma torrada. Demora alguns minutos e ela fica pronta.

Vou para o andar de baixo bem calmamente, e vejo Arthur conversando com a tia enquanto tomam café. O chamo, acho que está na hora, mas não tenho certeza.

Saímos de casa e Arthur me conta sobre a tia Ivete estar saindo com alguém, não sei quem é o louco de achar que está aos pés de minha majestade, mas tenho certeza de que não está.

O tempo passa. Eu e Arthur estamos agora no ônibus conversando, mas estou trocando mensagens com o Joui.

O tempo passa rápido e devagar ao mesmo tempo, parece que passamos dias na aula de física, mas ao mesmo tempo em um piscar de olhos estamos do intervalo.

Faço o de sempre, passo o intervalo conversando com meus amigos. As vezes me pego distraído observando Joui, mas sempre tento voltar ao assunto rápido, mesmo algumas vezes não conseguindo parar de olhar ele.

Me perder naquele rostinho bonito tem se tornado mei passa-tempo favorito.

Já se passou um tempo desde que o intervalo acabou, Jouki ainda não voltou para sala. Tudo parece estar me cansando cada vez mais, minha energia social está nos pés, acho que posso fugir um pouco da aula.

Ando até a professora. - Tia, posso ir ao banheiro? - Ela faz que "sim" com a cabeça. Eu saio da sala, espero que ela não passe nenhuma atividade enquanto estiver fora.

Ando até o banheiro mais próximo da sala, vou direto a última cabine, empurro algumas vezes, mas está ocupada.

Vou para cabine do lado e sento no chão, vejo que quem está na outra também está no chão, então me dou a liberdade de esticar minhas pernas por baixo da "parede" que separa nossas cabines. Mando uma mensagem perguntando se joui está bem, até agora ele não deu sinal de vida.

Uns segundos se passam e eu vejo que a pessoa que está na cabine ao lado não está muito bem, droga. Eu quero muito ajudar ele, mas eu não sei se consigo. Quando eu estou nessas só o Arthur consegue me ajudar, será que essa pessoa também precisa de algo específico. Droga.

Ok, acho que tive uma ideia, uma coisa que o Arthur já fez comigo, mas de um jeito diferente. Ok.

- Ei, tá tudo bem? - Faço a pergunta em um tom calmo. Sem resposta, ok...- Olha, eu sei que não tá tudo bem agora, mas vai ficar, você só precisa se acalmar, ok? - Digo bem devagar, acho que transmitir calma é o melhor agora.

- É... vamos fazer assim. - encosto meus sapatos nos deles, os nossos pés são do mesmo tamanho, isso ajuda.
- Eu vou empurrar seus pés com os meu, ok? - Um silêncio esperado vem da cabine. - Quando eu fizer isso eu quero que você puxe o ar com calma, e quando eu parar quero que solte o ar bem devagar. - Explico calmamente. - Acha que consegue? - Ok, vamos lá.

- Vamos devagar. - Empurro os meu pés contra os dele de um jeito leve e puxo o ar. Depois de alguns segundos eu paro e consigo ouvir ele soltando o ar. Repetimos isso três vezes, depois apenas tiro meu pés do vão.