capítulo 15.

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Acordei com a luz do sol atravessando a pequena janela pela fresta da cortina. 

Meu braço dormente amortecia o peso da cabeça de Chaeyoung. Seus fios loiros completamente bagunçados, a garota se encontrava em sono profundo, não dava nenhum sinal que acordaria tão cedo. 

Com cuidado, retirei meu braço de baixo de sua cabeça e saí debaixo da coberta. Cobrindo completamente o corpo nu da australiana e em seguida indo rumo ao banheiro. Liguei o chuveiro esperando que a água esquentasse enquanto amarrava meu cabelo em um coque. Tomei um banho demorado e relaxante.

Esfregava meu corpo com cuidado enquanto em alguns lugares observava marcas que a boca de Chaeyoung havia deixado na noite passada. Lembranças impuras da noite passada vinham como flash's em meus pensamentos, mas decidi os afastar assim que percebi que uma excitação já se formava em meu íntimo.

Sai do banho vestindo uma roupa mais confortável. Desculpe Chae, mas vou pegar umas roupas emprestadas. De novo.

Vesti um moletom branco que era o dobro do tamanho de Chaeyoung e que em mim ficou grande também. Peguei uma calça larga preta com o tecido deveras macio e o vesti. Manto meu cabelo em um coque e apenas ajeitei minha franja.

Desci as escadas do pequeno chalé, indo até a mini cozinha que tinha junto ao mesmo cômodo em que ficava a sala.

Depois de uma longa noite, merecemos um bom café da manhã.

Abri o pequeno armário observando alguns ingredientes.

Um bom capuccino, com pães de forma torrados seriam uma ótima refeição. Não muito pesado e nem tão leve ao ponto de ficarmos com fome.

Peguei os devidos ingredientes e ergui as mangas do moletom para começar o trabalho.

Alguns minutos depois, tudo já estava pronto.

Com alguns pães de forma torrados enchi um prato e ao canto algumas frutas que tinha encontrado. Em minha mão livre, carregava a xícara com capuccino que eu mesma havia feito.

Subi as escadas com cuidado e coloquei o prato junto da xícara na escrivaninha ao lado da cama.

Me sentei na beira observando a garota que ainda dormia de maneira completamente angelical. Sua boca entre aberta e alguns fios de cabelo jogados em seu rosto que eu logo retirei para lhe observar melhor. Toquei sua bochecha a vendo se remexer um pouco. O calor de sua pele tomou conta de minha palma. 

Extremamente linda...

Desci meus olhos observando as marcas roxas em seu pescoço e voltei meu olhar para seu rosto.

Extremamente sedenta, haha...

- Chae, acorda... - a chamei acariciando sua bochecha - eu preparei café pra você - beijei sua testa e em seguida sua bochecha.

- hm... - soltou como resmungo me fazendo sorrir.

- vai esfriar - acaricei desta vez seu cabelo.

Se remexeu abrindo os olhos lentamente.

- bom dia, bebê - sua voz sonolenta soou rouca e manhosa.

- bom dia, Chae - sorri.

Vi a garota se sentar cobrindo seu busto com a coberta que antes a cobria. Olhou ao redor atordoada procurando por suas roupas.

Levantei sentindo seus olhos me seguir e peguei um moletom fino preto e uma calça preta também. Ajudei a loira a se vestir e ajeitei seu cabelo para que não lhe atrapalhasse ao se alimentar. Durante todo o processo o sorriso não saia de seus lábios.

- eu amo quando você cuida de mim - falou abraçando minha cintura e beijando meu queixo.

- eu pretendo cuidar por muito mais tempo - peguei o prato sobre a escrivaninha e em seguida a xícara.

A loira abriu a boca e então levei um pão até sua boca.







Algumas horas haviam se passado até sentir o carro freiar lentamente. Havíamos acabado de chegar a cidade, especificamente em minha casa.

Levantei lentamente minha cabeça dos ombros da loira que antes eu havia adormecido.

- podemos nos ver mais tarde?

- eu não tenho certeza... - meu pai provavelmente iria me encher o saco.

- tudo bem... - a vi fazer um beicinho.

- vou tentar dar um jeito - sorri lhe roubando um selinho.

- até mais tarde então? 

- claro - beijei sua bochecha a olhando nos olhos por mais alguns minutos.

Me afastei tirando o cinto e em seguida sai do carro o observando partir.

Caminhei até a porta de minha casa e a abri percebendo que não estava trancada.

Observei meu pai sentado em sua poltrona enquanto engraxava os sapatos que usava para trabalhar.

- finalmente, Lisa - disse sem tirar os olhos do sapato - temos muito o que conversar - levantou soltando o sapato ao chão.

Ouvi seus passos se aproximarem e seu rosto parar a poucos centímetros ao meu. Sua respiração batendo em meu rosto e o seu mau cheiro isalando minhas narinas. Minhas mãos trêmulas se fecharam enquanto seu rosto sério me observava.

Ouvi o estralo em meu rosto e em seguida suas mãos puxarem meu cabelo.

De novo não, por favor...

- você acha que eu sou burro?! Que eu sou idiota, Lisa?! Responde porra! - senti meus olhos marejarem.

- pai, eu...

- quer saber! Cale a boca, não tem o que você explicar! - me puxou pelo cabelo até seu quarto.

Ao entramos no cômodo, meu corpo foi jogado ao chão como da vez passada.

- eu não vou aceitar! Isto não existe! - já sabia sobre o que ele se referia - eu já desconfiava, fui procurar por você na casa da Jisoo ontem e você não estava. Voltei para casa desesperado e você foi tão burra ao ponto de nem sequer lembrar que deixou seu celular - puxou o aparelho de seu bolso - " meu motorista já saiu de casa. Eu espero mesmo que você goste do nosso encontro "  e sabe quem mandou isso?! Uma mulher Lisa, a porra de uma mulher! - jogou meu celular ao chão enquanto meus olhos já se encontravam inundado por lágrimas - eu não vou aceitar, eu prefiro morrer do até aceitar isso! - cerrei meus dentes.

- então morre, inferno! - cuspi as palavras com ódio.

- cale a boca! - pôs a mão sobre a cabeça - eu vou acabar com isso! Eu vou acabar com ela e quem sabe você não volte a ser como era antes! - tentou tocar meu rosto mas desviei.

- eu acabo com você se encostar nela... - o olhei nos olhos - ou você acaba comigo, um de nós não sai vivo.

- não fale bobagens, Lalisa. Você não poderá fazer nada - se aproximou do mei ouvido - vou cortar o mal pela raiz - se afastou fechando a porta e a trancando rapidamente.

- Não! - gritei correndo até a porta.

Tentei abrir a porta mas já era tarde, ela estava trancada. Olhei ao redor vendo que a janela também tinha fechaduras agora.

Esse filho da puta planejou tudo! Caralho!

Gritei tentando puxar a maçaneta da porta mas a soltei quando senti minha mão doer.

Minhas mãos começaram a tremer e o calor subiu meu corpo. Minha respiração começou a descompensar e minha visão se tornou um borro.

Merda de ansiedade, resolveu atacar agora...

Me sentei ao chão deixando as lágrimas sairem e enquanto sentia meu peito subir e descer.

Não a toque! Não a machuque!





Killing for LOVE - Chaelisa (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora