Depois de acomodar os forasteiros em Gandharva, Tighnari estava um pouco menos preocupado.Mesmo que ele tentasse demonstrar total tranquilidade e equilíbrio, a ideia de ter filhos estava prestes a colpsar novamente. Ele sabia que aquelas crianças provavelmente nunca teriam paz, o orelhudo culpava o destino a cada minuto que se lembrava que vida crescia em seu corpo.
Cyno estava organizando uma patrulha noturna, os dois haviam voltado a viver em sumeru, já que era mais seguro. Até mesmo Lord Menor decidiu ajudar, criando uma barreira que envolvia toda a cidade, nenhuma entidade conseguiria entrar ou sair.
Agora, o quarto parecia solitário, Tighnari preparava um banho quente com ervas, sua barriga já estava começando a querer dar sinais da gravidez.
O desenvolvimento dos Valuka Shuna era consideravelmente mais rápido que humanos comuns, a gestação dura apenas seis meses.
Naquela banheira, muitos pensamentos rondavam o patrulheiro.
Seus pais haviam ficado em Gandharva, prometeram ficar lá até que tudo se resolvesse.
— Espero que tudo isso acabe logo.- Ele acariciava a barriga, fazendo movimentos circulares.
O banho foi relaxante, seu corpo parecia bem mais descansado, ele vestiu apenas um roupão e se sentou na cama, secando e penteando sua cauda.
Depois de alguns minutos, ele adormeceu.
Em seus sonhos, ele foi levado até uma floresta de cristais. As árvores feitas de pedras preciosas, o solo, tudo era feito de um material brilhante.
— Há quanto tempo.- uma voz familiar penetrou em sua mente.
A figura diante dele já havia aparecido há anos atrás, durante a batalha contra o Doutor e o Sábio.
Era a primeira encarnação de Tighnari, a esposa do Rei Escarlate.
— Você só aparece quando eu estou em apuros.- Tighnari se aproximou.
— De fato, Isis não é uma pessoa fácil de se lidar..- O antepassado se virou, mudando a paisagem para um vasto deserto.—Ela não é um monstro, pelo menos não era.
Tighnari parecia em dúvida, segundo as informações que Cyno recebeu, Isis era uma tirana psicopata.
— As informações sobre mulheres são bem mais exageradas, ela nunca foi ruim.. pelo menos não até aquilo acontecer..
— o que? Me diga o que aconteceu!.
— Bom, como você sabe, ela era herdeira, mesmo que sua personalidade fosse meio difícil, sua família não ajudou muito.- Cada informação recebida, fazia Tighnari questionar como essa linha temporal se encaixava.
— Por que não me disse nada sobre ela antes?
— Eu não pensei que teria que falar sobre ela.. Isis tinha poderes muito abrangentes, ela controlava o véu que separa os vivos dos mortos, ela curava qualquer enfermo.. mas todos abusavam disso, uma vez ela se recusou, o que acarretou a uma rebelião dos seus suditos.. O Rei tentou intervir, mas ela contrariou o irmão e fugiu, os suditos cercaram ela e.. bem, tentaram forçá-la a realizar seus pedidos. Ela nunca havia usado seus poderes para ferir alguém, mas ela teve que se defender. Meu marido nunca entendeu, ele a baniu, o que fez com que ela fosse considerada uma desertora.- A figura mostrava imagens no céu.
— Ouvi dizer que ela foi selada.. por que?.- Tighnari perguntou.
— Existe um instinto primordial em cada um dos deuses do deserto, Deshret é o chacal, Isis era um lindo ganso, mas se tornou um abrute devido a sua negação aos deuses. Seus poderes se reverteram, o que era cura.. virou maldição e doença, a ligação que ela tinha com os vivos se perdeu e ela manipulava a morte como sua marionete.
O orelhudo se assustou com as descrições, tamanho poder sem duvidas era ameaçador.
— O rei então, usou seu próprio sangue para prendê-la debaixo do deserto.. não era para o selo se quebrar, mas alguma coisa além do que eu sei aconteceu. Ela está livre, qualquer ser vivo naquele deserto não está seguro..
O antecessor começou a ficar transparente, como se estivesse desaparecendo.
— Espera! Como eu faço isso?! Por que ela quer me matar!?.- Tighnari tentou segura-lo.
— A visão que eu e Deshret temos de Isis é diferente, os erros e negligências dele tornaram ela esse monstro.. mas é tarde para concertar.. só eu sei o que vi, a magia de Isis corrompeu a Irminsul..
O sonho foi interrompido, mãos fortes seguraram os ombros de Tighnari.
— Ei! Acorda!.- A voz de Cyno o confortou.
O orelhudo se levantou assustado, fazendo com que Cyno ficasse preocupado.
— Tá tudo bem?.- O general o abraçou.
— meu sonho.. igual antes, nossos antepassados nos contando coisas que não entendemos.- Ele estava ofegante.- Eu estou com medo..
As mãos do orelhudo seguravam firme nas costas do general, que o confortava.
— Eu também estou, mas não podemos mais ficar assim.- Cyno segurou o rosto de Nari, olhando em seus lindos olhos verdes.— Pelos nossos filhos, não podemos ser fracos! Nenhuma desgraçada maldita vai tirar você de mim.- Ele beijou a testa do orelhudo, que já parecia estar mais calmo.
Tighnari tentou beijar seus lábios, mas Cyno recuou.
— O que foi?.- Nari perguntou confuso.
— É que.. eu não consigo só te beijar, eu estou na mão há vários dias.- Cyno disse envergonhado.
O patrulheiro riu, puxando Cyno para a cama novamente.
— Você pensa em que enquanto se toca?.- O orelhudo usou seus dedos para acariciar o peitoral de Cyno.
O general hesitou por um momento.
— Em como você é quente e apertado...- Cyno disse fechando os olhos.
— Só isso?.- Tighnari provocou, deslizando sua mão até o botão da calça do general.
Cyno sentiu um arrepio percorrer seu corpo, como se um raio tivesse caído na sua cabeça.
— Não me provoque... eu não sou de ferro.- O General alertou.A mão de Nari continuou descendo, segurando firme o membro ereto.
— Mas aqui parece uma barra de metal, general.- disse manhoso.
— Você por acaso quer ter vinte filhos?.- Cyno puxou Tighnari para um beijo apaixonado.- Eu te amo.
O patrulheiro sorriu, dando vários beijos em todo o rosto do general.
— Eu também te amo.
— Não vou deixar ninguém machucar você, nunca mais.- Cyno disse acariciando as bochechas do orelhudo.- Vamos achar uma maneira de resolver essa situação.
O patrulheiro se aconchegou nos braços de seu amado, mas sua mão ainda segurava o membro, que pulsava.
— Posso te chupar antes de dormir?.- Tighnari perguntou fazendo biquinho.
— Se um dia eu responder 'não' pra essa pergunta, me enterre, pois eu estarei morto.- Cyno tirou a única peça de roupa que o impedia.
Nari se aproximou da ereção, lambendo a base até o topo, provocando o general.
A língua fazia movimentos circulares, quando em sua boca, sugava e forçava o máximo contra sua garganta.
Em questão de minutos, Cyno havia chegado ao fim, o que fez Tighnari ficar surpreso.
— Nem dez minutos? O que houve?.- O orelhudo limpou os lábios, cruzando os braços.
— É que você é muito gostoso, amor.- Cyno se levantou sem graça.— É difícil resistir depois de ficar dias sem fazer isso.
O general foi tomar um banho, enquanto Tighnari ria baixinho, esquecendo dos problemas que o cercavam.
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Anubis - CynoNari
FanfictionConcluído! [Revisada] Após um encontro marcante no deserto, Cyno e Tighnari, duas almas entrelaçadas pelo destino, nunca se esqueceram um do outro. Quando o acaso os reúne novamente na renomada Academia de Sumeru, o reencontro traz à tona memórias...