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Após dois dias, aqui estava eu a caminho de Nunca Mais vendo novamente meus pais cantando sua música preferida. Eu podia sentir que todo café da manhã sairia a qualquer minuto.

— Minha plantinha carnívora, eu e seu pai estamos tão felizes por você querer voltar! — minha mãe falou após soltar sua atenção do meu pai.

— Nunca Mais é um lugar terrível e eu tenho certeza que você vai descobrir muitas coisas, assim como eu e minha Tichi! — meu pai falou voltando a olhar para minha mãe.

Eles se olhavam com muita paixão como se fossem adolescentes com a minha idade é isso me dava ânsia.

— Eu prefiro não participar de certos acontecimentos que possam influenciar a mudança dos meus planos. — respondi olhando para a janela.

A paisagem logo começou a ficar familiar para mim, estávamos próximos de Jericho e não demoraria para que chegássemos em Nunca Mais. Meus subconsciente começaram a trazer lembranças no último ano nessa escola, principalmente do baile Raven, que mau podia esperar para ver Enid ter um colapso nervoso a procura da melhor roupa e eu espero que dessa vez se repita a chuva de tinta simulando sangue, foi a melhor parte do baile. Mas ao mesmo tempo que lembrava do baile, também me lembrava do Tyler, memórias que tinha feito um enorme esforço para esconde las no fundo do meu subconsciente a ponto de esquece las. Perguntas incendiavam meu cérebro por não ter tido uma sequer notícia. Não sabia se ele estava bem, não sabia que ele poderia atacar novamente, não sabia se ele poderia se tornar inofensivo ou continuar agressivo matando pessoas inocentes. Mas eu não poderia me importar com o Tyler, o primeiro garoto que beijei, porque ele era um assassino e merecia as correntes em seu corpo.

— Wandinha? — minha mãe me chamou me tirando dos meus pensamentos. — Não vai sair do carro? Já chegamos!

Olhei em volta e percebi que meus pensamentos haviam feito eu me distrair do caminho. Peguei minha mochila e sai do carro.

— Como é bom estar aqui novamente, trás lembranças tão terríveis. Não é, minha Tichi? — meu pai falou com aquele olhar apaixonado para minha mãe.

— Eu vou sentir sua falta, Wandinha! — Feioso me abraçou.

— Seja menos covarde e você irá durar naquela prisão educacional com pessoas medíocres e vazias. — falei após ele me soltar.

Mau tive tempo de me virar e senti novamente meu corpo ser envolvido em um outro abraço. Enid.

— Como eu senti sua falta, Wandinha! — ela falou. — Ainda sem abraços? Ok! — ela me soltou. — Olá senhor e senhora Addams! — cumprimos meus pais que logo retribuíram com um sorriso. — Por que não respondeu minhas mensagens? Eu tenho tanta coisa para te falar, Wandinha, você não sabe o que aconteceu... — ela começou a falar entrelaçando seu braço ao meu e puxando para dentro da escola.

Enid contava com muito entusiasmo e alegria como havia sido suas férias e como estava feliz por sua família estar feliz com sua transformação em loba. Também contou que seu pequeno lance com o Ajax estava tendo bastante progresso a ponto do rapaz ter ido até sua alcateia e pedido sua mão em namoro para seus pais, que aceitaram o relacionamento de bom agrado.

— Olha lá, Wandinha! — Enid falou com sua animação de sete horas da manhã.

Olhei na direção que ela estava olhando e senti algo estranho acontecer com o meu corpo. Não era medo, não era uma crise de pânico, era algo que eu não sabia descrever é muito menos identificar. Meu estômago estava revirado, mas não a ponto de me fazer botar algo para fora, senti um arrepio gélido percorrer todo meu corpo e engoli seco. Nunca tinha ficado assim.

— Ele não é lindo, Wandinha? — Enid perguntou enquanto me arrastava para perto, com um olhar apaixonado, o mesmo que meus pais tem um pelo outro, enquanto olhava para Ajax.

Ajax estava conversando com Xavier e Bianca, onde a seria não fazia questão de esconder sua aproximadamente do Xavier, que o agarrava como se fosse propriedade sua.

— E aí, Wandinha! — Ajax me cumprimentou.

— Oi Wandinha! — foi a vez de Bianca falar. — Que bom que voltou! — sorriu.

— Oi! — Xavier me cumprimentou sem graça, esfregando sua mão livre na nuca.

— Oi. — respondi. — Com licença!

Me soltei do braço de Enid e sai de perto deles. Estava me sentindo sufocada, não só por esse uniforme, mas por algo que eu não sei dizer o que é.

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