O sol indicava que era hora de acordar, Tighnari se perguntava como andavam as coisas em Gandharva, se seus pais e Collei estavam bem.Uma semana se passou desde o ataque no pátio de Sumeru, Lord Menor e Cyno tentavam reunir o máximo de informações possíveis que pudessem ajudar em uma situação como esta.
A irminsul possuía vários registros sobre Isis, mas apartir da coroação de Deshret, tudo ficava turvo e incompleto.
Era como se ela tivesse desaparecido, evaporado. O que era muito estranho, Irminsul era a árvore que guardava todas as informações sobre todos os seres vivos e acontecimentos do mundo todo.
— Preciso ir até o quartel novamente.- Cyno disse vestindo seu uniforme matra.
— Eu estou preocupado com Gandharva..- Tighnari segurou o general pela roupa.
Cyno se virou, abraçando o orelhudo.
— Aposto que todos estão bem, tente não ficar pensando nisso.- O platinado deu beijo na testa de Nari.
— Você não vai usar sapatos?.- Tighnari questionou.— Não estamos mais no deserto..
— Eu gosto de sentir o chão, algum problema?.- Cyno arqueou a sobrancelha.
— Não é você que limpa a casa depois...- Tighnari disse baixinho, mas o general com certeza ouviu, já que calçou as botinas rapidamente, saindo bufando pela porta.
Tighnari riu, nos últimos dias ele esteve apenas comendo e lendo livros aleatórios, mesmo que ele tentasse fazer uma faxina descente, o orelhudo não era do tipo doméstico. Ele amava a natureza, tocar a grama, comer frutas recém colhidas e alguns cogumelos.. mas agora, ele estava preso para seu próprio bem.
Já que ele e Cyno não tinham relações desde a descoberta da gravidez, Tighnari conseguia esconder a barriga com roupas mais largas. Para o patrulheiro, era vergonhoso que seu amado o visse assim. Em seis meses, duas vidas viriam ao mundo, duas responsabilidades e muitas inseguranças.
Só de pensar nisso, uma angústia preenchia seu peito. Era fácil fingir que a ideia da gravidez já foi aceita, mas todas as noites, Tighnari se perguntava se isso era algum tipo de castigo.
Olhando pela janela, ele se assusta com o que vê.Collei estava nos portões da cidade, aparentemente machucada.
Rapidamente o orelhudo corre até a entrada da cidade, deixando as portas de sua hospedagem abertas, deixando tudo para trás e correndo até sua pupila.
Os guardas pareciam não deixá-la entrar, o patrulheiro se apressou o máximo que podia.
— Collei!.- Ele tentou passar pelos matras que guardavam o portão.— me deixem passar!!
— Desculpe, mas recebemos ordens estritas sobre entrar ou sair de Sumeru..— Um dos soldados disse com um pesar no coração.
— Mas ela tá ferida!.- Tighnari empurrou um dos guardas que acabou deixando o patrulheiro encontrar a garota.
Collei estava toda ensanguentada, ela não respondia a nenhum sinal de Tighnari.
— Collei! Fala comigo!.- Ele segurava a pupila pelos ombros.
Os guardas estavam parados atrás da linha que protegia a cidade, pedindo para que eles entrassem logo.
— Mestre, eu quero ficar aqui fora...- Disse baixinho, cuspindo sangue a cada palavra dita.
— Mas precisamos entrar, vamos cuidar de você.- Tighnari tentava puxar a garota para dentro, mas seus pés estavam presos no chão.
— Eu não posso entrar..- Ela levantou seu rosto lentamente.
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Anubis - CynoNari
FanfictionConcluído! [Revisada] Após um encontro marcante no deserto, Cyno e Tighnari, duas almas entrelaçadas pelo destino, nunca se esqueceram um do outro. Quando o acaso os reúne novamente na renomada Academia de Sumeru, o reencontro traz à tona memórias...