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Eu estava saindo do refeitório após a última aula da manhã indo em direção a enfermaria levar uma fatia do bolo de morango, que era a sobremesa de hoje, para Enid. Além de vê la, eu também veria Eugene e Xavier. Mãozinha estava comigo dentro da minha bolsa e estava muito preocupado com o estado de Xavier, desde ontem não tinha tido nenhuma melhora e esperar estava horrível.

— Trouxe para você. — coloquei a fatia na mesinha ao lado da cama de Enid.

— Obrigada, Wandinha! — Enid sorriu com brilho nos olhos.

— Não se acostume.

— Claro que não! — ela riu começando a saborear a fatia.

Fui até Eugene, ele dormia em das macas. Ele estava em observação com vários fios colados em sua testa.

— Ele está dormindo desde tomou café da manhã. — Enid falou assim que me aproximei. — E não mudou nada o quadro do Xavier, eu sinto muito...

— Wandinha? — a diretora Martin falou na porta da enfermaria, me fazendo virar para olha la. — Tem alguém querendo falar com você, por favor me acompanhe.

A diretora saiu e eu a segui. Cheguei em sua sala e vi uma pessoa de longos cabelos lisos e negros. Morticia. O que ela faz aqui? Não é a semana da família.

— Vou deixa las a sós! — a diretora saiu fechando a porta da sua sala.

— O que faz aqui, mãe? — perguntei direta.

— Wandinha, minha filha, por favor me escute! — ela levantou vindo em minha direção e pegando minhas mãos. Algo estava errado, além de não falar algum apelido horrível, ela segurou minhas mãos sem pensar antes, o que não faz. — Você precisa vencer isso, filha, ou seus amigos irão correr grande perigo!

— Eu não vou permitir que algo aconteça novamente, eu vou me concentrar para ter outras visões e descobrir quem está por trás do sofrimento aos meus amigos.

— Você não entende! Isso não é real! — soltou minhas mãos e segurou forte em meus ombros. — Acorde, Wandinha! Acorde e vá atrás de uma pessoa que até então estava morta para a cidade e descobriu que o seu amor morreu porque estava descobrindo a verdade e agora quer se vingar das pessoas erradas, de você e dos excluídos.

— Você sabe quem é! — falei surpresa com sua dica. — Me fale e eu posso resolver tudo isso!

— Eu não posso falar mais que isso para você, é o máximo que consigo fazer para lhe ajudar, minha pequena decepção! Eu não estou aqui de verdade e só posso pedir que acorde! — olhou para mim com o seu sorriso de sempre.

— Acordar? Eu estou na sua frente, mãe, não estou dormindo. — respondi confusa.

— Acorde e se concentre, você pode fazer o que fez aqui é muito mais... Seus amigos precisam de você!

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