Cap 34.- A Lua sobe.

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○°•Penúltimo Capítulo°•○

Escuridão era tudo que Cyno conseguia enxergar.

A queda parecia nunca acabar, ele se perguntava se Collei estaria bem, mesmo temendo muito a resposta dessa pergunta.

Os olhos de Tighnari rodeavam sua mente, Cyno se perguntava quando essa tortura ia acabar. O ódio que preenchia seu coração era surreal.

Tirar a vida de alguém era algo cujo Cyno só fez uma vez, com o grande sábio, mas mesmo ele merecendo e ter ameaçado a existência de Tighnari, foi um ato feito por puro instinto.

Mas agora, Cyno queria simplesmente dizimar qualquer um que representasse um leve incômodo para seu amado.

Fechando os olhos por um instante, os próximos minutos foram quietos.

De repente, todo o corpo de Cyno atingiu a água, afundando mesmo que tentasse nadar contra a corrente.

  Mesmo com os olhos abertos, ele não enxergava nada. O gosto metálico em seus lábios também o deixava inquieto.

Seu oxigênio estava prestes a ceder, quando ele voltou a cair.

Agora, havia claridade, paredes rochosas.

Atingindo o rígido solo, Cyno percebeu que o líquido acima de sua cabeça era sangue, misturado com algum tipo de substância sombria.

Tossindo pela falta de ar, ele notou que estava em um tipo de civilização. Sua atenção foi atraída por um barulho que parecia ser alguém o chamando.

Cyno observou a silhoueta de Collei atrás de algumas rochas, chamando-o para se esconder.

Rapidamente, o general foi até a patrulheira, que parecia ter machucado uma de suas pernas.

Collei encarava fixamente algo que se movia na direção dos dois. O general analisou a situação, pessoas feitas de areias carregavam tijolos, suas pernas pareciam presas por correntes.

- Que lugar é esse, mestre Cyno?.- A garota visivelmente estava assustada.

O general se arrependia de ter permitido que sua pupila viesse.

- Eu não sei, mas vamos descobrir.- Cyno sacou sua lança, mas percebeu que sua visão estava apagada.

Collei também verificou a sua, também não mostrava brilho algum, o que deixou os dois cada vez mais nervosos.
Mas o general já lutava antes de ganhar sua visão, então ele empunhou sua lança e avançou lentamente para conseguir mais informações.

Em uma das construções, Tighnari reclamava de dores, fazendo Isis ficar cada vez mais irritada.

- Da pra parar de reclamar!?

- Ninguém mandou você me trazer, sua cabeça de cogumelo!.

A vilã serrou os punhos, só não fez nada pois sabia que precisava de Tighnari vivo.

- Seu rei já deveria ter chegado aqui há algumas horas, detesto esperar!!!.- Ela se aproximou de Tighnari, furando um de seus dedos.

- Qual é a explicação para essa situação? Você fica jovem depois de beber sangue?.- Nari se mostrava intrigado.

Isis revirou os olhos, mas respondeu mesmo assim.

- A maioria da pessoas precisam de visões para manifestar energia elemental, mas os povos antigos do deserto aprenderam a manipular os elementos com os próprios deuses. O Deus do Rio, ensinou seu povo a mudar e criar correntezas. Mas eu, era a Deusa responsável por vigiar os dois mundos, por isso mesmo depois de ser julgada por celestia, eu ainda sou capaz de converter vida em morte e vice-versa! Quando o desgraçado do Deshret nasceu, por alguma razão, ele havia recebido muitos dons, causando o declínio de várias outras entidades.. era como se o deserto tivesse escolhido ele a dedo.

Anubis - CynoNariOnde histórias criam vida. Descubra agora