Lena aceitou completamente seu lado bruxa e estava feliz com sua vida e seus amigos, mas em meio às suas novas experiências com magia, a Luthor descobriu algo interessante sobre as bruxas. Elas podem ter familiares, seres místicos que vem para ajudá...
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Pov's Lena
‐A Magia de Indução é sobre confiança, mas não é tão instintiva. Nessa fase as bruxas costumam controlar a magia com um conduíte externo tipo varinhas ou cajados.
Eu estava prestando atenção nas palavras de S/n, mas ao mesmo tempo senti a minha mente nublada. Desde a noite da lua cheia era como se estivéssemos em perfeita sintonia, uma confiança absoluta que eu senti poucas vezes na minha vida. Eu que fui tantas vezes traída de repente tinha alguém em quem eu confiava de olhos fechados e só nos conhecíamos há algumas semanas. Era diferente da relação de confiança que eu tinha com Kara, Alex e os outros, com S/n era tudo mais intenso, visceral.
Eu nunca fui mulher de mentir para mim mesma, até podia esconder minhas fragilidades dos outros, mas não de mim mesma. Eu me conhecia e eu não podia negar que estava começando a ver a Riviera com outros olhos, o que me deixava completamente confusa. Sentíamos o que a outra sentia, éramos ligadas por um laço mágico único e inquebrável, o que me garantia que o que eu estava sentindo não era só uma ilusão da minha cabeça?
‐Você entendeu?
‐Hm, sim, sim, conduítes, runas... entendi. Acho que vou ter que aprender a desenhar.
Ela soltou um riso baixo e fechou o livro vindo até mim.
‐Está tudo bem? ‐ perguntou olhando nos meus olhos com toda aquela doçura e gentileza que só ela tinha.
Não é possível que só eu estava sentindo isso!
‐Estou bem... apenas cansada.
‐Vamos parar por hoje, o que acha de sair? ‐ S/n se afastou indo colocar o livro na estante junto dos outros ‐Eu passei por uma feira cultural lá no centro outro dia. Quer dar uma volta lá?
‐Parece interessante ‐ respondi ‐Que forma melhor de aproveitar um sábado? Vou me arrumar, te encontro na sala.
S/n sorriu levemente assentindo e nós saímos da biblioteca nos separando no corredor. Eu entrei no meu quarto indo direto para o closet.
O clima estava fresco e eu estava usando uma calça de malha marrom escura com uma camiseta cinza, então apenas vesti uma blusa de mangas compridas azul clara por cima e um sobretudo preto que ia até o meio das minhas coxas, terminei calçando um par de botas cano curto e arrumei meu cabelo o deixando solto com meus cachos naturais.
Saí do meu quarto vendo que a porta de S/n estava aberta, então ela já devia estar me esperando. Assim que cheguei na sala eu vi a mesma sentada no sofá mexendo em seu celular.
S/n estava vestindo uma calça jeans clara e uma camiseta preta com estampa de alguma banda que eu desconhecia, sua inseparável jaqueta de couro estava em seu colo e ela calçava um par de coturnos pretos.
A mesma logo reparou na minha presença e me olhou com um sorriso doce.
‐Vamos? ‐ perguntou já de pé guardando o celular no bolso e vestindo a jaqueta em seguida.
