Capítulo XIV

90 9 13
                                    

Depois de séculos, aqui estou eu, viva. Mais ou menos...bem, quase kkkkkkkk enfim...


Espero que gostem do capitulo, avisando que vai de 0 a 100 muito rápido, então boa sorte e preparem os lenços, não me responsabilizo por raivas futuras, breves infartos e surtos.


-
-
Perdoem os erros e aviso que entramos em contagem regressiva!!!! 


**********


Nico crescera em um ambiente moderno, acostumado com qualquer tipo de regalia que o dinheiro de seu pai pudesse lhe dar. Mas com o passar dos anos, aquele lugar começou a lhe parecer opressor, mais como uma prisão do que um lugar em que deveria se sentir seguro e isso por si só já era algo que confundia a mente do jovem adolescente. Os empregados pareciam suspeitos, seu pai começara a sair de casa e demorar a voltar, sua mãe começara a ficar opressiva em seus cuidados normais e tudo lhe parecia tão sufocante.

Então quando sua mãe resolvera se mudar assim que ele saíra do hospital, Nico não considerou isso algo realmente ruim. O ambiente húmido e silencioso, frio em alguns momentos, os ventos calmos e o balançar das arvores lhe acalmavam muito, as gotas frias da chuva ou o cheiro de terra molhada que dominava o ambiente em épocas chuvosas. Tudo parecia lhe trazer uma sensação de segurança e paz, totalmente diferente da casa em que crescera. Desta forma, não foi realmente estranho para ele se encontrar perdido em pensamentos em meio as arvores do jardim botânico, mesmo que estivesse quase no horário de fechamento e que ele tivesse que enfrentar seus pais assim que saísse dali.

Seus pais...Nico sentia-se tão confuso e perdido, por que...ele havia sido ruim com seu pai? O jovem realmente não sabia. O que ele sabia é que um dia esteve prestes a perder tudo que conhecia e machucar as pessoas que amava, e no outro estava acordando em um ambiente frio e silencioso, com um coração que não era seu, com sua mãe apática, irmãs magoadas e chorosas e seu pai não estava do seu lado. Ele havia ido embora e sequer esperara para ver como ele estava...se pelo menos estava vivo.

Nico era apenas um jovem, que era tão apegado ao pai, mais que perdera a figura paterna em um simples momento e sem saber realmente o por que ou o que havia acontecido, então sua mãe não tinha o direito! Não tinha o direito de brigar consigo, quando nenhum deles sequer se deu ao trabalho de lhe explicar o que estava acontecendo e o por que de ter se mudado, do por que de tudo está tão diferente...nenhum deles tinha o direito.

Era uma visão realmente triste para qualquer um que se aproximasse, a figura do Di Angelo encolhido escondido em meio a diversas flores fechadas, o campo de flores debaixo de uma das grandes arvores frondosas do local, as lágrimas escorrendo em seu rosto e a mão apertada em punhos. A revolta de uma jovem alma que não tinha resposta e estava confusa, tudo era tão confuso.

--Senhor, desculpe...mais já está na hora de fechar. –Declarou uma jovem, mais não se aproximara da figura deitada, respeitando o silêncio do outro e se afastando logo depois de dar o recado, tocada pelas lágrimas do mesmo, mais sem intimidade o suficiente para perguntar se o mesmo estava bem.

O jovem Di Angelo apenas respirou fundo, erguendo-se do chão e batendo na calça levemente para retirar qualquer sujeira que poderia ter ficado presa.

--Obrigado e desculpe por atrapalhar sua saída. –pediu o moreno baixinho, sentindo-se mal.

A garota apenas sorriu gentilmente balançando a cabeça.

--Tudo bem, não estou realmente com pressa de ir para casa. –Declarou inocente, seguindo o moreno lado a lado. –Peço desculpa pela intromissão, mais...você está bem?

My HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora